A pornografia e a criança
A pornografia está invadindo todos os lares através da Internet, sendo ratificada pela televisão, atingindo crianças e jovens de todas as idades. Se essas imagens pornográficas chegam até o cérebro ainda mais ou menos adormecido, ele busca desesperadamente comandar os centros de forças e estes entram em descontrole, pois tudo tem o tempo certo de florir. Assim como uma laranjeira não pode dar frutos logo depois de plantada, o cérebro de uma criança, de um adolescente, não está ainda amadurecido pela natureza, o suficiente para se entregar a essas orgias criadas com o fito de obterem-se lucros.
Com isso, os centros de força são estimulados, e passam a trabalhar em desarmonia, faltando-lhes o combustível do equilíbrio, e a criança, o adolescente e o jovem, podem vir a sofrer sequelas muitas vezes irreversíveis: o desencanto, as doenças ou a busca incessante por parceiros. São aqueles que sempre estão insatisfeitos com as pessoas ao seu lado. Dificilmente uma menina ou um jovem que inicia cedo sua vida sexual sente-se feliz, ou melhor dizendo, tem prazer, porque não estava ainda no tempo de desabrochar a sua sexualidade.
Hoje, crianças de cinco anos, diante de uma televisão, acham comum se agarrar e se beijar. Quantos educadores do jardim de infância deste século estão preocupados com os namoricos dos seus bebês? E os pais? Estão “na deles” e acham tudo natural, mas será natural a criança não ter infância; o adolescente não viver a sua juventude; o jovem não aproveitar as oportunidades que muitas vezes os pais de posição privilegiada podem lhes oferecer? Os jovens nem notam, nem são avisados que estão perdendo tempo, um tempo que não volta mais, é que será necessário no futuro.
É fácil conhecer jovens, moças e rapazes, sem limites, sem orientação, sem freios dos pais, apenas pela aparência, pela falta de respeito ao próximo e à sociedade. Dizem que isso é modernismo. Não é não! É falta de um relicário chamado lar, no qual os pais completam a vida dos filhos. Há bem pouco tempo os filhos adoravam viajar com os pais. Tudo era diversão. Agora só saem em bando, acontece de tudo entre eles e os pais; quando são alertados para algo, ficam furiosos. Os maus meninos são uns anjos, não querem que ninguém fale mal deles e vivem brigando com colegas, pais, avós, irmãos...
Olham os outros com despreza, porque acham que eles estão certos, que sabem aproveitar a vida. Infelizmente é isso que acontece com alguns jovens. As próprias universidades estão preocupadas com os usuários das drogas, todos culpam o governo e a polícia por não conter o tráfico. Eles têm razão: o governo e a polícia sentem-se impotentes, porque estão sozinhos, falta-lhes o principal, a cooperação da família e da sociedade.
Hoje as crianças são em sua maioria verdadeiros vândalos, que até em festinhas inocentes, disputam um docinho a tapa, jogando todo lixo no chão. Elas são as primeiras a empurrarem os idosos “para passar na frente”. Desde pequenas elas presenciaram suas mães e pais atacarem os buffets como se estivessem famintos e ainda carregando nos bolsos ou bolsas os doces da festa.
Quando jovens, na universidade, experimentam todo tipo de droga, com destaque para as sintéticas, uma delas o LSD concentrado. Nem imaginam o que acontece com seu corpo. A quetamina, um remédio usado na veterinária, muitíssimo perigoso porque a pessoa sofre perda da noção de tempo. Ela faz com que o usuário tenha atrofia cortical, ou seja, seu cérebro pode diminuir e envelhecer precocemente. São drogas muito lucrativas para o vendedor, mas por serem sintéticas oferecem um perigo maior para o organismo.
Os pais não querem acreditar que as drogas correm soltas nas festinhas, nos bares, boates, enfim, em todos os lugares, até em algumas choperias. O ecstasy, a mais facilmente dissimulada, é a mais fácil de encontrar e mais fácil de consumir. Ele é usado nos mais estranhos coquetéis. Droga e sexo! A maior combinação neste século, e a mais perigosa!