Lei da palmada
Existem coisas que não devem, não podem ser passadas em branco. Digo isso pelo fato de não fazer sentido o poder judiciário tentar – e já quase conseguir- intervir em problemas que não lhes compete. Com certeza, outras coisas e pessoas merecem “palmadas”, e vocês sabem a quem me refiro, ah, se sabem...
Pais e mães, de acordo com a lei, não poderão mais surrar, bater em seus filhos. É por isso que sempre digo e insisto que as leis no Brasil andam para trás. Bater até sangrar, surrar ou maltratar os filhos, sempre foi proibido pelos direitos humanos da criança. Isso me faz lembrar Rui Barbosa que dizia: “Quando a lei for, quando a lei é iníqua, isto é, sem cabimento, desprezível, não devemos respeitá-la”, um inovador, efervescente, ele, Rui. Por que é que o judiciário e os magistrados não vão cuidar do que realmente precisa de importância: os ladrões de Brasília. Por que é que eles não levam uma boa “palmada” quando fazem alguma coisa de errado? Olhem-se no espelho, ordinários.
De outro lado, querem beneficiar as crianças, sim, certo, muito bem, mas eu lhes proponho uma emenda nessa lei. O pai e mãe que não educarem os filhos também vão ser punidos, porque há alguns pais e mães preguiçosos e vagabundos por aí que nada fazem para seus filhos, só querem saber de parir e parir, esses precisam ser caçados, justiçados, porque não há necessidade de bater em filhos para que cresçam educados, é preciso, sim, discipliná-los, pois o que há de crianças indisciplinadas por ai é escandaloso e ninguém faz nada, nada. A palmada, em outras palavras, quer dizer que os pais perderam as rédeas e eis aí algo que não pode, não deve acontecer. Se o pai perde a rédea do ordinário, quero dizer, do filho, quem há de aturá-lo? Claro que ninguém! Então é isso, severidade aos primeiros anos de vida. Se os pais educassem os filhos desde a mais tenra idade, nem discutir sobre lei da palmada seria preciso. Mas quem é que não sabe disso? Lógico que a maioria sabe, contudo, vivem à espera de um milagre, alegando que a vida vai ensinar, ah, vai sim, sabe quando? Quando seu filho, sua filha completarem 18 anos e ir para cadeia, daí deixe que lá o delegado da jeito, de um outro modo, mas dá jeito...
Rafael Vieira