Encontrando sentido na vida
Por que estou vivo?: Uma pergunta que permeia no consciente pessoas pessimistas sem ânimo, sem potência de agir, sem prazer na vida, sem felicidade. São pessoas com o capital emocional abalado. Vivem por viver. Deixaram de viver para aprender. Difícil manobrar com lucidez a própria vida e transcender esse estágio. Pessoas que pensam sempre negativamente ainda não encontraram o seu respectivo valor existencial no palco do teatro da vida. Por quê estou vivo? Ainda não descobri!
O homo sapiens, desde que passa a existir e a pensar, vive na busca incansável de encontrar o significado de sua existência. Essas buscas fazem com que ele venha ter e passar mais tempo adquirindo conhecimento do mundo em que vive. No entanto, acaba deixando em segundo plano conhecer o mundo que é.
O estupendo filósofo Sócrates dizia: “conhece-te a ti mesmo”, um mantra que nos leva a refletir sempre, pois para se conhecer é necessário refletir. A vida começa realmente a ter significado quando nos interiorizamos, quando descobrimos quem realmente somos e o que significamos para o ambiente em que vivemos. Não basta conhecer o mundo em que vivemos é preciso conhecer o mundo que somos.
Aristóteles nascido no ano 384 a.C, discípulo de Platão ressaltou que o conflito fica evidente quando não se está no “lugar natural”. Os problemas ocorrem e o sentido da vida não é encontrado, quando não estamos no lugar certo. Ao encontrar a própria vocação passa-se espontaneamente a estar no lugar natural. Sendo assim, passo a fazer o que amo, porque estou no lugar certo. Com isso, sua vida vai tendo sentido; é a diferença que faz a diferença.
A vida passa a ter sentido quando se busca conhecer a própria vocação, isto é, saber qual é o meu papel existencial e fazê-lo com maestria, no intuito de atingir a perfeição, embora inatingível, do seu benefício próprio, beneficio do próximo e beneficio do próprio ambiente; esses três parâmetros devem ser a busca de todo ser humano.
Passe o tempo que passar busque saber qual é a sua vocação e realize-a com eficiência, eficácia e mantenha sempre efetividade naquilo que faz, antes que as cortinas do palco do teatro da vida se fechem sem aplausos.
Ter vocação não é fazer o que gosta, não é fazer só o necessário, mas ir além. É fazer mais e melhor do que o combinado. É aprender a gostar do que faz? Cautela! Quem encontra sua vocação não precisa aprender a gostar, ele gosta e pronto mesmo sem aprender, o amor a sua vocação nasce junto.
Possuir vocação é amar incondicionalmente o seu grande papel no palco do teatro da vida. É deixar de ser um simples espectador passivo da plateia. A vida só tem sentido quando se busca o verdadeiro sentido de viver. Volto a pergunta inicial: por que estou vivo?