Não é de religião que precisamos
Gosto muito de ler múltiplos jornais e revistas para que, a partir deles, possa fazer uma argumentação incontestável com os próprios índices e pesquisas que me dão os jornais, as revistas. Acompanhem comigo essa pesquisa de uma das mais conceituadas universidades do mundo, a Harvard. “Todos os bandidos das penitenciárias mais perigosas dos EUA são religiosos” Tem cabimento isso? Então de que precisam os jovens e toda a população?
Sinto muito em discordar da grande maioria, mas pelo que vivencio, ate mesmo em sala de aula, não é de religião que os jovens precisam, eles precisam sim, de pais e de mães. Os jovens de hoje estão órfãos, mas órfãos de pais vivos, os pais não dão a devida educação para seus filhos e transferem toda a responsabilidade para o coitado do professor em uma sala de aula. A maioria dos jovens de hoje estão perdidos existencialmente, mães bandidas colocando suas filhas de cinco anos em uma passarela, pode isso? E se a filha perder o que a mãe vai falar para a menina? Ah, filha, você perdeu porque você é feia, ou, você perdeu porque é gorda. Onde fica o emocional da criança, o psicológico? Precisamos de mães que sejam mães, não mães que disputam roupas com filhas para ver quem fica mais vulgar, mãe é mãe e pronto.
Agora voltando à pesquisa, os psicólogos que foram entrevistar os detentos disseram que de cem detentos, noventa e nove tatuam o nome do senhor no lombo, mas que diabo, então aí há um paradoxo, são bandidos religiosos? É nesse andar da carruagem que quero chegar, pois bem, de acordo com essas mesmas pesquisas, não é de religião que precisam os detentos, uma vez que elas já as têm.
A melhor de todas as religiões é a decência, é a honestidade, é a ética, é a dignidade, é conduzir-se de modo ético no convívio social e na relação humana ao longo da vida, é disso que precisamos. Os jovens de hoje estão saindo para a vida tecnologicamente bons, mas se esquecem da educação moral vinda de casa, esquecem-se dos bons valores, do bom caráter, enfim do amor ao próximo. É preciso que todos dêem valor àquilo que realmente clama a sociedade. O que justifica cada um de nós naquilo que somos e temos é o caráter formado até os sete anos, como já deixara bem claro Sigmund Freud. Depois dessa idade, o cara que rouba aos oito há de roubar aos oitenta. Estamos me ouvindo, deputados de Brasília? Acho bom! Se formos verdadeiramente responsáveis pelos nossos filhos hoje, não precisaremos ir à cadeia retirá-los amanhã. O que estamos a precisar é de pai e mãe, não de religião.
Rafael Vieira