OS DOIS LADOS
Aprazer-se com o lado bom, agradável do próximo, nas diversas formas de relações humanas é muito fácil; o difícil é tolerar o seu lado ruim, desagradável; ora, o próximo é cada um de nós, almas aprendizes do virtuoso viver sócio afetivo, expondo a outrem, as suas virtudes e defeitos morais. Assim, devemos compreender (não, com orgulho e egoísmo, mas sim, com humildade e caridade), que o grande desafio entre nós, é nos aturarmos, dispondo as nossas virtudes (ainda muito poucas), no combate dos nossos defeitos, que ainda são muitos. Entretanto, sabemos que o avanço desse exercício construtivo de tolerância mútua, dá-se gradativo, mediante os nossos estágios experimentais nas sucessivas reencarnações. Nesse caso, à medida que as almas inferiores vão isentando-se da etapa expiatória, vão sendo, por conseguinte, contempladas à fase regenerativa, onde haverá mais predominância de bem-estar interativo nas relações humanas, prolongando-se tão fraternas por um tempo considerável, já que, os males imorais estarão mais enfraquecidos, ante a presença mais prevalecente dos bens morais.