“Primeiros Socorros”

Caro leitor, confesso que fiquei um pouco aborrecido quando fui escolhido para compor a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da empresa em que trabalho. Poderia me esquivar, obviamente, porém, depois de um pouco refletir, julguei oportuno participar, pelo menos dessa iniciação.

Pois bem, essa semana começaram os cursos para aqueles que irão compor a CIPA, e ontem, terça feira 15/05/2007, tivemos o de “Primeiros Socorros”, ministrado pelo Corpo de Bombeiros.

Caro leitor, só por este curso já valeu aceitar o convite. O Corpo de Bombeiros, essa fantástica instituição que presta relevantes serviços à sociedade, nos deu importantes informações referentes a primeiros socorros. Muitos mitos caíram, abrindo nossos olhos à realidade, nos possibilitando um conhecimento pequeno, mas que pode salvar uma vida.

Segundo o Corpo de Bombeiros, muitas pessoas morrem ou têm lesões irreversíveis porque faltou o cuidado necessário na hora de ministrar o primeiro socorro, por isso é de suma importância que os cidadãos tenham a noção correta de como proceder diante de um acidente, afinal, ninguém está isento de passar por situações que irão exigir esse conhecimento.

Lembro-me do caso triste de um garoto de três anos que pereceu, vítima de engasgamento, em sua companhia apenas a mãe, que sem conhecimentos de primeiros socorros e desesperada, adotou procedimentos equivocados, e nada pôde fazer para salvar a vida de seu pequeno.

Noutro caso, este narrado pelo próprio Bombeiro, o pai pereceu nos braços do filho, após ataque cardíaco. O rapaz, ao perceber que o pai passava mal tentou o socorro, todavia, cometeu importante equívoco: não avisou ninguém antes de começar a socorrer o pai, resultado: tentou em vão a reanimação com massagens cardíacas e respiração boca a boca por trinta minutos, até que teve problemas musculares e caiu, chorando me cima do corpo inerte de seu velho. O ideal seria que o rapaz avisasse alguém antes de iniciar o procedimento de primeiros socorros, porque assim alguma pessoa chegaria para lhe prestar auxílio, chamando o Corpo de Bombeiros e se revezando com ele na massagem cardíaca.

Minha saudosa mãe costumava dizer que a morte sempre vem com uma desculpa, segundo minha progenitora, no dia certo e com hora marcada desembarcaremos do lado de lá. Mas analise bem, caro leitor, será que a hora desses dois personagens que aqui trouxemos o drama teria mesmo chegado?

Ou será que desembarcaram do lado de lá porque faltou o socorro certo na hora certa?

Fico com a segunda hipótese, e você?

Aproveitando o ensejo, dirijo-lhe uma pergunta:

Você tem conhecimentos sobre “Primeiros Socorros”?

Sabe como agir diante de acidentes?

Se a resposta foi negativa, aqui vai uma sugestão:

Peça ao responsável pelo Deptoº de Recursos Humanos de sua empresa promover uma palestra sobre “Primeiros Socorros”. Você, estudante, peça ao seu diretor para que entre em contato com o sempre solícito Corpo de Bombeiros para trazer essas informações até sua escola ou universidade. Há um projeto chamado: “Bombeiros na escola”, procure se informar sobre ele em sua cidade, acredito que grandes idéias poderão se concretizar se houver uma maior integração entre escolas e demais instituições, basta que arregacemos as mangas e procuremos levar adiante tais iniciativas.

Você, representante e líder de instituição religiosa, converse com os demais membros e promova em sua instituição uma palestra sobre os procedimentos de como agir diante de acidentes, o Corpo de Bombeiros têm profissionais treinados, gabaritados para tanto, aproveite ainda a ocasião a faça comentários sobre o que foi exposto á luz de sua doutrina, tenho certeza que os freqüentadores irão ganhar importantes conhecimentos sobre tema tão pouco divulgado em nosso país, porquanto, em outros países há constantes treinamentos e palestras sobre “Primeiros Socorros” para os cidadãos.

São pequenas iniciativas que podem salvar muitas vidas!

Por isso, importante que todos conheçam os pontos básicos do “Primeiros Socorros”, não para criar “heróis” que mais atrapalham do que ajudam, mas para que se houver necessidade, saibamos agir de forma adequada.

Pensemos nisso.

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 16/05/2007
Código do texto: T489196