Estive nas fileiras do Exército brasileiro ...
Estive nas fileiras do Exército brasileiro contra a minha vontade, forçado por esta mesma democracia que nos força na forma da lei a fazermos o que o Estado quer, que democracia é esta onde somos obrigados a irmos e mandarmos nossos filhos para uma Instituição falida? A senhora que me criou por um tempo tinha fortes vínculos com o Exército e foi vítima também do mesmo Exército, na época abandonado por quem fosse os responsáveis, nem me lembro o ano, mas era triste ver que um dos corredores do próprio hospital tinha em seu chão os sinais da decadência e do esquecimento. Sem falar na idiota propaganda que o Exército salva os adolescentes moldando-os com os princípios hierárquicos, onde eles aprendem a ter moral, respeito e ética, onde ridicularmente se usava a frase “Seu filho sairá um homem pronto para a sociedade”. Qualquer educador por mais ínfimo que seja sabe onde realmente se constrói as estruturas que moldam o indivíduo como ser social e podem ter certeza que não é servindo as fileiras deste “Quintal” Encontrei no meu ano de militar indivíduos arrogantes , despreparados tanto moralmente como eticamente , encontrei indivíduos valendo-se de suas patentes para cometerem absurdos , expondo jovens as suas próprias frustrações, perfeitos idiotas de farda e o meu filho e alguns amigos de meu filho também encontraram a mesma coisa, provando que não importa quanto tempo passe o Exército brasileiro não é e nem de perto será uma instituição capaz de resgatar ou afastar um jovem do que muitos hipócritas dizem “caminho do erro”. Passaram-se décadas e ainda encontra-se indivíduos perdidos na falsa ideia de poder ao ponto de confundirem instrução, treinamento com humilhação. Até quando continuaremos democraticamente ter que aceitar ver nossos filhos perdendo um ano de suas vidas para se tornarem empregados nas cozinhas do Exército, pedreiros, varredores, passadores de um bando de decrépitos e filhinhos de papai? Até quando veremos nossos filhos terem que atrasar seus estudos, seus projetos, perderem suas oportunidades profissionais para serem empregados dos poderosos. Mas é verdade não posso deixar passar em branco que a cada trinta dos ditos “graduados existe um que presta , no meu caso eu tive a sorte de ser salvo , assim como muitos de minha bateria por um Capitão que via os absurdos praticados por uma grande parte dos “honrados senhores das armas”. E não podemos deixar de elogiar a forma democrática em que os nossos filhos serão chamados para servir como empregados do Governo para não dizer escravos.
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Respondido por uma amiga:
___Eu não concordo com nada que tu escreveste, nao acho as forças armadas uma instituição falida, acredito que forma caráter, recupera quem quer se recuperar, disciplina, forma profissionais, enfim deveria ser obrigatório para as mulheres tbm !
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Carlos Giralt Mercaus Achei natural e sincera a tua réplica , mesmo porque é para isso que escrevo, para que as pessoas exponham suas críticas a favor ou contra , e não para persuadi-las a mudarem seus pontos de vista , na verdade é isso que caracteriza o maior conceito de liberdade , saber ir contra ou a favor dentro de um curso de natureza humana , mantendo também os princípios de como conviver em sociedade , a única coisa que me deixou curioso é que todos os grandes pensadores , educadores , a dona de casa , o médico enfim todas as pessoas que atuam em determinada área seja específica ou não têm experiência para tratar do assunto e valem-se desta experiência para concordar ou discordar de qualquer coisa, nós assim como qualquer outro educador , escritor , crítico ou seja lá quem for que escreve ou faz algo que vá contra um sistema ou fala de um sistema ou de uma coisa tendo pleno conhecimento vivenciado, portanto pergunte a um professor se ele saberia dizer algo sobre a turma da sala 23 se ele não tivesse dado aula para aquela turma , porque amiga por mais que a sua colega professora lhe diga que é uma turma difícil de lidar ela só poderá não concordar ou concordar se ela for lá e a dar aula. Indiscutivelmente amiga algumas coisas precisam sim serem vivenciadas para podermos expor nosso ponto de vista, o que lemos e o que vimos não é o que sentimos, e somente sentindo na “carne” amiga é que sabemos onde dói.
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