Retrospectiva 2014
Em 2014 tudo, ou quase tudo ficou mais transparente. Verdades e mentiras; amor e ódio; alegrias e tristezas; vida e morte. Situação e oposição. Tudo se espalhou com uma velocidade nunca antes imaginada.
O Imagina na Copa bombardeava corações e mentes. A copa não se realizaria e mostraria ao mundo a incompetência do governo federal. Houve manifestações, vaias. Máscaras caíram. Fora o vexame da nossa seleção, a copa foi um sucesso. A vaia planejada veio da área vip. Um ódio longamente construído pelos donos das grandes empresas de comunicação.
O preconceito acentuou com o programa mais médicos. Com seus jalecos, a máfia de branco destilou ódio sobre os médicos estrangeiros. De forma ainda mais sórdida sobre os médicos cubanos. Os negros foram os que mais sentiram na pele o ódio e a falta de ética de parte da elite de jaleco branco. "Elas têm cara de domésticas". De uma tacada, ofenderam domésticas, médicos negros e negras cubanos. Outro argumento muito utilizado pelos reacionários foi a construção do porto de Mariel em Cuba em detrimento da saúde e da educação. Ecoava o grito de "vai pra Cuba".
Nova derrota imposta aos destiladores de ódio. O mais médicos, embora não tenha resolvido os problemas da saúde, atenuou muito, em especial ao dos usuários de comunidades de difíceis acessos.
As organizações Globo (que sonegaram 615 milhões de impostos), em conluio com a revista Veja, Folha, enfim, com os grandes veículos de comunicação, incluindo as rádios, que receberam a alcunha de PIG (Partido da Imprensa Golpista) não davam (e não dão) tréguas à situação e protege a oposição. Se fatos não existiam, inventavam factoides. Os coxinhas se assanhavam. Pseudo-líderes nasciam como capim tiririca e tinham seus segundos de fama na telinha. Um se destacou nas redes sociais: Lobão, um entre outros olavetes, reinaldetes.
Ano de eleições, o projeto da oposição de voltar ao poder, com apoio aberto e escarrado dos barões da mídia não logrou êxito. Dilma disparava na preferência do eleitor. Inicialmente apostaram em Marina Silva, que não conseguiu o registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade. Filia-se ao PSB e vê suas chances de conquistar a presidência com a morte trágica (até hoje mal explicada) de Eduardo Campos. Marina encosta em Dilma, segundo as pesquisas. Aécio Neves despenca. Enquanto isto a Comissão Nacional da Verdade busca documentos sobre o período da ditadura militar.
Quando tudo indicava um segundo turno entre Dilma e Marina, uma viagem da ex senadora aos Estados Unidos, muda o cenário e Aécio Neves sobe nas pesquisas, ultrapassa Marina. Euforia no sistema financeiro; neoliberais privatistas se assanham. Os conservadores mostram suas garras. Surgem as primeiras denúncias de corrupção na Petrobrás, que por meio da Polícia Federal e da Operação Lava Jato (ainda em processo de investigação) leva à cadeia vários empresários envolvidos.
Depois de uma campanha despolitizada, de ataques e ausência de propostas concretas (programas de governo), Dilma se reelege. Se a oposição tinha a Globo & Cia, Dilma tinha Lula e a militância, agora com a força das redes sociais. Aécio é derrotado em seus dois estados: Minas, onde fez carreira política e no Rio de Janeiro, seu lar. Findada as eleições alguns internautas se dizem de luto. Do outro lado alguém diz "aceita que doi menos". Luciana Genro aparece como alternativa à esquerda.
Três notícias ruins para o candidato Aécio Neves teve pouca repercussão na mídia empresarial: 1 - o helicóptero com 450 kg de pasta de cocaína, pertencente aos aliados, Senador Zezé Perrella e seu filho, o Deputado Gustavo Perrella. 2 - A construção do Aeroporto de Cláudio-MG, construído com dinheiro público em benefício da família de de seus apaniguados. 3 - A liberação de dinheiro público para as rádios e tv's de propriedade do candidato tucano.
Nas redes sociais os amigos virtuais apresentam suas posições. Alguns se agridem e se excluem. Surgem fakes, robôs a serviço de seus candidatos. Tudo fica mais nítido. Outros tantos não saem dos muros; outros dizem que odeiam política. Impossível, diante das tensões, manterem-se neutros. Os argumentos são sofistas. E há quem peça o retorno dos militares. Ah, os poetas, alguns conseguem ficar de fora do debate. "Não, só quero fazer poesia".
A seca atingiu em cheio o sistema Cantareira. Os paulistas tiveram de recorrer ao carro-pipa, aos baldes. E o governador avançou sobre o volume morto.
A economia mundial patina. Desemprego em alta. Estados Unidos, Europa. A Espanha passa dos 26% da população economicamente ativa desempregada. O gigante chinês desacelera. Conflitos étnicos e religiosos continuaram provocando guerras. Israel bombardeia a Faixa de Gaza, num conflito ad infinitum.
Ainda no plano internacional, Estados Unidos e Cuba se reaproximam após 50 anos de bloqueio econômico. O governo brasileiro teve papel importante na costura do acordo. E o porto de Mariel, duramente atacado pelos conservadores, agora é considerado estrategicamente um sucesso, pelos mesmos que condenavam.
Se no futebol as coisas não foram boas para a seleção brasileira, o ano foi ótimo para os mineiros. Cruzeiro sagrou-se campeão brasileiro e o Atlético levantou, pela primeira vez a taça da Copa do Brasil.
Faleceram em 2014, além do político do PSB, Eduardo Campos, Roberto Bolaños, mexicano pai do Chaves, Seu Madruga, entre outros; Marly Marley; Eduardo Coutinho; Paulo Goulart; Canarinho; José Wilker; o escritor, autor de Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez; o locutor esportivo Luciano do Valle; Mãe Dináh; Jair Rodrigues; o jogador de futebol Fernandão; Robin Willians; Ariano Suassuna, entre outros.
O Deputado Jair Bolsonaro diz não estuprar a Deputada Maria do rosário, porque ela não merece.
No plano pessoal, terminei de escrever dois livros: O romance (ou novela) A Construção da Estrada de Ferro, iniciado pelos idos de 1978; A Moça do Violoncelo e Estrelas - dois livros em um.
Em 2014 tudo, ou quase tudo ficou mais transparente. Verdades e mentiras; amor e ódio; alegrias e tristezas; vida e morte. Situação e oposição. Tudo se espalhou com uma velocidade nunca antes imaginada.
O Imagina na Copa bombardeava corações e mentes. A copa não se realizaria e mostraria ao mundo a incompetência do governo federal. Houve manifestações, vaias. Máscaras caíram. Fora o vexame da nossa seleção, a copa foi um sucesso. A vaia planejada veio da área vip. Um ódio longamente construído pelos donos das grandes empresas de comunicação.
O preconceito acentuou com o programa mais médicos. Com seus jalecos, a máfia de branco destilou ódio sobre os médicos estrangeiros. De forma ainda mais sórdida sobre os médicos cubanos. Os negros foram os que mais sentiram na pele o ódio e a falta de ética de parte da elite de jaleco branco. "Elas têm cara de domésticas". De uma tacada, ofenderam domésticas, médicos negros e negras cubanos. Outro argumento muito utilizado pelos reacionários foi a construção do porto de Mariel em Cuba em detrimento da saúde e da educação. Ecoava o grito de "vai pra Cuba".
Nova derrota imposta aos destiladores de ódio. O mais médicos, embora não tenha resolvido os problemas da saúde, atenuou muito, em especial ao dos usuários de comunidades de difíceis acessos.
As organizações Globo (que sonegaram 615 milhões de impostos), em conluio com a revista Veja, Folha, enfim, com os grandes veículos de comunicação, incluindo as rádios, que receberam a alcunha de PIG (Partido da Imprensa Golpista) não davam (e não dão) tréguas à situação e protege a oposição. Se fatos não existiam, inventavam factoides. Os coxinhas se assanhavam. Pseudo-líderes nasciam como capim tiririca e tinham seus segundos de fama na telinha. Um se destacou nas redes sociais: Lobão, um entre outros olavetes, reinaldetes.
Ano de eleições, o projeto da oposição de voltar ao poder, com apoio aberto e escarrado dos barões da mídia não logrou êxito. Dilma disparava na preferência do eleitor. Inicialmente apostaram em Marina Silva, que não conseguiu o registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade. Filia-se ao PSB e vê suas chances de conquistar a presidência com a morte trágica (até hoje mal explicada) de Eduardo Campos. Marina encosta em Dilma, segundo as pesquisas. Aécio Neves despenca. Enquanto isto a Comissão Nacional da Verdade busca documentos sobre o período da ditadura militar.
Quando tudo indicava um segundo turno entre Dilma e Marina, uma viagem da ex senadora aos Estados Unidos, muda o cenário e Aécio Neves sobe nas pesquisas, ultrapassa Marina. Euforia no sistema financeiro; neoliberais privatistas se assanham. Os conservadores mostram suas garras. Surgem as primeiras denúncias de corrupção na Petrobrás, que por meio da Polícia Federal e da Operação Lava Jato (ainda em processo de investigação) leva à cadeia vários empresários envolvidos.
Depois de uma campanha despolitizada, de ataques e ausência de propostas concretas (programas de governo), Dilma se reelege. Se a oposição tinha a Globo & Cia, Dilma tinha Lula e a militância, agora com a força das redes sociais. Aécio é derrotado em seus dois estados: Minas, onde fez carreira política e no Rio de Janeiro, seu lar. Findada as eleições alguns internautas se dizem de luto. Do outro lado alguém diz "aceita que doi menos". Luciana Genro aparece como alternativa à esquerda.
Três notícias ruins para o candidato Aécio Neves teve pouca repercussão na mídia empresarial: 1 - o helicóptero com 450 kg de pasta de cocaína, pertencente aos aliados, Senador Zezé Perrella e seu filho, o Deputado Gustavo Perrella. 2 - A construção do Aeroporto de Cláudio-MG, construído com dinheiro público em benefício da família de de seus apaniguados. 3 - A liberação de dinheiro público para as rádios e tv's de propriedade do candidato tucano.
Nas redes sociais os amigos virtuais apresentam suas posições. Alguns se agridem e se excluem. Surgem fakes, robôs a serviço de seus candidatos. Tudo fica mais nítido. Outros tantos não saem dos muros; outros dizem que odeiam política. Impossível, diante das tensões, manterem-se neutros. Os argumentos são sofistas. E há quem peça o retorno dos militares. Ah, os poetas, alguns conseguem ficar de fora do debate. "Não, só quero fazer poesia".
A seca atingiu em cheio o sistema Cantareira. Os paulistas tiveram de recorrer ao carro-pipa, aos baldes. E o governador avançou sobre o volume morto.
A economia mundial patina. Desemprego em alta. Estados Unidos, Europa. A Espanha passa dos 26% da população economicamente ativa desempregada. O gigante chinês desacelera. Conflitos étnicos e religiosos continuaram provocando guerras. Israel bombardeia a Faixa de Gaza, num conflito ad infinitum.
Ainda no plano internacional, Estados Unidos e Cuba se reaproximam após 50 anos de bloqueio econômico. O governo brasileiro teve papel importante na costura do acordo. E o porto de Mariel, duramente atacado pelos conservadores, agora é considerado estrategicamente um sucesso, pelos mesmos que condenavam.
Se no futebol as coisas não foram boas para a seleção brasileira, o ano foi ótimo para os mineiros. Cruzeiro sagrou-se campeão brasileiro e o Atlético levantou, pela primeira vez a taça da Copa do Brasil.
Faleceram em 2014, além do político do PSB, Eduardo Campos, Roberto Bolaños, mexicano pai do Chaves, Seu Madruga, entre outros; Marly Marley; Eduardo Coutinho; Paulo Goulart; Canarinho; José Wilker; o escritor, autor de Cem Anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez; o locutor esportivo Luciano do Valle; Mãe Dináh; Jair Rodrigues; o jogador de futebol Fernandão; Robin Willians; Ariano Suassuna, entre outros.
O Deputado Jair Bolsonaro diz não estuprar a Deputada Maria do rosário, porque ela não merece.
No plano pessoal, terminei de escrever dois livros: O romance (ou novela) A Construção da Estrada de Ferro, iniciado pelos idos de 1978; A Moça do Violoncelo e Estrelas - dois livros em um.