O SENTIMENTO AMOROSO ELEVADO

O exercício do amor num nível mais elevado de consciência, já deveria está sendo vivenciado em nosso mundo, se não fosse o nosso ainda baixo nível de consciência moral. Evidente que, esse sentimento amoroso elevado, vincula-se, sobretudo, mais à satisfação espiritual e menos ao prazer carnal. Quanto mais a consciência se eleva, mais ela se purifica moralmente, subtraindo as impurezas, mais ligadas aos prazeres carnais instintivos, adicionando as purezas, mais vinculadas às satisfações espirituais conscientes. A alma humana inferior ainda não consegue, devido à prevalência de materialização grosseira da consciência, ao estado de carnalização instintiva do perispírito, e do peso animalizado do corpo físico, sentir a leveza, a fluidez, a etereidade consciencial, suficiente para mantê-la numa frequência constante de sublimidade existencial, mesmo estando alojada interinamente no vaso corpóreo perecível. O amor, em seu sentido amplo, universal, absoluto, é livre, espontâneo, desapegado e doador. A alma que já detém o sentimento elevado de consciência amorosa, doa de si de modo fraterno, o bem moral como um efeito positivo do amor que já lhe edifica, semeando-o e compartilhando-o afetivamente com o seu próximo. Nesse sentido elevado de doação amorosa recíproca, não há limites para se amar. Quanto mais se doa fraternalmente, mais se humaniza, mais se humanitariza, mais se solidariza, mais se fraterniza, mais se ama sem os interesses mesquinhos dos bens materiais e dos prazeres carnais instintivos, posto que, a alma, em seu estado superior de virtuosidade, já compreende que o essencial à sua elevação consciencial, são os bens morais que se eternizam em si. O amor espiritual satisfatório, produzido pelo espírito elevado, difere do amor prazeroso carnal, gerado pelo espírito baixo. Entretanto, como a alma aprende a evoluir, mediante as condições materiais e carnais vivenciadas, deve buscar o equilíbrio de sua vontade, entre o ter material e carnal efêmeros, e o ser moral e espiritual eternos, priorizando, claro, os bons sentimentos afetivos, que deverão acompanhar o espírito em seu desenlace definitivo do vaso carnal extinto. Para a alma que pretende semear o seu amor a quantas outras que queiram dele usufruir, deverá preparar-se moralmente em suas vivências experienciais contínuas, visto que, em sua doação afetiva, a fluidez energética dos bons sentimentos se irradiará a outrem, num plano elevado de consciência espiritual, e não num plano baixo dessa mesma consciência, vinculada aos instintos carnais. Não vejo como asneira, bobagem, o caráter fidedigno da alma em sua atenção, dedicação e sensatez a quem se liga por laços afetivos, porque o exercício das virtudes combatem os defeitos morais. Se não há esse predomínio virtuoso da fidelidade afetiva, estimula-se o desamor, o desrespeito, o desregramento, a absorção e semeadura das más energias, dos maus sentimentos, das más inclinações, estagnando o espírito em sua inferioridade sentimental. A nossa humanidade, em seu processo de transitoriedade evolutiva, caminha para o exercício do amar espontâneo (e não interesseiro) universalizado. A alma em evolução, uma vez regenerada, priorizará o amor espiritual colocando sublimidade no prazer carnal. A união entre o homem e a mulher continuará a existir, porque se trata de uma lei natural visando à procriação. Quem estiver unido matrimonialmente, não sentirá necessidade de deixar ou de vincular-se a outrem, a não ser por morte carnal, já que, a harmonia e estabilidade afetiva estarão prevalecendo no seio familiar, mediante o estado consciencial elevado dos espíritos devidamente regenerados. O número de habitantes nessa nova era regenerativa será menor, porque o ideal de amor espiritual afetivo, será mais exercitado em tempo maior, diminuindo assim, o tempo de união dedicado à finalidade procriativa e ao prazer carnal sexual. Destarte, o mundo terrestre caminha, a partir da segunda metade desse século, para uma forma renovada de amar. E será extensiva a todos entre si, visto que, não haverá mais predominância do orgulho e egoísmo interesseiros e individualistas, mas da humildade e caridade espontâneas e coletivas. Haverá o contínuo experimentar consciencial da vida carnal espiritualizada, sem a atrofia imoral da vida carnal mundanizada. Quanto aos extras terrestres são seres que habitam em inúmeros orbes espalhados pelo cosmo infinito, e que vão migrando de um mundo para outro, conforme as suas necessidades básicas evolutivas. Muitos de nós, num tempo remoto, migramos de Capela, um orbe longínquo do nosso sistema, porque não cabíamos em sua adaptação de estrutura moral evolutiva, para expiar e passar por provações cármicas na Terra. Entre nós, em todas as épocas, seres mais evoluídos sempre aqui reencarnaram, visando nos auxiliar em nosso desenvolvimento moral. Uma vez regenerados, pelas leis naturais de desencarnação e reencarnação, nesse terceiro milênio, iremos estagiar em outros orbes mais evoluídos, como Júpiter, por exemplo, com o fim de experimentar vivências mais felizes em superioridade moral. Podemos exercer o livre pensar, mas nem todo livre pensar é adequado ao bem-estar moral da humanidade que aprende a evoluir!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 18/09/2014
Reeditado em 16/11/2020
Código do texto: T4966326
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