Ao Mestre com carinho
Nos idos das décadas anteriores vivemos o principio e o fim de uma era, que junto a toda essa situação na realidade que se apresenta o ensino na maior parte do Brasil, entendem os especialistas e os leigos, que não estão trabalhando a formação adequada dos nossos meninos e meninas. Porém, o fator, ou a célula mater dessa questão, se podemos identificar ou classificar, já nos incluindo no ponto de vista dizendo, que são vários os motivos. No entanto, a premissa mais importante dessa esfera, para esse momento especial de exaltação é o nosso educador, que nesse imenso país transcontinental, ainda não possui aquela valorização adequada.
O Professor do tempo, do tempo das Reginas, Raimundas ou outros nomes, que lembram a professora ou o professor, que marcou a sua vida. Não querendo aqui lembrar por lembrar saudades ou remontar uma época fazendo comparação a ditadura, mas nas salas de aula eram a autoridade máxima. Ainda que alguns se valessem, desse fato para se impor sendo mais do que o mais ou para alimentar o seu próprio ego, alguns era rigorosos pelo tempo, pela responsabilidade, pelo respeito mutuo e pela capacidade intrínseca conjuminada a toda a dedicação e amor a sua profissão. Entretanto, os tempos era outros, as pessoas respeitavam-se, as famílias, salvo a hipocrisia social, que já pairava no âmago da sociedade, se preocupavam com a educação de seus filhos. Todo mundo queria “subir” na vida, se desenvolver como pessoa em seus estudos e trabalho pelo esforço. Hoje nem tanto, parece que todos querem individualmente o melhor para si, mas sem esforço algum. Sem querer incutir o entendimento de que os educadores de hoje não busquem a valorização, não sejam responsáveis, mas muitos escolhem a profissão como o meio mais rápido para obter emprego ou ser um servidor público.
Essa reflexão sobre esse profissional vale para o campo dos injustiçados, que pode também ter um foco na questão politica, visto que em países onde a educação é bem estruturada normalmente o povo é mais instruído conhecendo bem os seus direitos e suas responsabilidades na sociedade. Assim sendo, podemos inferir que essa profissão é vítima de um conchavo corrupto, de uma conspiração do sistema, que dia a dia nos faz crer e entender ser liberdade, o fazer sem respeitar os limites.
No ápice das analises, como a Democracia em evolução, como convêm dizer os intelectuais, os controladores e “imitadores” de opiniões, essa profissão sofre no plano de amadurecimento e respeitabilidade das autoridades competentes e dos próprios servidores, que se valem dessa nomenclatura.
Sem precisar citar todas as regiões, assim como a diversidade é um marco fundamental desse país, não podemos deixar de evidenciar também algumas realidades, que cercam o âmbito desse nosso querido profissional. Pensando no Sul do Brasil, adentrando no norte do País e saindo pelo nordeste nos deparamos com realidades bem diferentes. Enquanto os alunos da aldeia esperam a professorinha chegar de “montaria”, noutro lugar dessa eclética nação, os alunos esperam a professora chegar de uma boa caminhada pelos sertões afora e por fim, como de trás para frente, outras chegam em seu carro, vem de metrô, ou de ônibus da linha. Mas todas, em suas realidades, seguindo a mesma missão, que é alfabetizar começando a moldar o futuro dessa nação.
É fato, que se compararmos ontem com o nosso hoje encontraremos uma grande distinção. Além do dizer, que os tempos mudaram, mudaram as ideias, as legislações, as pessoas, bem como a situação. No quesito autoridade ou ditadura como ilustração, há que se ponderar, pois a começar por quem frequenta e qual a estrutura dessa Escola, já evidenciamos, uma desigualdade significativa, daquela em que, tempos atrás oferecia a ricos e pobres os mesmos espaços. Bem como a logística, que em muitas, ou na maioria, são de cinquenta anos atrás. Sem falar, que os pais empurram as responsabilidades da criação e tudo mais as escolas. E com se não bastasse a situação remuneratória, temos alunos, que pela cultura assimilada e imposta do meio em que vivem confundem liberdade com libertinagem, tornando-se verdadeiros vanguardistas da anarquia violenta. Quando não se matam em sala de aula, quando não ferem os seus colegas, ameaçam o professor ou atinam ferozmente contra a sua integridade física.
Portanto cabe dizer, que na falta de um herói nacional na atualidade deveríamos rever conceitos e eleitos, para redesenhar ou readmitir essa pessoa, que vive em nosso meio, que com amor, carinho e respeito, as duras penas contribui para o nosso crescimento intelectual. E por que não dizer nacional, pois é assim que o Brazil poderá ser chamado de Brasil.
Não obstante ao entendimento único de cada experiência, voltar ao passado, lembrando dos nossos antigos “Mestres”´, além da satisfação de recordar a pessoa, podemos evidenciar conteúdo, solicitando a cada um dos leitores, que façam a sua viagem e se perguntem qual o significado dessa pessoa para a sua vida, que para alguns forjou a identidade, para outros foi símbolo de crueldade e para a maioria foi aquele que nos abriu os olhos para um caminho de evolução. Afinal, quem detém o conhecimento, no mínimo sabe ler, sabe identifica, conhece, não poderá ser ludibriado facilmente, pelo contrário será sempre respeitado.
De formas, que esse vago e humilde relato possa ir além de um simples parabéns , de apenas difundir uma data, mas ao menos, assomar-se a grandeza no mínimo essencial dessa pessoa rara, desse ser, desse profissional, que sob o título de professor, abdicou de muitas horas de sua vida, para descobrir o descobridor, para inventar o inventor, para desenvolver esse homem, que diferencia-se das feras e permite a todos que fazem parte dessa esfera almejar dias melhores para todos.