UNIVERSIDADE DA VIDA

Esperamos que o homem se liberte da ignorância e desperte para as verdades naturais, somente assim cessará a violência na Terra. Ela ainda existe porque o homem está cego de egoísmo, à espera dos bens temporais. Ignora a fraqueza física, a destruição do corpo e foge das verdades de sua essência: a Natureza. Acha mais fácil lutar para construir um mundo irreal, do que fortalecer a moral para viver em paz. Cada vez mais busca o conforto, nem que para obtê-lo tenha de destruir sonhos, violentar esperanças e matar sem piedade.

Enquanto isso, apesar dos avisos da vida, o homem que ainda convive com a dor, a lágrima e o desespero, não os escuta, continuando apegados às coisas perecíveis, que se constitui na sua única razão de viver. Como é possível o homem julgar-se dono da Terra? A História narra a passagem de muitos homens que se destacaram, mas tiveram de tudo aqui deixar quando partiram, levando apenas o que fizeram de bom, ou de mal, registrado em suas consciências.

Mesmo assim, a Natureza olha de suas criaturas, apesar de muitas só desejarem servir ao dinheiro, porque este não nos pede respeito, amor ao próximo e caridade. O dinheiro faz crescer em nós a vaidade, o egoísmo, o orgulho, a maledicência. Ele é terrível. Coloca em nossos olhos a venda chamada ignorância, que faz com que distantes fiquemos dos verdadeiros valores, os valores da alma. Posição social, fortuna, poder, beleza, nada é eterno, tudo deixamos na terra, menos aquilo que é de Deus: nossa alma.

Se o homem desfruta as belezas terrenas, bem ao seu lado, visíveis, palpáveis, estão os lugares de sofrimento: os hospitais, os cemitérios, as ruelas das cidades com os viciados, a prostituição, as crianças abandonadas, os mendigos, a fome, a dor e o desespero. Fingir que não os percebe é egoísmo e queira Deus os orgulhosos despertem, ainda quando estão vivos, para não sentirem na alma o peso do remorso quando chegar sua vez de prestar contas.

Ninguém veio a este mundo só para se divertir, para viver a vida. Todos os seres têm de obedecer aos planos do Criador. Viemos para cá para cursar a universidade da vida, aprender a ser bom. Se fugirmos das aulas, faltando ao aprendizado, ignorando os ensinamentos que nos foram passados, preferindo o falso mundo material, teremos pela frente longos dias e longas noites afastados da paz de consciência tão esperada.

Está surgindo um grande número de aborteiros, que em troca do dinheiro interferem nos planos divinos da reprodução dos seres. Eles são cada vez mais numerosos. Estamos diante do abuso do aborto, constatando que muito se mata ainda na Terra. As vítimas são pessoas indefesas que apenas pedem que as deixem viver. Se cerrarmos os nossos olhos, veremos pequeninas mãos no ventre materno pedindo socorro e por mais que nos apressemos em socorrê-las, os carniceiros chegam antes e as estraçalham com indiferença e ignorância. Este é um câncer que está se espalhando por todo o planeta, e é preciso que lutemos contra isso.

Roberto Valverde
Enviado por Roberto Valverde em 20/12/2014
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