UMA PEQUENA OBRA

UMA PEQUENA OBRA

Este pequena obra de minha autoria que contou com a colaboração de amigos já citados na mesma, é um trabalho que visa incutir na mente dos novos alunos do curso de jornalismo um relato sobre a ACI (Associação Cearense de Imprensa), e do rádio cearense, desde a fundação da primeira emissora de rádio no estado do Ceará, a Ceará Rádio Clube. A primazia desse fato coube a figura de João Dummar,pioneiro na radiodifusão cearense. Os momentos marcantes que pude aquilatar, fruto de uma pesquisa bastante interessante e contando com o auxílio de matérias de outros componentes do jornalismo, já inseridos nessa cartilha e que merecem nossa atenção pela qualidade do que foi exposto.

Sem eles esse trabalho não teria alcançado sua finalidade, mas rádio é rádio e não devemos desconhecer peculiaridades do mesmo desde a sua criação até os dias de hoje. Senão vejamos: dois programas noticiosos travaram valorosa disputa pela audiência no rádio brasileiro a partir dos anos 40: o Repórter Esso e O Grande Jornal Falado Tupi. O primeiro estreou em 1941, na Rádio Nacional, permanecendo no ar durante 27 anos e consagrando a voz de Heron Domingues. Com suas edições extraordinárias, anunciadas ao som de clarins inquietantes, ditava um novo formato de se fazer notícias em rádio. O Grande Jornal era comandado por Corifeu de Azevedo Marques e Armando Bertoni na Rádio Tupi, de São Paulo, que fazia parte do império de comunicações montado naquele tempo por Assis Chateaubriand.

Foi um período fértil de construção de uma linguagem própria do instrumento para a transmissão de notícias. Nos anos 50, a batuta da inovação ficou com a ‘Rádio Bandeirantes, de São Paulo, que gerou uma programação diferenciada com noticiário intensivo a cada 15 minutos e nas horas cheias’. A idéia foi desenvolvida por Carlos Pedregal, o "Professor Baskaran", um argentino visionário que levou a Bandeirantes à liderança de audiência a partir de 1955. Era um esboço do formato seguido nos anos 90 pelas principais emissoras do país: notícias 24 horas por dia.

A grande revolução no radiojornalismo no Brasil foi detonada com a chegada do transistor, que começou a entrar no país de maneira ilegal. O jornalista Silveira Sampaio se referia àqueles aparelhos de recepção radiofônica como "o tijolo do trabalhador", e complementava: "O tijolo do trabalhador, que é o radinho de pilha, entrou pelo contrabando. É a corrupção construtiva". Através do rádio o cidadão começou a descobrir os seus direitos, desde o valor do salário mínimo até a mais básica instrução de como escovar os dentes. Com a nova tecnologia aterrissando no país no final dos anos 50, o rádio iniciou a sua popularização, que coincidiu com o processo de urbanização das grandes capitais do Brasil.

O rádio foi para as ruas, para as mãos do trabalhador que carregava o seu radinho de pilha, para o interior dos automóveis, numa nova dinâmica da difusão das informações. È importante ressaltar as figuras que destacaram no rádio cearense, os leitores irão encontrar os detalhes que pude aquilatar nas entrelinhas desta cartilha. Um pouco de mim: sou Oficial Superior da PMCe, Gestor de Empresas, Acadêmico da Alomerce, Estudante de Jornalismo, Bacharel em Segurança Pública e professo a religião espírita.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 02/06/2007
Código do texto: T511343
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