Os ventos
Os astros estão nas alturas do céu, mas abaixo deles há a região de nuvens, onde ficam as tempestades e os ventos. Na mitologia, os ventos eram filhos do Céu e da Terra. Os poetas antigos representavam os ventos como divindades gigantes, inquietas e turbulentas – e para se reconciliar com eles era preciso lhes dirigir preces e sacrifícios.
Homero escreveu que a morada dos ventos era nas ilhas Eolianas – entre a Sicília e a Itália – e seu rei era Éolo, que mantinha os ventos retidos nas cavernas. Se não fosse assim, os temidos prisioneiros varreriam tudo com sua força: os mares, as terras e a abóbada celeste.
Éolo reinava com seus súditos, mas estava subordinado a Zeus. Só podia prender ou soltar um vento sob a ordem do pai dos deuses. Na Odisséia há um episódio que narra como Éolo, por conta própria, entregou a Ulisses alguns ventos para auxiliá-lo quando precisasse na longa na viagem de volta a Ítaca. Os companheiros de viagem de Ulisses abriram imprudentemente o presente e houve uma grande tempestade que destruiu o navio.
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Texto integral na coluna Mito em Contexto, em Blocos online:
www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/colunistas/sfirmino/sf0025.php
* Fotografia da Torre dos ventos tirada por mim em Atenas:
http://solfirmino.blogspot.com/2007/05/os-ventos.html