ESCÂNDALOS DO DIA-A-DIA

ESCÂNDALOS DO DIA-A-DIA

EVILAZIO RIBEIRO -estudante de direito

Hoje vou falar do escândalo do dia-a-dia. Daquele escândalo que a pessoa, ao sofrer é acossada pelo "disse-me-disse", pelas piadinhas, pelos olhares inquisidores, dentre outras retaliações informais, em códigos morais invisíveis. Falarei dos nossos políticos que hoje sofrem a devassa quando são descobertos seus esquemas de contrato superfaturado e enriquecimento ilícito. Escândalos de Roberto Carlos (a ponto de CENSURAR a divulgação de sua biografia, contra o exercício da liberdade de expressão e de construção de uma "história cultural") ou de Renan Calheiros, com a Gautama e a sua amante Mônica como uma pedra de tropeço (similar a Mônica de Bill Clinton). Há um tempo atrás, que a coisa mais valorosa que pode existir ao homem, acima das riquezas ou do prestígio social, é a própria honra. E o que seria Honra? No caso, a capacidade de conviver coerentemente com o que se vive ou alardeia aos outros, por meio de ações e posturas que confirmem o conceito de vida honrada e ética, em toda a sua essência. Uma velha máxima do meu pai, sempre dizia que a melhor forma de não errarmos é olhar para o exemplo dos erros anteriores para não reproduzirmos novamente, mas o melhor mesmo repetia: "meu filho, faça uma vez bem correto para não fazer duas para aprender." O escândalo, por mínimo que seja, tem o seu papel útil. Ele nos ensina que, como seres humanos estão suscetíveis a erros, por vezes graves como os relatados, A Operação Navalha deflagrada pela Polícia Federal, com autorização do Poder Judiciário para as escutas telefônicas, vai deixando um rastro de indignação na sociedade civil, pela forma como se assaltam os cofres públicos. De todas as operações, esta última fisgou peixes graúdos e foi suprapartidária, alcançando políticos da base aliada e da oposição. Alguns dos envolvidos já ficaram pelo caminho, (o ministro Silas Rondeau, seu assessor Ivo Almeida Costa) e, outros cairão, pois até agora não saiu na imprensa nem a metade do que existe nos "arquivos" da Polícia Federal. Caso exista vontade política em aprofundar as investigações, o Brasil tem condições de passar a limpo o passado de corrupção na vida pública. A empresa Gautama, guardem na memória esse nome, tem um histórico de receber dinheiro público e não concluir suas obras. Quem conhece de perto Zuleido Veras reza, torce e espera de pés juntos que ele vai entrar mudo e sair calado nos depoimentos. O clima no Congresso Nacional é de pânico, e algumas autoridades públicas carimbadas estão com os nervos à flor-da-pele. Em Brasília aumentou sensivelmente o consumo de Lexotan. Enquanto o baixo-clero está vibrando. O que nos causa espécie neste caso é que o principal protagonista do imbróglio vem a ser o "companheiro" Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional e terceiro nome na sucessão presidencial. O petardo desfechado pela operação policial atingiu em cheio o senador alagoano, tanto no campo pessoal quanto político. Ter uma filha fora do casamento e pagar pensão alimentícia de R$ 12 mil é assunto que interessa somente às partes envolvidas. Agora, quando esse dinheiro sai, presumivelmente, do bolso de um lobista ligado a uma grande empreiteira que presta serviços ao governo, o assunto sai do campo privado e ingressa na esfera pública. Aí, caro leitor, entre as partes envolvidas está também o contribuinte brasileiro que, em primeira e última instância, é o provedor do dinheiro caixa o governo federal de onde sai o a grana para pagamento da corrupção.

Após ler o pronunciamento do senador Renan Calheiros, que não convenceu. Por que diabos alguém precisa se utilizar de um lobista para pagar pensão alimentícia a uma filha já reconhecida judicialmente? Por que diabos alguém pagaria R$ 16 mil em espécie, entre pensão e aluguel, utilizando as instalações de uma empreiteira? Por que diabos alguém teria interesse em colocar no nome de terceiros suas propriedades rurais? Se Zuleido falasse...

evilazioribeiro
Enviado por evilazioribeiro em 01/06/2007
Código do texto: T510322
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