A morte de um jovem tenente

A brutal morte do jovem tenente da Polícia Militar da Bahia, Gilson Santiago Messias Junior, que virou notícia nacional, acontecida neste dia 14 de maio na pacata cidade de Guanambi, Bahia, onde eu moro, conseguiu me fazer entristecer; - A violência está chegando por aqui! Não o conheci pessoalmente, só por telefone, uma vez que assumiu a função de Relações Púbicas do 17º BPM, e então informar o solicitado pela imprensa em nome da corporação.

Aqui estava a apenas dois meses e dias, recém formado pela Academia da Polícia Militar da Bahia este era o seu primeiro domicílio de trabalho na corporação. Tinha 22 anos, filho de um tenente-coronel PM comandante da Polícia Militar no batalhão de Juazeiro, bem ao extremo desta nossa Guanambi, e que se “desmoronou” ante ao acontecido. Normal para quem perde de forma trágica um filho.

Como foi? Morando em uma casa de bairro calmo (Bairro Brasília), a qual dividia com outros oficiais também solteiros, resolveu em sua hora de folga, como é normal as pessoas, tomar uma cerveja e comer tira-gostos em um bar bem freqüentado em uma praça movimentada do bairro, as nove horas de uma noite sem nuvens, ou prenúncios de tempestade. As horas passavam normais quando um bando de ciganos, alguns moradores da vizinha cidade de Caetité, chegou atirando. Diizem que foram cerca de quarenta tiros, e mataram sem dó e piedade o oficial e o dono do ar.

Foi dito que foi engano, não era o tenente o alvo, mas um desafeto parecido fisionomicamente. Se foi engano ou não foi não é isto que vem ao caso. O caso é a violência que anda perdida com suas balas, fazendo vítimas e criando mártires, e agora até neste Sertão tão longe do Cristo Redentor ou Estádio do Pacaembu... Morreu também assassinado o dono do bar... No revide de policiais que por aqui costumam chegar rápido, morreram quatro ciganos e um está no hospital, preso e bem tratado.

Onze foram presos na Delegacia da Coordenadoria de Polícia e alguns fugiram, no que se pode então imaginar que seriam acima de vinte os bandoleiros. Foram apreendidos carros de luxo, mais de uma dúzia de revólveres, maconha nos veículos, dinheiro farto, cheques de terceiros, mas nas apreensões não havia nenhuma alma que pudesse dar a vida ao tenente, e por que não ao dono do bar? Marginais, bandoleiros, não entram no rol de meus próximos, os quero longe de mim.

E em um pensamento pessoal: - Não devemos culpar ações policiais em que são batidos marginais, melhor é do que eles nos abaterem. Infelizmente inocentes acabam como vítimas nos dois lados. E que os ciganos mortos, já que é um povo muito unido, que venham com suas almas buscar o resto do bando!

************************

Seu Pedro é Pedro Diedrichs – Jornalista, que antes combatia a violência com a paz, hoje vem mudando o seu pensamento agora se espelhando na ciência, que um dia descobriu que veneno de cobra se combate com veneno de cobra!!!