Declarações do Papa I de III
"O diabo não é um mito", afirma o papa Francisco
..diz um jornal de grande circulação no Brasil.
E o que se pensa com isso? Que o papa acredita no diabo.
Mas a frente, continua o papa em suas divagações:
"o diabo não é um mito" e a vida cristã é uma "batalha contra o satanás, o mundo e as paixões da carne"
.. bom, que satanás existe, é bom que o papa, autoridade cristã máxima no mundo ocidental nos diga, afinal de contas, toda vez que a carne se dá aos prazeres, em desmedida, é sinal de que algo esta tendendo fora da medida, o que muitos traduzem como mal, que é o contrário do bem, que ainda não prova muito. Sobremaneira, a carne física, da qual suponho estar falando o papa, parece que carrega órgãos como olho, boca, ouvido, pele e nariz, e consequentemente segue-se haver sentido desses alimentadores da experiência humana no pensamento. Desse modo, suponho que esses prazeres dos quais diz o papa, sobretudo os que se referem a sensibilidade no homem tem sua demonização definida, a partir da desmedida, uma vez que de modo geral é impossível viver sem o prazer, sob o risco de ser um insensível, coisa impossível de acontecer na natureza humana. O que se pode dizer é que, alguns homens podem ter maiores prazeres, (os de condição natural perfeita), ou de um segundo modo, menos prazeres, (os que são estruturados com alguma limitação destes órgãos) por natureza. E de outro modo, os homens também podem sofrer com o desequilíbrio nos prazeres, isto é, aqueles que se dão a tê-los em excesso, e outros que se privam destes. De um terceiro modo podemos ter prazeres na medida certa, em equilíbrio, mas como seria isso? Ter prazer sem desmedida?
Ora, antes de partirmos para essa reflexão, que já é discutida a milênios, podemos dizer que, em excesso ou na falta, em ambas as situações o homem corre risco, de um lado, no excesso, o risco é exceder-se, por não ter a educação certa, ou por não ser educado com a coisa certa, ou por não ter o hábito de ter o prazer com as coisas corretas, defendidas não pela tese, mas pela finalidade, "o bem no hábito", que não se limita as regras fixas, determinadas por ideais astrológicas ou dogmáticas, pelo contrário, se dão na facticidade das circunstâncias. De outro modo, na falta do prazer, o homem se torna insensível, como foi dito acima, como por exemplo, o individuo que nunca experimentou comer chocolate não saberá defini-lo com a mesma sapiência do que aquele que o experimenta com frequência, e que consegue dar com detalhes de suas sensações que se seguiram do experimentar.
Desse modo, mesmo no século XXI, nos damos ao fruto de ver opiniões papais, como fruto de um argumento de força, o que não se conecta muito com a evidência dos fatos, pelo contrário, pouco ou quase nada contribuem para as experiências universais entre os da mesma raça. Sua subjetividade, dando entidades como atuantes em situações pontuais nos particulares, não deixa claro sua real intenção, mas alguns poderiam objetar com base em mística que, para combater a si, é necessário uma ideia além de si, a saber, um ideal sobre-humano, uma virtude divina, uma mágica eterna, coisa que não diz muito sobre o problema humano.
Por fim, o problema dos homens parece ser mais imediato, e parece condizer apenas com as circunstâncias do fato, de modo que, saber do diabo, ao menos de um modo geral, só resolve o problema da subjetividade das ideias, mas não das impressões reais, ao passo que, os sentidos do corpo, obviamente, só revelam fenômenos como por exemplo, o vento, que apesar de ser invisível, é vento definido e comum para todos os sensíveis que possuem sensibilidade, o resto podemos supor, já o bem, ao menos do ponto de vista racional, como no caso contrário ao satanás, parece mais prudente usá-lo como finalidade, mas neste caso, me refiro a finalidades reais, concretas e objetivas, que a primeira vista, oferecem mais segurança ao funcionamento saudável do pensamento, repito, no mundo concreto e não divino e eterno, como parece ser o caso dos que optam pela autoridade máxima estabelecida.
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“não é um simples confronto, mas uma batalha sempre em curso".
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"esta geração têm sido levada a acreditar que o diabo é um mito, uma figura, uma ideia, a ideia do mal. Mas o mal existe e devemos combatê-lo”.