João Carlos Vieira:
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JOÃO CARLOS VIEIRA
João Carlos Vieira

Agradecemos sua participação ativa na crônica jornalística e social deste veículo de informação dos Joinvilenses por estas décadas na nossa querida Joinville.
Esperamos continuar lendo sua notas e dados sociais em outro veículo de informação de nossa cidade de Joinville.
Sua carreira foi e será de sucesso.
Parabéns João Carlos Vieira, seus amigos e familiares o admiram.
E todos leitores  respeitam seus posicionamentos lúcidos e precisos.
Até, breve!

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"Alles zu seiner Zeit!"


 
PERDA IRREPARÁVEL
Colunismo Social de Joinville está orfão
João Carlos Vieira, lenda viva do jornalismo da cidade, é demitido pelo grupo gaúcho RBS, novo dono do jornal A Notícia

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Joinville - SC - Sábado, 02 de junho de 2007
Fonte:
http://www.an.com.br/colunistas/2007/jun/02/0joa.jsp


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JOÃO CARLOS VIEIRA
João Carlos Vieira
SUCESSO

GENEALOGIA - O empresário Laércio Beckhauser está há anos fazendo pesquisas genealógicas. Após ter coordenado diversos encontros familiares, está terminando um livro denominado "Manual Básico de Genealogia". O pré-lançamento será feito em Gravatal, no dia 2 de julho deste ano, no VII Encontro da Família Beckhauser no Brasil.



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Para entender o caso:
 
PERDA IRREPARÁVEL
Colunismo Social de Joinville está orfão
João Carlos Vieira, lenda viva do jornalismo da cidade, é demitido pelo grupo gaúcho RBS, novo dono do jornal A Notícia

Fonte:
http://www.gazetadejoinville.com.br/

Edição Digital

31/05/2007

A Notícia demite João Carlos Vieira

Grupo gaúcho RBS relega história do colunista que há 40 anos escreve sobre sociedade joinvilense

Uma reunião rápida com um recado curto e grosso encerrou uma trajetória de quase 40 anos de colunismo social. O Grupo RBS deu mais um passo em seu esforço de limpar o Jornal A Notícia das coisas de Joinville para imprimir sua cultura e demitiu nesta semana o jornalista João Carlos Vieira, o mais antigo funcionário da casa e que garantia nas páginas do jornal um mínimo de identidade com a sociedade joinvilense. Desde a aquisição do A Notícia, o grupo gaúcho já demitiu mais de uma centena de funcionários, extinguiu setores e agora também se preocupa em apagar a história do periódico.

Enquanto grandes jornais do Brasil preservam seus nomes mais importantes, aqueles que lhes garantem a própria identidade - caso da Folha de São Paulo com Clovis Rossi, por exemplo - aqui em Joinville o grupo RBS vem operando em sentido contrário, tratando de desconstruir a história do jornal em favor da frivolidade e do descompromisso.

O leitor, por sua vez, perde a proximidade com alguém que testemunhou o processo de evolução de Joinville, que começou como uma “Cidade das Bilicletas” e chegou até a metrópole cosmopolita de nossos dias. Neste processo de “limpeza étnica”, este mesmo leitor joinvilense já perdeu jornalistas do quilate de Luiz Meneghim, Alaor Lino, Ari Lazari e Narciso Batista. Destes, apenas Meneghim continua brindando o joinvilense com seu talento, agora no Jornal “Noticia do Dia”, que já suplanta o jornal gaúcho em muitos quesitos.

A origem

João Carlos Vieira é florianopolitano de nascimento, filho de um funcionário dos Correios, Alvim Vieira e de Maria Célia Batista Vieira. Da infância na ilha, lembra da chácara do avô, português, e seus parreirais de uva. Cresceu numa grande família, com mais nove irmãos. Estudou no “vetusto” Instituto de Educação, onde foi aluno de Antonieta de Barros.

Começou na vida profissional seguindo os passos do pai, também pelos Correios. Mas, foi como jornalista que foi buscar sua realização profissional.

Em 1956, o jovem João Carlos Vieira começou como “foca” na redação do Diário da Tarde, de Florianópolis. Passou pelo Jornal O Estado e Jornal O Município de São Francisco do Sul. Considerando os quase 40 anos de A Notícia, são mais de 51 anos de jornalismo. O colunista também passou pela televisão. Em 1982, João Carlos Vieira apresentou o programa Variedades na RBS TV.

O verdugo e a cimitarra

A história de João Carlos Vieira no A Notícia encontrou o seu ocaso na última segunda-feira, quando a secretária da diretoria o avisou que os senhores “Luizinho” (Luiz Cardoso) e Nilson Vargas, respectivamente diretor e editor-chefe, queriam lhe falar na manhã seguinte. Chegando a sala, coube a Luizinho o papel de verdugo na longa carreira do colunista no jornal que ajudou a transformar num dos maiores do estado. “Teu último dia será 31 de maio. A última coluna sairá no sábado”, relatou, descendo a cimitarra. “Fiquei em estado de choque”, lembra o jornalista, descrevendo a experiência, lamentando e sem esconder sua desilusão por tantos anos de dedicação.

O golpe desferido por “Luizinho” jogou por terra uma história uma trajetória dentro do periódico que começou em 1o de maio de 1968. “Entrei no A Notícia pelas mãos de Nerval Pereira, quando o jornal ainda tinha poucos funcionários, e ficava na rua Abdom Batista. Comecei como repórter na editoria de esporte, cobrindo Caxias e América, mas fiquei poucos meses. O Nerval disse que eu não entendia de futebol; e ele estava certo, eu realmente não gostava. Passei para o caderno de geral e, por fim, me encontrei fazendo a coluna Movimento Social”, lembra.

Compromisso social

Foram anos descrevendo em crônicas e notas o movimento da sociedade joinvilense. Pelas páginas do A Notícia sob responsabilidade do colunista desfilaram histórias de viagens, casamentos, nascimentos, formaturas, encontros e desencontros de nossa elite social.

Foram anos buscando fontes, freqüentando as festas e confraternizações, mas também conversando com personalidades marcantes do cenário nacional. Entrevistou Elis Regina, a “pimentinha” e grande musa da MPB; fez amizade com Chico Anísio, Ari Toledo, Costinha e Agildo Ribeiro e organizou eventos sociais com a presença de cantores de expressão, como Agnaldo Rayol.

E a atuação do colunista social foi além das páginas dos jornais. A preocupação em atuar como agente em programas sociais com foco nas comunidades carentes também era sua preocupação.

Durante anos João Carlos relacionava as 10 senhoras da sociedade que mereciam destaque. Assim, com apoio da amiga Claudete Frenzel Giuliari, concebeu uma festa anual que ganhou o nome “Noite dos Destaques”. Entre 1985 e 1990, a festa serviu de catalisador, congraçando importantes personalidades, e também arrecadando recursos que eram destinados aos programas da “Casa da Amizade”, entidade social que auxilia gestantes e mães carentes.

Ditadura

E João Carlos Vieira também foi vítima da perseguição da ditadura militar. Em 1969, o colunista publicou uma nota tecendo elogios ao deputado federal emedebista Eugênio Doin Vieira, então recém cassado pelo governo ditatorial com base no AI-5. Agentes do DOPS foram ao jornal e prenderam o jornalista por conta de sua defesa ao deputado cujo filho, Paulo Afonso, viria ser anos depois governador do estado. Levado para a delegacia de policia, que na época ficava na rua Itajaí, João Carlos só não acabou nos porões porque privava da amizade do comandante do 62o BI, que interveio em seu favor antes que fosse mandado para Florianópolis.

Glamour está acabando

O colunista constata com tristeza que já não existem mais as grandes festas, os grandes eventos sociais em Joinville, como em anos atrás. Ele lembra que Joinville perdeu o Carnaval de rua e também nos clubes, tão famosos em outros tempos. E neste rastro, também já não existem mais as grandes festas de debutantes e celebrando o reveillon. “As pessoas estão mais trancadas. Os encontros ficam limitados aos barzinhos e restaurantes”, constata.

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