SOLIDÃO

(por) Principe Égler.

Por inúmeras vezes nos permitimos que a solidão nos assole e, por conseguinte perdemos a nossa identidade, o chão, a coragem de prosseguir, quando muito esboçamos um sorriso entristecido mostrando friamente que nossa alma está ferida. Anulamos nossa alegria e perdemos a vontade de sonhar, até mesmo de viver. Todos nós indistintamente temos sensações de limitações, de desamparo, tudo acontece menos à felicidade, nossas lágrimas transbordam, é aí que já não aguentamos mais fingir a dor que é tamanha, o corpo sofre, o espírito sangra. Nos transformamos em algo que por essência não somos. Perdemos o amor próprio, vagamos entre nossas lembranças, nossa vida em questão de segundos fica entristecida, a mágoa impera nosso ser, nada mais nos satisfaz, queremos mais, cobramos mais, e não conseguimos mais, às vezes nem o tanto que tivemos, mendigamos por carinho e aí que vem a sensação de fracasso o desespero de conseguir não o que de fato necessitamos, mas o que no momento é o necessário para que tenhamos paz.