A IMPORTÂNCIA DO ADEQUADO ENTENDIMENTO NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
O ser humano possui de forma individualizada, semelhantemente como acontece com suas impressões digitais, a bagagem evolutiva espiritual, os conhecimentos natos, a vidência introspectiva perceptiva, a visão espacial, a visão interior de si mesmo, o equilíbrio maior ou menor de ideias e pensamentos, a forma de percepção frente ao seu horizonte significativo do existir. Tudo deve estar associado a sua composição genética, compreendida não somente no ponto de vista da matéria corporal, mas também numa análise mais ampla de bagagem de suas pré-existências, dentro de suas experiências vividas, em mundos hoje esquecidos, ou temporariamente desconhecidos, pós efeito "rio do esquecimento", segundo filosofias que se propagam em registros históricos de tempos remotos.
À parte às diversidades de crenças e/ou maneiras e pensamentos do viver, o que faz trazer a tona à reflexão do tema em epígrafe é a bagagem individualizada do ser, traduzida na personalidade, em cada indivíduo. Neste contexto, trago à reflexão, a importância da dosimetria quanto às nossas perfunctórias certezas, sem o devido e adequado cuidado no discernimento das diversidades de visões e interpretações possíveis, diante da existência de "n" individualizações que permeiam quantificações infinitas!
Por que temos sempre a sensação de que somos donos da verdade, da certeza, da coerência?
Por que achamos que temos sempre os melhores pensamentos, que fizemos as melhores escolhas e não assumimos o papel de um ser em aprendizado constante, de necessárias interações de conhecimentos permissíveis, que estão ao nosso dispor?
Não somos perfeitos!
Mas somos importantes na individualização, como complementação unificada por associação da concepção da união de todos os perfis de vivências e existências, podendo trazer à luz do existir esse complexo de emaranhados individualizados, como terapêutica na cura dos males das pseudo auto perfeições. De tal forma direcionando, no despertar de que algo desconhecido e/ou duvidoso, que esteja diante de nossos olhos, possa passar a ter uma compreensão eficaz, nos despertando para a importância do observar ao nosso redor, que intencionalmente o universo nos trouxe, mas que despretensiosamente, assim é possível interpretar!
A literatura nos traz em registros de pensamentos, ditados populares, mensagens, frases, enfim, nas mais diversas formas de expressões, tanta sabedoria, que muitas vezes conhecemos, repetimos através da palavra escrita ou falada, mas que muitas vezes não a interpretamos à fundo e/ou a pomos na prática cotidiana.
"Nada acontece por acaso"
"Tudo tem uma razão de ser"
"Antes só do que mal acompanhado"
"Depois da tempestade vem sempre a bonança"
"Amar à Deus acima de todas as coisas"
'A fé remove montanhas"
À nossa compreensão na diversidade de pensamentos e atitudes podemos deduzir por "n" infinitas formas...
Mas será que pelas "n" infinitas formas, algumas mitigadas formas não estarão diante de nós, em um perímetro visual de percepção?
Na primeira expressão: "Nada acontece por acaso"...
Quantos "nada" acontecem a cada segundo do existir?
Esse "nada" é o mesmo para todos nós?
Esse "nada" tem sempre o mesmo valor?
A mesma interpretação?
O mesmo significado para cada um de nós?
A resposta para cada um desses questionamentos denota quão diversificado é, para cada um de nós, tudo que nos chega ou que nos expressa...
Daí a importância de observarmos ao nosso redor e interpretarmos por diversos ângulos possíveis e existentes!!
Nunca achando que a nossa visão e interpretação é mais correta e certa!
Certeza é algo que se busca, mas que está a ano-luz dos nossos horizontes significativos de conhecimentos.
É preciso observar, encontrar as diversas possíveis interpretações, ponderá-las, para chegarmos mais próximo de uma possível percepção mais adequada!
Tudo passará a estar bem próximo de nós e, nossas certezas tão plenas, passarão a ser mais depuradas e acertadas.
Temos uma tendência de convivermos numa zona de conforto construída por nós, como um castelo inviolável....
Será que este castelo não nos isola do deslumbramento da interação evolutiva?
Quanto podemos aprender transpondo as paredes dessa visão delimitada, muitas vezes pelo medo das mudanças, possivelmente tão evidentes, fora do nosso anteparo tão precioso?
Será mesmo, tão precioso?
É preciso trabalhar as intersecções dos infinitos castelos individualizados, interagindo conhecimentos, soluções, vivências... encontrando valores, formas, caminhos, ampliando a tela mental receptora/interativa, para mudar as relações interpessoais e o bem estar de vida.
Afastando-nos da tendência de interpretar e até julgar ao nosso bel-prazer, numa visão compactada e delimitada à nosso única visão, de coerência interiorizada, galgaremos por caminhos mais seguros, mais dinamizados, mais eficazes e mais coerentes, pelas adequações ajustadas, numa abordagem reflexiva, ampliada e exteriorizada a zona de conforto individualmente preestabelecida.
Como serão nossas relações humanas a partir de então?
Como passará a ser o nosso entendimento dos valores reais de tudo e de todos, para o nosso viver?
Que tal tentarmos?
Vamos à luta?
AVANTE!!