Vadiagem

O que falarei hoje, como já pôde ver pelo título aí de cima, trata-se do grande mal de muitas pessoas hoje em dia: a vadiagem! Chegamos a um tempo no qual as pessoas já não querem mais trabalhar; mães já não querem mais educar; alunos já não querem mais ir à escola; patrões já não querem mais dar ordens; judiciário que não quer fazer mais sua parte, deputados que não querem mais levar o serviço a sério, enfim, vadiagem incontestável.

Muitos amigos me dizem que sou duro demais nas palavras e por que eu não mudo meu jeito. A resposta é simples, como dizia Machado de Assis: “Muito doce? Te comem”, então é isso, se minhas palavras e reflexões forem brandas demais, as pessoas não levarão a sério, preciso de uma maneira férrea ao escrever e passar os ditames. Muito bem, quero deixar claro que o vadio a que me refiro no título desse artigo é exatamente aquele que não faz nada, fica a coçar o dia todo e nada produz, nada. É preciso que alguém promova a grande revolução cultural, aquela dos bons valores e tirem os vadios de circulação, ah, se precisa. O pior de tudo é que não são apenas os homens, as mulheres, por sua vez, também estão entrando nessa vadiagem e sem recuperação, valha-me Deus!

De um lado, pessoas, ou melhor, vadios a pedir moedas no semáforo, pedindo adjutório, dê-me uma moeda, tio, dizem eles. Moedas? Por que não vão trabalhar? Ah, Rafael, mas eles não têm condições, espere aí um pouquinho, mas desde quando limpar um quintal, colher os reciclados pelas ruas, lavar um carro para alguém, para isso, basta-lhe a saúde e todos os que vejo –todos- estão em perfeitas condições, salvo algumas exceções. E me perguntem se querem trabalhar, claro que não, não querem. Querem viver de quotas, querem viver de bolsa família, querem viver de auxílio isso, auxílio aquilo, auxílio aquilo outro, pobres diabos! Não há necessidade de precisarem de ninguém, basta que queiram. Já falei várias vezes que pobreza não é destino, pobreza é circunstância. Se é pobre pode tornar essa pobreza na maior de todas as riquezas: o conhecimento. Quem é que pensa assim? Esses pífios que vivem à mercê dessas milhões de bolsas que existem por aí? Claro que não, evidente que não. E se você disser para essas pessoas que ficam no semáforo por que não trabalham, por que não dão duro no batente, se alguém ousar a falar isso, mandam-lhe nem queiram saber para onde. E os alunos? Ah, esses, já estou de língua de fora de tanto falar, de tanto auxiliar, esses já não querem mais ir para a escola e as malditas mães nada fazem, apenas alegam assim: “Ah, deixa ele, vai se arrepender no futuro”. E que futuro? Um aluno assim já está morto, em vida. As ordinárias ainda pensam que os filhos terão futuro, mas é claro que não terão, são mortos que apenas se esqueceram de cair. Perambulam em vida. É isso, então acordem, mortos de uma figa!

E para encerrar, vadiagem, a meu ver, tinha de ser crime, aí eu queria ver se haveria alguém com a coragem de me parar em algum semáforo, ah, eu queria ver se teria. E de outro lado, ver se haveria milhões de alunos a mendigar notas por terem conseguido nota o suficiente no transcorrer do semestre, já que os nauseabundos querem que o professor faça aquilo que eles não fizeram no semestre todo: um milagre. Então precisamos criminalizá-los com todos os rigores. O problema é esse, não querem trabalhar, não querem estudar, não querem assumir responsabilidades, sabe o que querem? Isso é fácil. Primeiro, ficar o dia todo a pedir adjutório nos semáforos; segundo, vender drogas que o dinheiro lhes vem de maneira mais fácil, ridículos existenciais. Falta vergonha na cara a muitos, enquanto não jogarmos esses vagabundos na parede, essa será a notícia do dia, de todos os dias. Lamentável...

Rafael Vieira.