Inveja
Melhor ele do que eu. Essa é uma frase muito comum de ser ouvida e muitos de nós já a proferimos, especialmente diante de um mau momento alheio, do qual nos livramos. Essa expressão não necessariamente quer dizer que não nos importamos com a desgraça do outro. O filósofo francês Diberot dizia que sempre tem uma pequena porção de felicidade nas desgraças dos outros. Isso não quer dizer que você vai deixar de ajudar o amigo, mas se fizermos uma breve reflexão, encontraremos campo para a aplicarmos mais uma vez a frase inicial. Se o mal se abateu no outro, é provável que possa acontecer conosco, ou seja, é um alívio não termos sido atingidos, mas acreditamos que poderemos ser.
Por outro lado, se desejamos algo que o outro possui, não acreditamos com a mesma facilidade que podemos consegui-lo.
Somos levados, ainda que inconscientemente, a considerar que existe um quantitativo determinado de bens e uma infinidade de males.
Esse raciocínio é típico dos invejosos, que desejam possuir o que o outro possui sem, no entanto, sequer considerar a hipótese de poder consegui-lo também. Querem o que os outros tem, sem deixar de ser o que são. Uma coisa é admirar alguém e querer ser igual, essa é uma emulação positiva, mas não é saudável invejar alguém ou ser invejado. A verdade é que quem inveja sofre muito, enquanto alguns invejados fazem de tudo para o serem. Deixam de atender adequadamente necessidades importantes como educação, saúde e lazer para ostentar os elementos que despertam inveja nas demais pessoas. Sentem-se felizes em despertar a inveja e se envaidecem com isso. A raiz da inveja está no desejo de despojar, para que o outro não possua o que tem. Possivelmente o invejoso seja mais infeliz do que mau, especialmente quando limita-se a semear a idéia de que o outro não merece o que tem, embora dessa atitude se desprendem a mentira, o oportunismo e a intriga.
O invejoso tem o desejo em ter tudo o que é outro, obviamente sem deixar de lado todas as coisas que está querendo, pensando, sentindo. Entretanto se deseja o que é do outro, deveria aceitar mudar de lugar com o outro e transformar-se no outro e assumir tudo o que o outro é, quer, pensa e sente.
Na verdade todo mundo quer ter as vantagens do outro, mas a partir de uma concepção própria. Seria o mesmo que dizer, apaguem-me e escrevam o outro em mim, porque o que eu quero é ser eu, com o que o outro tem.
O incrível é que não conheço ninguém dos invejosos que inveje coisas essenciais, como a saúde e a fé. Mas há inúmeros que invejam o êxito, o reconhecimento, a beleza e o dinheiro.
Porém a inveja pode ser um motor fundamental em nossas vidas, desde que seja uma inveja carente de mesquinhez, que não deseje que o outro se apague.
No entanto, a inveja também pode ter contribuído para o surgimento de uma justiça democrática, pois produz situações para evitar que alguém tenha mais direitos que os outros. Sem a inveja seria mais difícil a democracia funcionar, pois de certa forma, ela contribui para a igualdade.
No invejoso tudo tem que estar nele, é incapaz de sentir-se feliz com a prosperidade do outro.
Ser invejado, apesar de triste, é ser infinitamente mais feliz que o invejoso. Neste caso, o melhor a fazer é ficar feliz, essa é a melhor “vingança” para o invejoso, pois ele sofre com o nosso bem-estar. De qualquer forma, seja o invejado ou invejoso, profiro as palavras de Napoleão Bonaparte: “A inveja é uma declaração de inferioridade”, que podem ser úteis para iniciarmos uma mudança.
Em última alternativa, considere aquela famosa frase, facilmente encontrada em algum para-choque de caminhão, que em respeito a você leitor, deixo de apresentá-la. No entanto, posso afirmar com toda a convicção. Se quiser ser feliz, livre-se da inveja imediatamente. Pense nisso!
Melhor ele do que eu. Essa é uma frase muito comum de ser ouvida e muitos de nós já a proferimos, especialmente diante de um mau momento alheio, do qual nos livramos. Essa expressão não necessariamente quer dizer que não nos importamos com a desgraça do outro. O filósofo francês Diberot dizia que sempre tem uma pequena porção de felicidade nas desgraças dos outros. Isso não quer dizer que você vai deixar de ajudar o amigo, mas se fizermos uma breve reflexão, encontraremos campo para a aplicarmos mais uma vez a frase inicial. Se o mal se abateu no outro, é provável que possa acontecer conosco, ou seja, é um alívio não termos sido atingidos, mas acreditamos que poderemos ser.
Por outro lado, se desejamos algo que o outro possui, não acreditamos com a mesma facilidade que podemos consegui-lo.
Somos levados, ainda que inconscientemente, a considerar que existe um quantitativo determinado de bens e uma infinidade de males.
Esse raciocínio é típico dos invejosos, que desejam possuir o que o outro possui sem, no entanto, sequer considerar a hipótese de poder consegui-lo também. Querem o que os outros tem, sem deixar de ser o que são. Uma coisa é admirar alguém e querer ser igual, essa é uma emulação positiva, mas não é saudável invejar alguém ou ser invejado. A verdade é que quem inveja sofre muito, enquanto alguns invejados fazem de tudo para o serem. Deixam de atender adequadamente necessidades importantes como educação, saúde e lazer para ostentar os elementos que despertam inveja nas demais pessoas. Sentem-se felizes em despertar a inveja e se envaidecem com isso. A raiz da inveja está no desejo de despojar, para que o outro não possua o que tem. Possivelmente o invejoso seja mais infeliz do que mau, especialmente quando limita-se a semear a idéia de que o outro não merece o que tem, embora dessa atitude se desprendem a mentira, o oportunismo e a intriga.
O invejoso tem o desejo em ter tudo o que é outro, obviamente sem deixar de lado todas as coisas que está querendo, pensando, sentindo. Entretanto se deseja o que é do outro, deveria aceitar mudar de lugar com o outro e transformar-se no outro e assumir tudo o que o outro é, quer, pensa e sente.
Na verdade todo mundo quer ter as vantagens do outro, mas a partir de uma concepção própria. Seria o mesmo que dizer, apaguem-me e escrevam o outro em mim, porque o que eu quero é ser eu, com o que o outro tem.
O incrível é que não conheço ninguém dos invejosos que inveje coisas essenciais, como a saúde e a fé. Mas há inúmeros que invejam o êxito, o reconhecimento, a beleza e o dinheiro.
Porém a inveja pode ser um motor fundamental em nossas vidas, desde que seja uma inveja carente de mesquinhez, que não deseje que o outro se apague.
No entanto, a inveja também pode ter contribuído para o surgimento de uma justiça democrática, pois produz situações para evitar que alguém tenha mais direitos que os outros. Sem a inveja seria mais difícil a democracia funcionar, pois de certa forma, ela contribui para a igualdade.
No invejoso tudo tem que estar nele, é incapaz de sentir-se feliz com a prosperidade do outro.
Ser invejado, apesar de triste, é ser infinitamente mais feliz que o invejoso. Neste caso, o melhor a fazer é ficar feliz, essa é a melhor “vingança” para o invejoso, pois ele sofre com o nosso bem-estar. De qualquer forma, seja o invejado ou invejoso, profiro as palavras de Napoleão Bonaparte: “A inveja é uma declaração de inferioridade”, que podem ser úteis para iniciarmos uma mudança.
Em última alternativa, considere aquela famosa frase, facilmente encontrada em algum para-choque de caminhão, que em respeito a você leitor, deixo de apresentá-la. No entanto, posso afirmar com toda a convicção. Se quiser ser feliz, livre-se da inveja imediatamente. Pense nisso!