A igreja e sua posição a favor da vida 

     O papa Bento XVI chega ao Brasil num momento onde se discute temas polêmicos como o aborto e a questão da redução da maioridade penal. Enfim, temas que atentam à vida e que restringe o homem quando a questão social punindo adolescentes com penalidades aplicadas para adultos pela omissão do Estado – o qual deveria cumprir a lei conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Se analisarmos os dois temas verá que eles vão de desencontro com o pensamento de Jesus um mata biologicamente, o outro mata psicologicamente condenando adolescentes carentes a viverem suas vidas atrás das grades desde os 16 anos. 

     O que a mídia tem reforçado nestes dias de visita do papa Bento XVI é que o Brasil é o país de maior numero de católicos do mundo. Se somarmos os católicos e os evangélicos mais de 80 % da população brasileira se diz cristão. Porém, este número em tese seria suficiente para não se aprovar nenhuma lei que atenta à vida e nem a dignidade humana seja ela biológica ou psicológica. No entanto o que se vê é que este número é fictício, pois, parte expressiva dos que se dizem cristãos são favoráveis ao aborto e também não conseguem compreender que no caso da redução da maioridade penal está se punindo aquele que já é punido pela falta de condições sociais, pela desestrutura familiar; vitimas das drogas, etc. Enfim, muitos que a Educação não consegue atingi-los, ainda que sejam garantidos pela Constituição Federal. 

     A visita do papa ao Brasil e suas afirmações em relação ao aborto é algo coerente dentro do que à igreja tem como missão ao ser anunciadora, guardiã do evangelho e da proposta de Jesus. A vida é um dom, segundo a doutrina cristã e até mesmo outras espiritualidades. A vida humana é composta de Corpo, Espírito e Alma sendo assim, quando se tira a vida de alguém comete um pecado contra Deus e contra o irmão. Deus é o autor da vida a Ele cabe dar e tirar, seria incoerente caso a igreja agisse contrariamente, isto é, em nome de uma questão humana suprir os princípios evangélicos colocando-os de lado 

     Outro fato que se deve destacar é que ninguém está obrigado a seguir uma doutrina religiosa ou mesmo ter espiritualidade. A igreja como entidade tem o direito de colocar condições, regras, normas para seus seguidores. Sendo assim, se alguém atenta a vida conscientemente de alguém e fere princípios da doutrina, a igreja como entidade está em seu direito negar a estes certos sacramentos. Quem julga o interior do homem é Deus, mas quem cria as leis e normas são os homens. O homem que cria a lei a favor do aborto o maior crime está na mão dele e não da mulher que a comete. 

     Finalizando quem tem que fazer uma grande reflexão sobre tais temas mencionados somos todos nós que intitulamos cristãos – independentes ser católicos ou evangélicos. Precisamos repensar se nossa conduta procede com os ensinamentos de Jesus
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Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 10/05/2007
Reeditado em 11/05/2007
Código do texto: T481955