170 ANOS DE HISTÓRIA

Considero a festa de Santo Antônio do Muqui, um grande patrimônio folclórico, o mais rico e místico de Mimoso do Sul – ES; certa ocasião afirmou a historiadora, Rosangela Guarçoni: “Santo Antônio do Muqui é o grande celeiro do folclórico mimosense”.

Contribui para isso a natureza, cercada de vales e montanhas; desvendar o mistério de Santo Antônio do Muqui é dar lugar as atividades físicas e misticismo que atraem aos visitantes.

Bem antes da elevação ao distrito, e, da doação de terras para a construção da vila, (respectivamente 1837 e 1930), já oferecia ingredientes muito especiais à cultura e a historia de seu povo; seus descendentes, ainda guardam na memória os costumes dos antigos imigrantes que ali fizeram construir o ciclo da vida em gerações.

Os folclóricos ainda são conservados pelos seus moradores; baseados em fatos locais, como: contos pacatos, aves, espécies de animais, vegetais, lendas, mitos e figuras; essas atraem bastantes a quem estão em busca da etnia, que ainda acreditam em energia positiva que envolve, todos os seus entre - vales.

As pessoas simples que hoje residem no distrito, lutam para que essa beleza não venha à se deteriorar, fazem campanhas numerárias na comunidade e não tem ajuda de administrações governamentais ou do fundo cultural.

O tempo registrou alguns nomes de pessoas que aqui nasceram de uma forma ou de outra ofereceram ou oferecem dados para relevantes espaços culturais:

- José Arrabal Fernandes – (Dr. Juca), Escritor. (+ in memória)
- Arcipio Callegario – (Poeta da Terra)
- Alci Santos Vivas Amado – (Escritor e poeta amador)
- Rosimeire Gama Salucci - (Poetiza e compositora)
- Antonio de Pádua – (intérprete e compositor)
- Sonia Maria Amado Vivas – (Mestra da pastorinha)
- Francisco Gomes Amado – (Coordenador atual do folclórico)
- Rita Nazareth de Oliveira – (Parteira) (+ in memória)
- Temos também um grupo formado por mais de 30 voluntários que receberam da FAOP – Fundação de Artes de Ouro Preto, certificado de participação da oficina do projeto resgate cultural as “pastorinhas” promovido pelo SEBRAE, MG/RJ/ES.

Todos estes, e, mais alguns, contam e contaram histórias e gostam de escrever; aquele que não gosta de registrar em papel faz de maneira viva, pelos seus exemplos, voz ou canto, mesmo que um dia partam desse universo; ficará registrado em livros ou na própria cultura do seu povo.

É proveitoso ouvir a voz do povo,
Observar que hoje não é mais caranguejo,
Bom mesmo é mostrar que é consciente,
Descobrir que na era do tempo, hoje é mais gente.

Ver que a cultura tem valor,
Coloca a mente pra girar,
A carroça não quer  mais puxar,
Se lhes usarem, a canga pode quebrar.

Libertam do cansaço,
A festa do folclórico,
Que pretende aperfeiçoar, e,
A história não deixar de contar.