Meados do mês de novembro, a névoa da manhã contrastava com o verde da vegetação na Serra da Canastra. O cenário antes desolador, cedeu espaço a uma bela paisagem, enchendo de alegria e esperança o coração dos visitantes. Pude conferir de perto o efeito das últimas chuvas caídas na região que proporcionaram um novo visual ao Parque.
A falta de água, as fontes minguando, reflexo da seca que trazia imagens angustiantes deu espaço para as cores se misturarem com o branco da névoa nas encostas e planícies, nos fascinando a todos que tivemos a oportunidade de passar por aqueles caminhos.
Outra imagem emocionante são as nascentes que juntas formam o berço do Velho Chico. Estavam secando e agora, outra vez vertendo seu líquido precioso, revigorando as energias, reavivando as esperanças de épocas de fartura.
Uma imensa capacidade de renovação fez com que em poucas semanas o verde ressurgisse e as plantas do Cerrado brotassem vigorosas na Serra da Canastra, substituindo o tom acinzentado deixado pelo fogo.
Muitas espécies nativas iniciam o rebrotamento e a florada depois da passagem do fogo, transformando o Cerrado num verdadeiro jardim, onde as múltiplas espécies florescem em sequência.
Sem fazer apologia ao fogo, sei que muitas plantas só desabrocham com a eliminação de suas partes aéreas. Além desse estímulo, o fogo facilita a polinização cruzada sincronizando o processo. Se não houver queima, não há florada e caso haja, será muito menos intensa.
É utopia desejar a proteção total contra o fogo no Cerrado, pois ao acumular matéria seca, a própria natureza favorece a queima e na maioria das vezes a queda de raios produz incêndios causadores de desastres para o ecossistema. É preferível prevenir, realizando queimadas programadas, em áreas limitadas. O manejo do fogo, a direção do vento, temperatura e época do ano poderão trazer efeitos até mesmo benéficos.
Desde que o mundo existe ocorrem incêndios em consequência dos raios, porém não eram desastrosos, pois não havia cercas prendendo os animais, permitindo a fuga dos mesmos para as regiões vizinhas as áreas devastadas eram repovoadas pelos animais das adjacências.
Hoje, além das cercas, os parques são circundados por fazendas, onde a flora e fauna nativa já foram extintas. Assim, manejar o fogo em áreas de conservação como a do nosso Parque é indispensável, caso contrário, veremos eliminada grande parte de sua biodiversidade.
A falta de água, as fontes minguando, reflexo da seca que trazia imagens angustiantes deu espaço para as cores se misturarem com o branco da névoa nas encostas e planícies, nos fascinando a todos que tivemos a oportunidade de passar por aqueles caminhos.
Outra imagem emocionante são as nascentes que juntas formam o berço do Velho Chico. Estavam secando e agora, outra vez vertendo seu líquido precioso, revigorando as energias, reavivando as esperanças de épocas de fartura.
Uma imensa capacidade de renovação fez com que em poucas semanas o verde ressurgisse e as plantas do Cerrado brotassem vigorosas na Serra da Canastra, substituindo o tom acinzentado deixado pelo fogo.
Muitas espécies nativas iniciam o rebrotamento e a florada depois da passagem do fogo, transformando o Cerrado num verdadeiro jardim, onde as múltiplas espécies florescem em sequência.
Sem fazer apologia ao fogo, sei que muitas plantas só desabrocham com a eliminação de suas partes aéreas. Além desse estímulo, o fogo facilita a polinização cruzada sincronizando o processo. Se não houver queima, não há florada e caso haja, será muito menos intensa.
É utopia desejar a proteção total contra o fogo no Cerrado, pois ao acumular matéria seca, a própria natureza favorece a queima e na maioria das vezes a queda de raios produz incêndios causadores de desastres para o ecossistema. É preferível prevenir, realizando queimadas programadas, em áreas limitadas. O manejo do fogo, a direção do vento, temperatura e época do ano poderão trazer efeitos até mesmo benéficos.
Desde que o mundo existe ocorrem incêndios em consequência dos raios, porém não eram desastrosos, pois não havia cercas prendendo os animais, permitindo a fuga dos mesmos para as regiões vizinhas as áreas devastadas eram repovoadas pelos animais das adjacências.
Hoje, além das cercas, os parques são circundados por fazendas, onde a flora e fauna nativa já foram extintas. Assim, manejar o fogo em áreas de conservação como a do nosso Parque é indispensável, caso contrário, veremos eliminada grande parte de sua biodiversidade.
Saí-azul.
Canela-de-ema.
* Fotos da autora. São recentes, clicadas após chuvas no Parque Nacional da Serra da Canastra.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Seca
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http://encantodasletras.50webs.com/seca.htm