A MORTE PRECISA MORRER.

A MORTE PRECISA MORRER !!!.

A morte de pessoas próximas a nós sempre nos remete ao pensamento da nossa própria morte e no faz pensar na brevidade dessa nossa caminhada humana... No meu entender, a morte será sempre inoportuna e prematura; o nosso tempo aqui na terra é muito curto; seja para realizarmos nossos sonhos ou para nos aperfeiçoarmos como seres humanos. Temos pouco tempo para aprendermos o que se faz necessário ser apreendido. A morte, é uma estupidez inaceitável.

Aceito por não ter outro jeito; mas não me resigno, quando vejo a dama da foice, depositar na terra fria, pessoas amorosas e necessárias aqui com a gente... Infelizmente é assim e assim será sempre: São arrebatados os sábios e os leigos, ricos e pobres, negros e brancos. Os coroados de lírios e louros, também se vão. Mesmo assim eu não me conformo. Não me conformo e não aceito ver descer na treva da tumba fria, a cuidadora Mãe, o riso de um infante, o sincero olhar do ancião provedor, o literato diligente, o poeta e o músico, os boêmios, os bondosos, os engraçados, inclusive, o pai que enterra o seu filho...

A morte é algo que se aceita, dependendo da estrutura emocional e das crenças de alguns. Querendo ou não, temos que aceitar naturalmente, eu sei. Tudo bem; mesmo sendo natural, eu fico na oposição. Não aprovo!. A banalização da morte é espantosa e difícil de aceitar resignado. Não sabemos para onde vamos e, ao menos, se encontraremos com pessoas amadas que se foram antes de nós. Pelo visto a morte é um sono sem sonhos para o pranteado e um pesadelo para o pranteador.

Enquanto vivo, a gente vive sobressaltado, na filha invisível da morte sem saber, se quer, o número da nossa senha. Quando você menos espera, a morte chama o número 17, e por acaso é você.

Isso é um absurdo, uma crueldade desumana. Aceitar a morte é como abrir mão da vida. Isso eu não faço por livre e espontânea vontade, de jeito algum. Como inimigo mortal da morte, por todo exposto, quero decretar pena de morte para a morte!..

Se a pena de morte é um ato de justiça, então que façamos justiça contra a própria morte, extirpando de nossas vidas, esse indivíduo indesejável, inimigo da humanidade.

Pena de morte pra morte, que não quer deixar a vida em paz !!!!

Nestes termos,

A Vida pede passagem.

M. Lobo - felizmente vivo!

Manoel Rocha Lobo
Enviado por Manoel Rocha Lobo em 15/09/2014
Código do texto: T4962291
Classificação de conteúdo: seguro