Amigos e familiares unem para desvendar o sumiço do amigo Gabriel

*Elias Alves Aranha “DRT 001016/MT

O Fazendeiro ex-combatente da FEB desaparecido misteriosamente em Mato Grosso agora passa a ser preocupação de muito mais pessoas. Irmãos e sobrinhos oriundos de Bom Jesus da Lapa e Paratinga na Bahia seguem hoje para Brasília onde se encontram gente da família residente em Padre Bernardo para exigir na ANVFEB – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS VETERANOS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA SEÇÃO REGIONAL – DISTRITO FEDERAL e Ministério da Defesa e Exército Brasileiro uma ação de peso e mobilização nacional em busca do nosso expedicionário Gabriel. Igualmente a Associação dos Veteranos da FEB em Cuiabá capital de Mato Grosso está empenhada em encontrá-lo. Auxiliam também na procura outros parentes de Barra do Garças, Mato Grosso, Goiânia e São Paulo inclusive Servidores Federais também sensibilizados com ao silêncio e falta de informações entram na fila dos solidários ao Gabriel.

O idoso desapareceu de Nova Canaã do Norte MT. Cidade de umapopulação estimada de 12.132 habitantes, ninguém fala nada, não sabe de nada, o povo está pasmo. Passa de dois meses. Nossa reportagem efetuou várias ligações para pessoas que teriam amizade ou que seria conhecido próximo do Gabriel sem êxitos, ninguém recebe as ligações e não retornam e quem é indagado não dá informações nem mesmo uma pessoa suposta filha. Mas uma vez afirmo com todas as letras que o ex- combatente não utiliza medicamentos para controlar a pressão e nem sofre de problemas mentais. Apesar da idade avançada de 89 anos, o idoso não sofre de demências, amnésias ou qualquer mal que possa ter contribuído pelo seu desaparecimento fato que deixa curioso e muitos preocupados.

Gabriel José Pereira de Paratinga -BA nascido em 18/02/24 em Lagoa do Zezé, filho de Martiniano José Pereira e Jesuína Alves Pereira, Cabo Reformado do Exército Brasileiro, participou da II Guerra Mundial na última Batalha de Montese, na Itália, esteve na linha de frente e no FRON atuou em várias funções, sendo motorista como principal delas. Transportou muitos oficiais militares no campo de batalha, foi companheiro de luta de João Batista Figueiredo ex-Presidente brasileiro. Perseguido Político na década de 60, organizou e fundou vários sindicatos no país, organizou e coordenou o Movimento Sem Terras - MST em Paranhos-MS e Cooperativas. Expedicionário de Guerra, ex - motorista da Usiminas. Aposentado excepcional de anistiado e indenizado pelo mesmo fato. Além de ex combatente da FEB, ex metalúrgico e dirigente sindical em Ipatinga-MG foi fotógrafo, trabalhou na UHE- Três Maria- MG., onde organizou uma associação. Defendeu o trabalhador na estrada de ferro de Goiás, na Usina de Três Marias e na Belgo Mineira. Presenciou o massacre de Ipatinga onde os militares da Ditadura mataram centenas de trabalhadores. Fundou o sindicato eletricitário e foi admirador de Getúlio Vargas. Bom de Discursou e alfinetador, irônico e satírico, de gênio forte sim, mas honesto e moralista ao extremo.

“Todas as autoridades constituídas sabem o que se passa na coletividade, mas fazem pouco. Para fazer alguma coisa contra os criminosos envolve uma série de aparatos, um conjunto de situações, criando um conteúdo burocrático que vai tramitar nas escrivaninhas, e por fim descansar nos arquivos do vale do esquecimento. Para obter êxito nas questões é necessário constituir um advogado para assessorar juridicamente e acompanhar o processo como defensor daquela parte que o contratou, e para isso é preciso confiança.”Trecho das argumentações do Ancião Gabriel.

Confiança é o ato de confiar na analise se um fato, se é ou não verdadeiro, devido a experiências anteriores, entregando essa análise à fonte de estatísticas e opiniões de onde provém a informação e simplesmente considerando-a checando-a com outras informações a chamada cruzamento de informações. Se refere a dar crédito, considerar que uma expectativa sobre algo ou alguém será concretizada no futuro. Como exemplo simples temos na expectativa de votar em um político e/ou partido político no Brasil. Se esse político é ou não é de confiança. Aceitar a própria decisão de outra pessoa. Confiar em outro é muitas vezes considerado ato de amizade ou amor entre os humanos, que costumam dar provas dessa confiança. Sem essas provas, o indivíduo tende a basear-se apenas na informação dada (ou a falta dela) acabando por seguir provavelmente uma linha de pensamento longe da verdade.

“Cá-entre-nós”! Confiar, em quem?

Se as autoridades são primeira página nas manchetes nacionais e alvo da Polícia Federal. Presidiários dão ordens de dentro das Penitenciárias apelidadas de segurança máxima. O Poder paralelo está rugindo como leão para confrontar com o Poder de Direito. Políticos não querem discutir Maioridade Penal por ser matéria polêmica e antipática, a Família e a paternidade está desaparecendo e as pessoas se identificam mais com a classe a que pertencem do que com a família. Pois, toda lei é-nos imposta para ser a regra diretiva dos nossos atos humanos. Ora, os atos humanos chamam-se morais, como já se disse: Os preceitos morais são distintos dos preceitos sociais e dos religiosos, embora os três estejam relacionados. “Homem tem honra! E sem honra o homem deixa de ser homem!” Vamos honrar o pensamento de que “A melhor homenagem aos combatentes mortos é dar assistência aos seus companheiros vivos.”

Gabriel esteve na casa de amigos no dia 27 de março na cidade de Colíder revelando fatos de terem tomado atitudes prejudiciais o cumulo do absurdo! Porque ser discriminado e ter sido aproveitado por um momento de fragilidade ou de uma dose a mais ou um momento de exaltação da virtude, de excitação, descontrole, ou exagero nas idéias, sentimentos ou atitudes, é no mínimo constrangedor.

Arrependido, ameaçado e sentindo medo. Confessou que havia vendido a fazenda para um empresário de Nova Canaã do Norte por uma quantia irrisória, as terras que segundo ele mede mais de 285 hectares (cento e dezoito alqueires) por cento e cinquenta mil reais, sendo cem mil a vista e cinquenta para final de junho. E no mesmo momento o empresário o levou ao Cartório local e passou os documentos, depositou 100 mil na sua conta e entregou em anexo o cheque “Um absurdo, mas isso aqui é perigoso a gente que não tem nada de parentesco e tem que se resguardar e se policiar do perigo, já joguei fora esse valor não para o arame das cercas”, disse.

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Elias Aranha
Enviado por Elias Aranha em 24/06/2014
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