O JOGO DO PODER
Podemos criar várias máximas para definir o jogo entre as nações pelo poder. Desde dormir com o vizinho, até vender a própria mãe. Um exemplo é a atual crise na Ucrânia. Quem está morrendo não importa. O gás que passa por ali sim.
Para a História, foi o povo quem derrubou os regimes no que ficou conhecida como “Primavera Árabe”. Basta um olhar mais atento para a guerra civil síria, e vamos perceber que a verdade, às vezes, não é escrita. Todos os regimes derrubados, não caminharam na direção que o povo desejava.
A palavra “democracia” tão amada no ocidente, jamais passou perto desses países. Essa nunca foi à intenção. Exercer o poder sobre os novos governantes sim. Esse domínio dos mais poderosos não é uma invenção do nosso tempo. Desde que o planeta se dividiu em nações, ele existe.
Talvez, a coisa mais fácil que os americanos fizeram até agora, foi derrubar o regime de Saddam Hussein no Iraque. Parecia com esses jogos de guerra nos videogames. Ou um romance de Frederick Forsyth. Com o mocinho procurando armas de destruição em massa. Nunca encontradas.
Nem a democracia chegou lá. Aliás, essa é uma boa pergunta: Como ensinar noções de democracia para xiitas e sunitas? Eles só conhecem a lei do Alcorão. Quando a religião surge como um elemento a mais no jogo do poder, os resultados são catastróficos. O Oriente Médio é o exemplo perfeito disso.
Com o Iraque em colapso, e saindo do controle, alianças nunca imaginadas começam a se formar. Quem imaginaria, de repente, americanos e iranianos falando a mesma língua? Quando o assunto é manter ou ganhar poder eles falam. E se o continente europeu um dia foi dividido, o Iraque também pode ser.
Aparentemente são apenas os países jogando o jogo do poder. Enganam-se aqueles que acreditam nisso. Existe um poder ainda mais maquiavélico e perigoso. Maquiavélico porque se move nas sombras. Ninguém pode vê-los. São as grandes corporações mundiais. Entre outras, a bélica, a farmacêutica, a alimentar, e a tecnológica.
No caso das guerras e revoltas atuais, quem está na linha de frente fornecendo armas para o governo sírio? Para a oposição síria? Para os insurgentes iraquianos? Quem está ganhando com essas matanças? Uma pergunta que ninguém responde. E alguém está.
Todos os milhões gastos com a derrubada de Saddam Hussein, é dinheiro de troco diante do que essas corporações movimentam para controlar os próprios governos e continuar nas sombras. No fim, conscientes ou não, Obama ou Putin são tão manipulados quanto você ou eu.