O Deus contemporâneo é brega!

Brega! Essa é a palavra que sintetizo a crença religiosa contemporânea do terceiro mundo e do primeiro também. E porque penso assim? Ora, a constatação deste fato não se trata apenas dos incômodos em vias públicas com provérbios deturpados da sua versão original, ou quem sabe o barulho que fazem nas suas congregações em igrejas, desrespeitando o silêncio de vizinhos sem autorização. Trata-se de observar como os jovens estão limitados a colocar limite em suas investigações com uma garantia de vida eterna.

Mas como isso funciona? É simples, quando nos colocamos em espanto frente a algum fenômeno natural, ao invés de nos colocarmos na posição de ignorância frente a uma causa desconhecida, nossa pseudo "racionalidade" prepotente da lugar a soberba, e por isso concluem; É Deus.

Daí alguns perguntam? Como estes conseguem chegar a conclusões tão vagas, a respeito de fenômenos tão complexos, de outro lado alguém diria; -é a educação. Do mesmo modo, quando acontece um desastre pontual, os mesmos dizem sem pensar, -É deus. Se a vida não está caminhando como o desejado, novamente vem a mesma estória.

Mas até aí tudo bem, este fenômeno se refere a pessoas mais velhas, cansadas do mundo sofrido, da vida, esperançosos que são por um futuro distinto, distante e eterno. Só que o problema não se restringe somente a essa faixa etária, me refiro também aos jovens, com sua desconhecida caretice, e que se limitam a dar respostas vagas, travadas por uma finitude desesperadora daqueles que se colocam como pais.

E por isso vem a questão, como esses jovens estão se dedicando à educação na escola, travados na investigação das causas, que tende a por um fim com a divindade que findam suas respostas? Dentro desse contexto, a questão se vislumbra no choque. Sobremaneira, apesar do estatuto laico dos estados defenderem uma liberdade de escolha religiosa, a força que essas igrejas tem na vida dos seus pais acabam refletindo em suas decisões apáticas, frente a um mundo diverso que clama por investigações de causas sejam sociais ou naturais.

Para ilustrar o que se diz, tratar de marcos históricos por exemplo na escola é sinônimo de ateísmo, o que por ora não se entende o motivo da rejeição aparente, mas após uma breve reflexão pode-se concluir que, esse Deus que vendem nas ruas, senão é a personificação psicológica da decadência humana na modernidade, então é o fenômeno que se dedica a beirar uma selvageria em prol da vida eterna.

Pingado
Enviado por Pingado em 16/10/2014
Reeditado em 16/10/2014
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