Mães de propagandas televisivas
Quando você vê um produto, o melhor produto de todos, é claro que você quererá comprá-lo. Todavia, não podemos nos esquecer que também existem “produtos” inferiores e que são bons ou talvez melhores do que aqueles ditos como “famosos”. Digo isso porque não faz sentido esses comerciais esdrúxulos que circulam em rede nacional, todas as emissoras a mesma babaquice, todas. Estamos nos aproximando do dia das mães e, na televisão, apenas mensagem de mães lindas, charmosas bem-vestidas, bem humoradas, e as outras mães, hem?! Emissoras hipócritas de uma figa.
Se observarmos os comerciais veremos apenas mães bonitas, mães com aquelas barrigas ridículas de fora a comprar no shopping, mães ricas, mães, enfim, do consumo. Não, não é assim, isso que se vê por aí e nesses comerciais não é exemplo de mãe, quero ver aquela mãe trabalhadora, que se esfalfa o dia todo para dar conta do sustento do filho, essa sim é mãe, essa sim poderá gozar do dia das mães; agora não, mostram essas desavisadas existencialmente que apenas desovam os filhos nas escolas – e eu disse desovam- e sentem-se mães, mãe só se for do capeta, porque ser mãe, não é desovar as crianças na escolas como se fosse um descarrego de algo ruim, a mãe deve, sobretudo, ser ativa na vida do filho, ir às reuniões, ser, se possível, uma das melhores amigas da professora, participar de festas da escolas... Por que nesses comerciais não mostram aquelas mães que colocam o peito para a bala e a cara para o tapa se preciso for para proteger o filho? Não, essas não lhes dão lucros, porque todas as emissoras querem lucrar com isso, todas.
E outra coisa, mãe que é mãe não se importa com presentes, a maior dádiva que ela pode ter ganhado foi o filho e nada além. Agora, irrito-me mais ainda com essa notícia: “Dia das mães trava briga acirrada entre filhos para ver quem dá o melhor presente”. Isso não pode existir, já mencionei linhas acima, mãe que é mãe não se vende por presente nenhum, ela fica feliz só de o filho dar aquele abraço gostoso e confortante. A mãe que não faz isso, e que, pelo contrário, apenas vive à espera do presente, ah, essa não pode ser chamada de mãe, é simplesmente uma mulher desorientada que pariu e sequer soube o que é o amor. É por isso que a sociedade está como está, mães achando que a vida vai terminar no shopping, no cartão de crédito do marido, isso não é mãe, em minha concepção ela tem outro nome, e vocês sabem o nome de que estou falando...
E para encerrar, ainda continuo a esperar a resposta da justiça no caso da Suzane Richthofen, aquela nauseabunda que mandou matar a própria mãe para ficar com a herança, ela solicitou à justiça que a liberasse para ir visitar o túmulo de sua mãe, porque ela sente falta da mãe. Eu quero só ver a resposta que darão a ela. Porque essa justiça desgraçada nem mesmo deveria ouvi-la. Não. Pasmem, ouviram-na e ainda levaram para análise a solicitação. Isso é justiça? Na semana do dia das mães, essa nojeira chamada justiça dá mais um tapa na cara da população brasileira, fico com nojo dessa justiça podre e mais nojo ainda de quem disse que analisaria o caso. Patifes!!
Rafael Vieira.