HOMOSSEXUALISMO
Dos vários temas polêmicos que vivenciamos em nossa vida diária, a homossexualidade humana é, certamente, dos mais questionados, discutidos, visto que, contraria o sentido de perfeição das coisas criadas por Deus. Partindo do princípio supremo de que tudo que Deus Cria é Perfeito, não se admite, mediante a nossa compreensão limitada dos mistérios das coisas divinas, em seus vários e infinitos graus evolutivos, que a união carnal amorosa entre pessoas do mesmo sexo, seja um ato afetivo natural, normal. Pode até não ser. Mas quem de nós, almas ainda imperfeitas, acumulando na bagagem evolutiva, diversas anomalias de comportamento, fruto do mau uso do livre-arbítrio, ou da liberdade de livre escolha, pode condenar, sem conhecimento real de causa, alguma imperfeição que vê no próximo ou mesmo na natureza; quando a própria conduta deficiente não é percebida, para ser motivo constante de corrigenda, tão necessário ao aprimoramento moral de cada um de nós, almas aprendizes, trilhando lenta e progressivamente por nossas etapas reencarnatórias, no propósito excelso de nossa perfeição moral relativa, diante da Perfeição Absoluta de Deus?! O Criador, como causa primária das coisas e inteligência suprema do universo, é Incriado; e como tal, não pode se Criar; mas existe de toda eternidade como Causa Inteligente Criadora Incessante; sendo a causa de criação de todas as coisas a partir do que já existe de primitivo nos princípios espiritual e material, onde essa Causa-Deus está permanente e incessantemente presente; essa mesma causa também age na recriação dessas mesmas coisas, para corrigir as possíveis imperfeições do que ainda está bruto, não lapidado, não aprimorado. Alguém já disse que: talvez tenha sido Lavoisier, não me lembro no momento, “ na natureza nada se perde, tudo se cria, tudo se transforma “. Dessa forma, o sentido de dizer-se que as coisas são perfeitas, é devido mesmo à presença da Causa-Deus nelas, fazendo-as existirem de toda eternidade. Mas isso não quer dizer que as coisas não possam ser melhoradas, ou não estejam perfeitas por existirem graças à Causa Inteligente que a fazem existir; cabendo assim, aos Espíritos, encarnados e desencarnados, como auxiliares diretos do Criador, e como uma das principais forças inteligentes da natureza, trabalharem continuamente, mediante a presença da Energia Inteligente Maior em suas essências, em seus vários graus evolutivos, corrigirem os erros momentâneos das coisas que podem ser melhoradas, e, ao mesmo tempo se corrigindo de sua imperfeição momentânea, até o alcance da perfeição moral relativa que Deus lhe destina. O espírito, criado por Deus simples e ignorante (atente-se à perfeição primitiva da criação, e à imperfeição da vida espiritual inteligente, que vai ser aprimorada gradualmente pelo livre-arbítrio, até o alcance da perfeição relativa), experimenta, em suas várias fases evolutivas, as sensações, os instintos e a consciência, que lhe faculta o sentido moral individualizado, derivado da Consciência Cósmica do Universo. Pelo livre-arbítrio e a livre escolha, ele vivencia várias etapas experimentais no corpo físico e na erraticidade, gerando a si e influenciando o próximo, os sentimentos bons e ruins; assim como as boas e más ações. Em seu desejo contínuo de reencarnar, para intelectualizar a matéria corpórea, e para passar pelas provações cármicas, no intento da busca gradual de sua melhoria consciencial, muitas vezes se fragiliza diante das provas, não as suportando, ocasionando-lhe interrupção naquilo ao qual foi submetido antes de reencarnar. Devendo retornar à vida primária, para rever o que pôde ser cumprido e o que não pôde. Nesse processo natural de alojar-se em inúmeros corpos pela reencarnação, o espírito, muitas vezes, almeja reencarnar num corpo masculino ou feminino, e a ele lhe é destinado um corpo físico contrário ao da sua vontade, pelo fato mesmo de não ter cumprido provas no corpo que antes habitou, então lhe é dado um corpo diverso como punição, devendo nele, suportar como prova, para que, superando-a, possa seguir em frente nas próximas reencarnações, satisfeito no corpo que esteja alojado, sem passar pelo estado de sentir-se atraído sexualmente, pelo semelhante com o corpo físico igual ao seu. Acresça-se a isso, fazendo parte das provas, a questão hormonal; o espírito vem para habitar no corpo físico, por exemplo, masculino, no qual é maior a quantidade de hormônio feminino; nesse caso, vai ficar visível e evidente, um espírito num corpo físico masculino, com traços, gestos, tendências, e preferências de um ser carnal feminino. Estamos avançando em conhecimento intelectual e moral. Mas o nosso avanço intelectual está à frente do moral. É preciso que haja um equilíbrio entre os dois. Quando quisermos colocar a nossa intelectualidade a serviço da moralidade, estaremos avançando na compreensão e conscientização das coisas, que nos vão sendo reveladas segundo o nosso crescimento moral. O homossexualismo é sim uma anormalidade do corpo humano em distúrbio genético e do espírito insatisfeito no vaso carnal que habita; contrário assim, às leis divinas que regem todas as coisas. Mas é apenas uma imperfeição temporária, tanto do corpo físico que existe (mas em algum momento vai deixar de existir) sofrendo a anomalia, quanto do espírito, que sofre e passa pelo dissabor em habitá-lo, tendo que suportar tal prova, porquanto vai sobreviver e seguir livre do processo cármico específico. Do ponto de vista espiritual, o mais importante, o essencial, que é o da alma se manifestando no vaso corpóreo e nele vivenciando as suas várias fases reencarnatórias evolutivas, deve-se compreender a homossexualidade, seja ela homo, bis, ou trans, como um processo de melhoria consciencial da alma estagiária que aprende a ser melhor se libertando aos poucos das impurezas morais que atrofiam o seu avanço evolutivo. Claro que a anormalidade homossexual gera, pela situação de imperfeição moral da alma, inúmeras ações comportamentais que produzem um desequilíbrio sócio afetivo, nas relações amorosas normais do ser humano na sociedade, na medida em que, ao invés dos sexos opostos se atraírem, sucede o contrário. Além das ações promíscuas com objetivos mercantilistas, que contribuem à predominância de inferioridade da alma, numa sociedade ainda tão deficiente em valores virtuosos, agravando-se e tornando mais incompreensivo e inaceitável, um processo cármico no qual a alma encarnada luta para dele se libertar. Não há como conter, por enquanto, essa avalanche de almas encarnadas em todo o planeta, passando por esse tipo de provação, porque são inúmeras as provações pelas quais as almas têm que passar, e a homossexualidade é apenas uma dentre as inúmeras. Até porque, a própria heterossexualidade em suas ações normais de conduta, desvirtua os valores, condicionando a sociedade a viver de forma pervertida e promíscua, havendo também nesse segmento provas a serem suportadas por almas que deveriam conduzir-se com decência e moralidade. Não condeno a homossexualidade porque a entendo como um estado interino de imperfeição moral da alma. Na medida em que ela se liberta desse carma específico, estará livre para exercer em suas próximas encarnações, a lei natural que Deus criou, dos sexos opostos se atraírem, não só pra vivenciarem o sentimento sublime do amor, mas para reproduzir, pelo ato sexual, a perpetuação da espécie humana. Compreender e tolerar a homossexualidade sem preconceito, é ajudar a alma encarnada a passar por essa difícil prova, libertando-a para uma vida futura, na qual deverá experimentar vivências cada vez mais felizes, pela superação dos erros anteriormente cometidos.