Dia do trabalho
Hoje comemoramos o dia do trabalho, muitos comungam desse feriado, porém poucos verdadeiramente podem ser chamados de trabalhadores. Muitas vezes, muitas coisas acontecem, e, ou fingimos que não sabemos de nada ou fazemos propositadamente. Pensem comigo, se uma pessoa não tem como se sustentar e você dá a ela uma vida fácil, certamente, essa pessoa preferirá a vida fácil a ter de trabalhar arduamente todos os dias. Certo? O Brasil é um dos únicos países que mais sustentam ordinárias e ordinários desidiosos que não querem saber de trabalhar, gostam, sim, de viver à custa do próximo.
Tudo isso que disse aí acima leitor, leitora, estampa o quadro atual que o Brasil passa. Suponhamos que você sempre ao passar por um semáforo dê uma quantia em dinheiro para um pedinte, mendigo, com certeza, ele aprenderá sua rotina e ficará a esperar todos os dias para ver se ganha o adjutório conforme nos demais dias e se esquecerá de que existe o trabalho. É a mesma coisa esse “Bolsa Família”, se a presidenta ou quem quer que seja, continuar a todo mês ajudar os menos afortunados, com certeza, eles jamais procurarão um bom serviço e desse serviço retirarem seus sustentos, não farão mesmo, esqueça. Então, em vez de fornecerem essa esmola, por que não dão emprego? Assim, através do trabalho que ele mesmo fizer conseguirá tirar seu próprio sustento. Quem é que pensa assim? Diga-me o nome de um presidenciável que pense assim e dou-lhe o meu voto. Aqui no Brasil não é assim, os presidenciáveis somente querem “comprar” votos (e eu disse comprar votos) com essas malditas esmolas, fazendo com que o pobre, o mendigo, o que está a pedir, pensem que eles são verdadeiros “deuses”. Pobre coitados! Então é isso, as famílias, de um modo geral, precisam abrir os olhos para isso, tudo bem que as condições sejam precárias, mas com certeza, se tivessem um trabalho, tudo poderia ficar bem mais tranquilo e ter uma vida mais saudável.
E outra coisa, ninguém se realiza na vida senão pelo trabalho. Há uns idiotas dizendo por aí que trabalham em péssimas condições porque não têm nada melhor. Ah, ordinários, falem isso diretamente para mim, falem. Vocês estão nessas más condições porque querem. Ora bolas, o trabalho ruim não é vitalício, cada um pode –e deve- procurar se profissionalizar a cada dia mais, lendo, fazendo cursos, nutrindo a mente. Ih, mas isso ninguém quer, então não me venha dizer que seu trabalho é ruim, você que é preguiço, néscio. Estou cansado de dizer que estamos no trabalho que merecemos. Muitos podem dizer que têm um trabalho ruim, mas lavem a boca para falar, já que há aquela passagem que diz: “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê”, levante cedo, vá momentaneamente, para esse trabalho ruim, porém, nos intervalos, no horário do lanche, do almoço, da saída, vá ler um livro, vá se atualizar culturalmente, vá estudar mais. Não, isso não. Ninguém quer, diga-me o nome de uma pessoa que você conheça que reclame do trabalho, mas faz mil coisas para melhorar, para ascender, para, enfim, poder mudar da intempérie porque vive. São raros, raríssimos. Então é assim, os brasileiros reclamam de algo que eles mesmos procuram, estão perdidos existencialmente. Só que isso deve ser dito dentro de casa, pelos pais, dizerem aos pequenos preguiçosos o seguinte: “Filho, se você não quer ter uma vida complicada profissionalmente, estude, estude muito, para que você consiga ser alguém na vida”. Bobagem! Qual é o pai que faz isso? Qual é a mãe que faz isso? Não, as mães só querem fazer chapinha no cabelo das filhas e os abobados dos pais só querem transvestir os filhos com roupas ridículas de futebol, esquecem-se do que eles realmente necessitarão: a nutrição da mente. Perguntem para a garota da chapinha e o transvestido se já leram um único livro literário inteiro, evidente que não. Passados uns anos ficam a reclamar, ah, mas meu filho não quis saber de nada na vida. É claro que ele não quis saber de nada, o pai não o ensinou, o pai não lhe educou para a retidão. Agora é assim, os pais jogam a culpa nos filhos por coisas que eles deveriam ter dado e não deram... Lixos!
De outro lado, vejo em todos os meios de comunicação que as escolas ensinam mal, as faculdades ensinam mal, não temos mais mão de obra qualificada, isso e aquilo. Eu concordo, realmente, não temos mais aqueles bons profissionais que se esfalfam, dão a vida pelo trabalho, só que não podemos generalizar, existem sim, excelentes profissionais ainda. Todavia, discordo quando dizem que a escola, a universidade e o diabo a quatro são os responsáveis pelos ordinários não se darem bem na vida. Da mesma escola que saem aqueles que não conseguem passar no exame de ordem (OAB) saem também os que passam livremente em primeiro lugar, da mesma faculdade que sai um médico que não dá para nada sai também aquele que vê a medicina como a segunda casa. Então, o problema não está nas instituições, o problema está no vadio, na vadia, no ordinário que não se qualificou de uma maneira louvável para poder trabalhar –e bem- em sua área. Não me venham jogar a culpa nos professores, era só o que me faltava. Isso me faz lembrar aquela história daquele lenhador que levava o cavalo ao bebedouro, mas não podia fazê-lo beber a água, isso acontece na sala de aula. O professor não pode fazer descer goela abaixo o conteúdo se o aluno não se esforça para aprendê-lo. Mas, meu Deus do céu, será que não aprendem? Não, vejo realmente que não. A pessoa que entra em qualquer área do saber, além dessa área, precisa fazer um curso paralelo para se especializar, se trabalha como secretário, secretária, é preciso chegar em casa e buscar crescer mais para o próximo dia, verificar o que errou e tentar melhorar daí para frente, não, não fazem. Só assim a pessoa vai se realizar, e realizar muito bem. Enriqueçam o cérebro de vocês e com certeza irão longe.
E para encerrar, estamos em uma sociedade muito paternalista, a maioria sempre está a esperar que o governo de um adjutório, uma esmola, quotas, bolsa isso, bolsa aquilo, bolsa prostituta, auxílio aos detentos... Não, isso não deveria ser assim, o povo está acomodado com essa celeuma. Cada um deve levantar cedo e sair pela busca de sua qualificação, não podemos esperar que ninguém faça por nós. Essa é uma necessidade pessoal, um compromisso que cada um deve assumir consigo mesmo, para que futuramente seja visto como um bom empregado dentro da empresa, e isso vale para todos, porque todos, incondicionalmente, todos nascemos com algum determinado talento, se descobrirmos esse talento, se começarmos a nutri-lo, casarmos com ele, por amor, aí sim, teremos aquilo que verdadeiramente almejávamos: o sucesso. Por conseguinte, com o sucesso, seremos bem pagos, trabalharemos com gosto e viveremos bem e felizes. A felicidade profissional depende de nós... Feliz dia do trabalhador!
Rafael Vieira