ACEITO-ME? ESTOU SATISFEITO COMIGO MESMO? USO MÁSCARA?

Aceito-me? Estou satisfeito comigo mesmo? Uso máscaras? Antes de estudar sobre espiritualidade, devido a certa incompreensão, me aceitava apenas como um ser carnal, mas sempre me perguntei se havia algo em mim que pudesse sobreviver após a morte física. E agora, depois que adquiri ou readquiri o conhecimento espiritual, compreendo com exatidão e convicção a atuação da alma como um ser distinto do corpo físico, que o habita momentaneamente, e, em dado momento, com a extinção deste, ela retorna ao mundo espiritual, para continuar a sua existência como espírito desencarnado. Com esse entendimento, me aceito hoje mais como um ser espiritual do que como um ser carnal. Entretanto, considero como relevância fundamental a aceitação do meu corpo físico, porque, além de intelectualizá-lo, é nele que a minha alma exerce imprescindível aprendizado de aprimoramento moral. Por outro lado, como uma alma que ainda se detém em sua etapa de inferioridade evolutiva, lamento bastante as agressões que já causei ao vaso corpóreo que me aloja, fruto dos vícios mundanos, da ignorância moral, da herança genética, e também da influência pervertida do meio social, ainda tão predominante em nosso mundo. Antes desse período atual de espiritualização, não pude controlar os impulsos instintivos da consciência animalizada, que me direcionou aos excessos viciosos da vida mundana. Porém, se sou ainda uma alma aprendiz, é natural que erre pra poder acertar. Corrigindo os erros, segue-se a vida, dando o bom exemplo a si e ao próximo. A vida de cada um de nós, vai sendo construída, mediante uma sequência de fatos previsíveis e imprevisíveis. O que vai ocorrer a cada novo instante depende das nossas ações, instintivas ou conscientes. Muitas vezes, em determinada situação, agimos instintivamente, e nos defendemos de um possível mal que poderia ocorrer conosco. E de outras vezes, agimos conscientemente, mas a ação maldosa do próximo nos conduz a um infortúnio inesperado. Então, os acontecimentos em nossas vidas, bons ou ruins, dependem de cada um, depende do próximo e, sobretudo da força das coisas, beneficiando-nos ou não, em dado momento das nossas vidas. Se antes eu vivenciava uma satisfação ilusória, motivada por ações carnalizadas, hoje eu vivencio uma satisfação real, motivada por ações espiritualizadas. Quando nos dedicamos à nossa espiritualização, atuando em nossas vidas carnais, nos embelezamos interiormente e deixamos transluzir naturalmente essa beleza interior edificante, ao nosso exterior físico, que, de modo simples, pela força fluídica de nossa essência virtuosa, irradiamos o nosso bem-estar psíquico ao nosso próximo, que, estando receptivo ou não, vai beneficiar-se das boas energias que lhe estão sendo direcionadas. Jamais gostei de usar máscaras, agir com fingimento em relação às coisas ou às pessoas que me cercam. Posso até me calar temporariamente, diante de situações que não aprovo, apenas pra refletir melhor acerca do que decidir, controlando também os meus impulsos instintivos; mas em algum momento, alguma atitude eu vou tomar, porque a vida é feita de ações, boas e ruins, e num mundo ainda tão defeituoso moralmente como o nosso, não estamos isentos das adversidades que podem surpreender as nossas vidas. Mas em minhas ações habituais, sempre gosto de ser uma alma simples, sincera, natural, transparente. Autenticidade, serenidade e equilíbrio, são qualidades morais necessárias em nosso modo de ser, para que possamos nos beneficiar dos resultados positivos, que porventura venhamos a alcançar em nossas quase sempre muito difíceis relações com o nosso próximo. Podemos até sofrer por sermos verdadeiros, num mundo tão cruel e dissimulado como o nosso. Mas se a nossa boa e genuína intenção, não produzir um efeito imediato no próximo, não nos desesperemos, sejamos pacientes e perseverantes, porque mais cedo ou mais tarde, o bem que produzirmos em nós, estaremos também transmitindo e fazendo o bem ao nosso próximo; e será de essencial valia pro bem-estar momentâneo do corpo físico, e de eterna valia pro bem-estar do ser espiritual; visto que, cada um de nós, simboliza um próximo a melhorar-se moralmente, mediante a força luminosa do amor incondicional em todos nós.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 29/05/2014
Código do texto: T4824260
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