Segurança Privada sem segurança

Segurança

Privada...

Sem

Segurança...

Carlos Giralt Mercaus Filho

Índice

............Ponto de vista

............Sindicaoslismo

.......... .Comercial vendendo lucros ganhando prejuízos

.......... Novo Gestor = soluções + ou – problemas ao cubo

............Tempo, custo invisível

. Funcionários Públicos X Vigilantes

............RH – Psicometria = Desvio de conduta

............Quem dá as ordens? Tomador ou empresa?

............Tomador de serviços, causador de sinistros

............O “Pânico” na gaveta

............Empresa como agente motivacional da inaptidão funcional retardatária

............Paracetamol no tambor... Receita no colete.

............Operacional e vigilantes... Algemados nas leis.

............Legislação/ normas

Novos nomes, novas técnicas veem surgindo no Universo de gestões da Segurança Privada para achar uma adequação quase que diária para as transformações socioculturais e econômicas.

Novos cursos e velhos cursos com nomes, incomuns em algumas empresas de segurança privada, o estrangeirismo composto principalmente por termos em inglês é uma realidade que deveria fazer parte de todas as empresas que realmente querem se comunicar no mundo dos negócios.

E de todos os segmentos o nosso tem uma importância significativa no mercado.

A escalada da violência combinado com a ineficiência do Estado vem abrindo cada vez mais o mercado da área de segurança privada, ganham espaços palavras que ainda são desconhecidas por mais de oitenta por cento dos vigilantes do Brasil e uma fatia significativa do corpo de gestão das empresas desconhecem técnicas, expressões como Outsourcing, TI e Know-how . O fato é que em qualquer área um gestor precisa saber se comunicar

Mas antes mesmo de promover mudanças em todos os quadros da empresa é de suma importância avaliar se os gestores, colaboradores e funcionários estão olhando para o mesmo lado.

Algumas empresas têm em seu corpo de gestão uma deficiência de comunicação em efeito cascata alimentada por uma competitividade pessoal e profissional, a não definição do espaço de cada gestor no organograma da empresa desestrutura a cadeia diretiva e move a interação, a coesão dividindo o conjunto e gerando distorções comportamentais alimentando pequenas sabotagens na cadeia de comando.

Neste momento a figura do psicólogo(a), mediador se torna uma peça chave para trabalhar o grupo no intuito de minimizar o impacto dos resíduos comportamentais, estes resíduos se apresentam na forma de pequenas fofocas e intrigas que fluem naturalmente entre todo o organograma e que muitas vezes não são perceptíveis até que venha comprometer significativamente a cadeia de gestão.

Quando o profissional “y” do setor”A” reclama de um profissional “T”do setor”B” para o individuo “X” que não representa um degrau a mais na hierarquia e nem sequer faz parte do mesmo setor tem-se ai um dos primeiros elementos para uma equação de múltipla divisão.

Observe que essa equação afeta diretamente o equilíbrio emocional do profissional gerando três tipos de indivíduos, o neutro, o ativo e o passivo.

O neutro é o individuo que ouve os dois lados e não toma partido, mas de certa forma colhe os benefícios da rede de intrigas, sabe que alguém vai ser “derrubado”e tem o seu nome cotado para ocupar essa vaga e ardilosamente conspira ao seu favor, representar o papel de neutro na cadeia de gestão aduz pelo contrário de que se pensa uma falta de caráter e personalidade “ficar em cima do muro” além de comprometer a credibilidade não oferece chances de uma recuperação da sua imagem.

O individuo passivo é engolido pela rede de intrigas e a única reação é a de tentar arrumar aliados representando o papel de vitima, de coitadinho, mas de certa forma não deixa de ser verdade, pois este tipo de individuo nem deveria estar ocupando um cargo no organograma da empresa, mesmo porque pré supõe-se que um gestor precisa antes mesmo de ser qualificado profissionalmente tem que ter equilíbrio e suportar as pressões da competitividade.

O individuo ativo não mede esforços para se manter na vitrine e está sempre alerta buscando pequenos erros para serem usados na hora que ele achar proveitoso, transfere com naturalidade à culpa seja do que for para o passivo e até mesmo para o neutro.

A de se observar que este conjunto de situações andam em contra mão com a qualidade por que Infelizmente uma fatia significativa das empresas na área de Segurança Privada nasceram e nascem no berço do “improviso”.

Geralmente alguns representantes da Segurança Pública e indivíduos representantes de outros segmentos querendo aproveitar o filão da Segurança Privada simplesmente juntam determinado grupo de pessoas e “montam” uma empresa, sem conhecimento algum, não sabem e não entendem que lidar com “segurança” exige muito mais do que simples experiências administrativas em suas áreas e que existem diferenças significativas entre Segurança Pública e Privada.

A estrutura de um Jurídico é diferente de outro segmento ele em dado momento vai atuar na área criminal e não trabalhista, o RH terá outras composições, o Comercial terá que ter outras informações embora todos os segmentos sejam balizados por leis trabalhistas específicas contém em sua estrutura diferenças punitivas por lidarem diretamente ou indiretamente com questões legais envolvendo ações criminais e suas várias vertentes e quem lida na área da Segurança Privada tem um “pé” dentro das leis e outro fora, dependendo do procedimento do vigilante, bem como do operacional.

A importância dos gestores em buscar informações no CP, CF e outras tantas leis para somar com as da CLT é para poder ter elementos informativos quase que diários para orientar seus subordinados sobre as constantes mudanças em procedimentos que acompanhem as movimentações sociais.

É muito comum encontrar em algumas empresas Gestores e colaborados internos destes gestores sem treinamento, controle e correção.

São profissionais que fazem parte dos RHs, dos Operacionais, enfim de outros setores que tem a mentalidade de que é responsabilidade da empresa em lhes patrocinar cursos de aprimoramentos técnicos, na verdade um dos pontos que projeta, diferencia um gestor de outro é o seu investimento pessoal..

Ponto de vista

A segurança privada no Brasil é tratada de forma desleixada por uma fatia significativa dos empresários e seus gestores que definitivamente não se preocupam em observar os rumos que a sociedade vem tomando seja no âmbito sociopolítico ou socioeconômico.

A grande maioria dos empresários na área da Segurança Privada ainda trabalha com uma equação definidora “preço=custo + margem”, mas a realidade é outra e a nova equação em todas as áreas é “valor=clientes + capital intelectual” e cada vez mais as empresas de sucesso estão investindo no “valor humano”.

Diferente de algumas empresas de Segurança Privada que não se preocupam em investir.

A grande maioria das empresas simplesmente largam seus profissionais em seus postos e exigem deles o máximo com o mínimo que oferecem.

De forma inexplicável parece não haver uma preocupação com a satisfação do cliente e isso dentro de um mercado em expansão e cada vez mais exigente é um erro fatal.

Infelizmente alguns empresários têm uma visão limitada proporcionada por uma falsa certeza de que a mesma fórmula que o projetou no mercado a dez, vinte anos continuará mantendo-o e a simples menção de “mudanças” em sua maneira de conduzir os seus negócios, é quase ofensiva, a de se entender que a única fórmula que é imutável é a “qualidade” e está qualidade está ligada diretamente ao fator humano.

A bem da verdade o empresário, o gestor sabe que o mercado está saturado de “profissionais” em busca de emprego e que a cada dia mais indivíduos estão migrando de outras profissões por “N” motivos para a segurança privada, bem como a conhecida falência na Segurança Pública também gera mão de obra barata, sem falar no descaso das autoridades no que diz respeito aos cumprimentos das leis da CLT, somando-se a tudo isso existe uma mentalidade obtusa dos ditos profissionais da área.

Somente um individuo sem conhecimento ou os manipuladores acreditam que o simples curso de vigilante é suficiente para credenciar alguém como profissional, bem como um individuo que “bate no peito com orgulho” e diz que tem dez, quinze anos como vigilante, ora se ele continua como vigilante demonstra que ele não evoluiu e por incrível que pareça para alguns gestores isso não é preocupante, porém é sabido por nós que as mudanças culturais e a falência do sistema tem gerado cada vez mais situações que exigem maior preparo profissional e emocional dos profissionais e que novas situações comprometem o nome destas empresas no processo mercadológico.

Observem que conforme informações da revista “Security” de Julho/Agosto 2009 em sua pág 40 nos mostra números interessantes dentro de nossa área, estes dados desatualizados em vista ao panorama atual por si só denunciam uma realidade crescente, os 1,3 milhão de trabalhadores com registro oficial no órgão e somente 595,7 mil vigilantes entre terceirizados e orgânicos empregados na forma legal denunciam a inoperância do sistema e ao mesmo tempo deveria por em alerta o investidor, o empresário que quer se manter em um mercado onde os senhores responsáveis pelas leis, os responsáveis em cumprir estás leis, os sindicatos em fiscalizar os dois extremos, a mídia, a Segurança Pública, a desinformação somado ao espírito de obter “vantagens” burlando a lei de alguns tomadores de serviço na área de segurança privada, favorece a atuação de empresas ilegais bem como a ilegalidade de representantes da Segurança Pública em funções dos vigilantes obrigam o mínimo que o empresário mantenha uma atualização quase que diária para competir com igualdade no mercado.

Muitos ditos especialistas afirmam que existe sim um controle público da segurança privada muito maior e mais eficaz da que a empregada na própria Segurança Pública sem que seja culpado o Estado ou a Policia Federal, estes ditos especialistas largam para cima dos ombros dos Tomadores de serviços (quando a segurança é terceirizada), pelas associações de classes, pela sociedade pela impressa e finalmente pelo Estado por intermédio de processos civis, criminais e trabalhistas na Justiça a responsabilidade de controlar, fiscalizar a Segurança Privada, porém isso não acontece e nem vai acontecer, pois as empresas de segurança privada sérias são reféns do sistema e colocadas, avaliadas por baixo com as empresas clandestinas bem como contam cada vez mais com profissionais desqualificados com modelos profissionalizantes aquém da exigência do mercado, na verdade o conhecimento educacional mínimo para a categoria é ridícula e só interessa aos senhores do poder que precisam se auto promover de alguma forma seja politicamente falando ou economicamente, além de que não existe uma forma de corrigir um erro histórico sem que seja abalada a estrutura social que circunda a categoria, como tirar os vigilantes que só possuem a quarta série do mercado de trabalho? Afinal de contas tanto eles como seus familiares são eleitores

Alguns instrutores cadastrados padecem da mesma impotência e certeza de que o material mandado pelos órgãos competentes não são o suficiente para uma qualificação como sabem também que muitos que fazem a tal “reciclagem” já estão fora do mercado de trabalho é a nova realidade social preconceituosa e feroz onde o individuo acima de quarenta anos, com conhecimento mínimo e esteticamente fora do padrão não é aceito pelo tomador de serviço que no seu direito seja ele preconceituoso ou não paga por um serviço de qualidade e tem o direito de escolher ainda mais quando ele mesmo sabe que já está pagando duas vezes por um serviço que deveria ser responsabilidade da Segurança Pública.

Mas existe uma certeza e um equívoco tanto na questão do curso como da reciclagem sobre a permanência de um vigilante no mercado de trabalho.

O equivoco fica por conta dos órgãos competentes quando mandam um vigilante fazer essa “reciclagem tampão” e a certeza fica por conta de gestores sérios sabedores que a permanência destes indivíduos é uma escolha direta de seus tomadores de serviço.

O que chama atenção é que a certo descaso, desinteresse tanto para o cliente, com sua própria empresa aceitar que um “profissional” tenha este tipo de formação, o ideal seria se o curso de vigilantes tivesse maior carga horária e um estágio em alguma empresa cadastrada para somente depois habilitar qualquer individuo a exercer a função, bem como trocar a inoperante reciclagem por um curso de capacitação para o bem de sua empresa e do seu profissional.

O fato é que é preciso que as empresas tenham uma política diferenciada voltada para as modificações comportamentais da sociedade, profissionais não preparados são largados em Escolas, creches e demais postos aonde não havia a necessidade da ação da Segurança Pública e muito menos privada, o próprio curso de vigilantes e portaria foi moldado para determinado fim especifico, embora os órgãos “competentes” já tivessem sinais de que ele não teria eficácia para os novos setores e mesmo assim não adequaram em seu curso, questões sócias culturais.

Sindicaoslismo

As empresas de Segurança Privada encontram-se em uma posição confortável no que tange a influência sindical.

Na verdade a grande maioria dos empresários tem certeza que a figura dos Sindicatos que representam a categoria não tem estrutura e nem força para fazer um movimento em busca de possíveis direitos trabalhistas.

A primeira coisa que um representante de certo Sindicato veio me falar para tentar fazer com que eu me associasse foi sobre as maravilhosas vantagens dos convênios e que podia usar a churrasqueira.

E as minhas perguntas foram diretas:

___O que vocês tem feito para movimentar a categoria e as autoridades competentes para minimizar o impacto das empresas clandestinas no mercado, visto que elas são também responsáveis pela desvalorização tanto da imagem de profissionais sérios como de ganhos reais e direitos?

___O que vocês tem feito para coibir a presença cada vez mais frequente e maior de representantes da Segurança Pública tirando vagas de vigilantes?

___O que tem sido feito para salvaguardar o direito dos vigilantes em caso de quebra de empresas que tem vínculos licitatórios, empresas estas que não conseguem sobreviver pelos atrasos dos órgãos públicos e por ‘N” fatores com ligações partidárias?

O que os senhores fariam para acelerar os processos trabalhistas antes das liquidações, promoções, ofertas, barganhas nos balcões dos TRTs?

A verdade a de ser dita, não existe possibilidade nenhuma da união das células sindicais e argumentos fortes o suficiente para unir a categoria de forma significativa.

Se hoje os Sindicatos resolvessem deixar de lado suas divergências e tentassem fazer uma parada a nível Estadual não conseguiriam

A realidade mudou, a sociedade e as necessidades mudaram, com a migração de diversos profissionais de outras áreas no mercado de trabalho, aumentou a quantidade, diminuiu a qualidade, o desinteresse das autoridades somou-se ao descaso de alguns sindicatos.

E diante da nova ordem social é imperativo que se reveja conceitos e priorize tanto a classe operaria como a patronal.

A de se entender que os empresários na área de Segurança Privada que realmente querem se destacar e manter-se no mercado sabe que um profissional satisfeito é garantia de qualidade porém não a nenhum incentivo do Governo e diminuição de encargos fiscais bem como nenhuma lei que obrigue os, órgãos públicos a manterem seus compromissos contratuais e afastar concorrentes desleais nas concorrências licitatórias,

Na verdade as lutas sindicais nos moldes antigos não condizem com a realidade atual, além de ser utopia acaba sendo mais parecido com demagogia pura.

Seria muito mais proveitoso se os sindicatos se unissem as empresas de segurança privada para combater empresários que estão a praticar “dumping” social, ao apresentarem preços mais baixos da Administração Pública.

“O custo do serviço de vigilância de 24 horas, na prestação de serviços de segurança” , a “fuga por parte de diversas empresas às obrigações fiscais e parafiscais e a falta de cumprimentos das obrigações para com os trabalhadores, leva a que essas empresas possam apresentar preços muito reduzidos quando comparados com os preços praticados pelas empresas cumpridoras”.

Mas infelizmente muitos representantes sindicais na verdade não estão nem ai para a categoria, na verdade o alvo sempre foi o errado, não é a classe patronal que precisa enxergar os trabalhadores como seres humanos, mas sim lutar por leis mais claras feitas para limitar os abusos e desrespeitos promovidos por homens e mulheres que ditam as regras e leis deste pais.

O que me chama atenção é a cumplicidade de algumas empresas sérias, alguns Sindicatos, alguns tomadores de serviços, Órgão reguladores e demais autoridades no que diz respeito à facilidade com que empresas clandestinas e demais absurdos desrespeitam de forma direta uma categoria inteira.

Comercial vendendo lucros ganhando prejuízos

É muito comum encontrarmos no organograma de algumas empresas profissionais do comercial que por incrível que pareça oferecem algumas vantagens minúsculas para tentar fazer com que seus clientes sejam fieis e leais a suas empresas, mas que não oferecem lealdade e fidelidade aos seus clientes.

Cliente não quer presentinho, descontinho, quer qualidade, até mesmo aqueles chamados de “mão fechada” gostam do que é bom e se a empresa conseguir unir qualidade com preço satisfatório pode ter certeza que não será uma empresa clandestina apadrinhada pela ineficiência do Estado que vai tirar o seu cliente.

Por incrível que pareça o comercial de algumas empresas não buscam uma “Alta Performance em vendas” ainda tem a mentalidade de que para vender tem que baixar preço, Qualquer um sabe que as somas da atitude, Comunicação,, habilidades Organizacionais e Habilidades Interpessoais são chaves para abrirem portas para uma negociação, outros tantos não sabem responder perguntas que estão fora de suas cartilhas decoradas e uma pergunta não respondida gera dúvidas e duvidas são sinais de incompetência detectadas instantaneamente, jamais minta em uma negociação ou ofereça serviços que não poderão ser cumpridos.

Um representante comercial não pode esquecer que não está vendendo um produto, mas soluções para os problemas de seus clientes.

Outra questão é a pesquisa de campo, é importante que o representante comercial saiba algo do segmento em que vá oferecer soluções, segurança.

Pesquise antes para analisar o histórico da empresa que pretende oferecer seus serviços, descubra se a empresa que quer apresentar a proposta já teve casos de dividas com prestadoras de serviços, tente descobrir quais foram os erros cometidos pelas empresas que já estiveram prestando serviços para o seu alvo, não diminua o seu preço , mas ofereça maior cobertura e serviços para valorizar o preço apresentado, mas nunca deixando de avaliar que este “algo a mais” deve fazer parte da sua planilha de custos e relacionado a função de um vigilante, não deixar ele perceber que este algo a mais já está incluso no valor da proposta.

Nunca cometa o erro de dizer “ Cobrimos qualquer oferta” isso pode até ser vantajoso para alguma loja de eletrodomésticos, mas não para a área de Segurança Privada.

A de se entender que gestor do comercial que não se coloca no lugar do seu cliente na ora de fechar um contrato ou de manter um contrato nunca oferecerá um serviço de qualidade,

Coloque-se no lugar do cliente que ao chegar a sua empresa tem que novamente descer de seu carro e mostrar sua identificação por que já é a terceira vez que foi colocado no posto um vigilante diferente.

Que chegou a sua empresa alguém de muita importância para os seus negócios e é atendido por um vigilante com o fardamento sem condições, fumando, tomando chimarrão, barbudo e sem educação.

Que chegou ao portão de sua empresa com a sua família e o vigilante não para de olhar para a sua filha ou esposa.

Que chegou a sua empresa às duas horas da manhã e teve que acordar o seu vigilante.

Que delegou uma função simples ao seu vigilante, mas de importância ao andamento de alguma situação e ele não correspondeu.

Que confunde a sua maneira educada com intimidade.

É importante sim que o comercial tenha em mãos todos os dados do vigilante que vai assumir o posto, além de ser uma garantia de que não vai ser colocado qualquer vigilante na empresa pode ser aduzido na proposta.

Outro aspecto interessante é o “desespero” a “rapidez” que o comercial de algumas empresas tem de fechar um novo contrato.

Quanto maior a empresa, e o tempo que ela atua no mercado maior deve ser o cuidado com a qualidade, e ter um orientador para o tomador de serviço é fundamental para proteger e garantir a qualidade dos serviços oferecidos.

Uma frase comum dos gestores das vendas de algumas empresas é (corre e fecha este contrato o mais rápido possível antes que alguém faça depois a gente cuida dos detalhes).

Ora são nos detalhes que se fecham um contrato, e além do preço definisse as obrigações e o tipo de serviços oferecidos.

É muito comum o representante comercial na rapidez de fechar o contrato prometer absurdos:

___Olha o senhor não se preocupe que o nosso vigilante vai lavar os seus carros, vai fazer isso e aquilo e com vantagens, pode demitir um ou dois funcionários que o nosso vigilante é um profissional treinado em todas as áreas.

Bom, para começar são poucos os tomadores de serviços que realmente entendem de segurança e algumas empresas que tem em seu quadro de funcionários um “técnico na área de Segurança”tem conhecimentos minimizados, portanto é sim obrigação de existir um “orientador” que vá dizer que os vigilantes não podem sair prendendo, batendo e muitas coisas que são pedidas por tomadores de serviços.

Muitos representantes comercias já saem a campo com a mentalidade de que “o cliente tem sempre razão” e “com cliente não se discute” .

De certa forma a empresa que adota essa postura não está de toda errada, porém são afirmações perigosas que abrem um leque de possibilidades negativas, cabe ai ao negociador habilidades de persuadir o futuro cliente de que o que ele quer do profissional pode trazer complicações jurídicas, mas não deixar de apresentar alternativas.

Observe que a grande maioria das empresas contratantes, tomadoras de serviços já tem uma idéia da qualidade dos serviços e de preços, dificilmente uma empresa vai agir por impulso como é surreal acreditar que uma empresa contratante não sabe diferenciar uma empresa idônea de uma empresa clandestina, ou uma empresa que aplica preço inexeqüível.

Hoje com o advento da internet e outros meios de buscar informações é bem dizer impossível um tomador de serviços ser iludido, portanto cabe ao representante comercial avaliar a empresa tomadora de serviços que não pede documentação.

Novo Gestor = soluções + ou – problemas ao cubo

Por mais competente que possa ser um gestor um líder e que exista confiança na cadeia de gestão ele nem de perto é uma ciência exata.

Um dos grandes erros dos novos gestores é querer mudar todos os procedimentos preocupados em ter resultados a curtíssimo prazo, sem fazer uma avaliação, muitas coisas podem ser aproveitadas, redirecionadas minimizando custos e tempo, alguns vem de Faculdades outros de campo, mas indiferente de onde venham comentem o primeiro erro.

Bem, é assim que eu quero e assim vai ser, porém muito destes projetos trazidos pelo novo gestor exige investimentos, custos estes que ou a empresa não tem para disponibilizar ou não quer e na verdade nem precisa.

Cabe ao gestor que for assumir determinado setor entender que na equipe que ele assumiu existem colaboradores adormecidos, e colaboradores desmotivados e que se ele não consegue trabalhar com o que tem largue o cargo, pois será mais um problema.

E com base nestes princípios, não a como deixar de citar três orientações do Senhor Paulo Ricardo Mubarack Consultor de Gestão Qualidade, Administração de pessoas, RH ISSO9001 e Autor do Livro empresas nuas:

1º) A empresa está certa em “pagar pouco”. Ela justamente o contratou para que você organize o seu processo para ter alto desempenho com funcionários que ganham pouco. Se a empresa se dispusesse a pagar muito e somente contratar os melhores, você não seria necessário! Gestor serve para obter alto desempenho com escassez de recursos, inclusive os humanos. Não sabia disso?

2º) Planeje seu processo (procedimentos pontos de controle, indicadores, tecnologia inspeção, auditoria, treinamento etc.) para que ele suporte e seja operado com alto desempenho pelas pessoas que você PODE PAGAR e não pelos talentos com os quais você sonha. Quem sonha é “sonhador” e não gestor.

3º) Caso você não entenda ou concorde com as duas primeiras orientações, você será sempre um gestor medíocre, obtendo resultados ruins ou medianos para a sua empresa e para a sua vida e terminará seus dias reclamando de que não teve as condições necessárias para ser um vencedor.

Por incrível que pareça já trabalhei com vigilantes que abriram mão do seu horário de descanso, abriram mão de estarem no conforto de suas casas, que foram trabalhar muitas vezes comendo seus comestíveis frios, indo a pé e tantas adversidades por que o seu gestor pediu ou a plantonista pediu, muitas vezes ouvi da boca de vigilantes que faziam estes sacrifícios que o dono da empresa veio falar com ele , simplesmente deu um bom dia, que o gestor entendeu que a filha dele estava doente e por tantas outras coisas que faz parte do conceito humano, por que ele foi tratado como ser humano.

O gestor o líder que achar que um vigilante colaborador esta fazendo isso por dinheiro ou por ser “puxa-saco” pode ter certeza que amanhã será visto em uma fila de uma agencia de emprego.

Quando um gestor de determinada célula da empresa acha que a sua é mais importante do que a outra, acaba se metendo onde não deve e gerando desconforto, cada parte da estrutura de uma empresa se unifica pelo respeito ao trabalho do outro, e esse respeito à dignidade humana é que canaliza uma aproximação ao ponto de poder de forma sutil dizer sem criar antagonismos ” olha tu destes uma erradinha, comprometeu a outra ponta”.

Não conheci em toda a minha vida portas que não se abriram quando se usam de respeito, educação e dignidade.

Independente de técnicas, de conhecimentos a fórmula básica sempre será a mesma e isso se aplica em todos os segmentos e para todos os gestores ” experiência de campo”.

Um gestor que nunca esteve em uma guarita independente da escala, que não tenha passado pelo estresse de um posto e todas as adversidades e o risco do perigo iminente jamais terá ampla visão dos fatos.

A maioria das empresas corre o risco de comprometerem a sua imagem no mercado quando largam sozinho em um posto um vigilante recém formado, a soma da teoria com a prática é um dos critérios que vai definir um profissional e como se forma ridiculamente um vigilante “SEM UM ESTÁGIO” é natural que exista desgastes e prejuízo para a empresa contratante.

Em contra partida as empresas que não tem um corpo operacional unido, equilibrado e que façam se cumprir as normativas da empresa abre precedentes para vigilantes chamados de “veteranos” com “vícios de posto” e por incrível que pareça uma fatia significativa de vigilantes parecem ter a mentalidade de crianças, “ a se fulano pode eu também posso”, há o operacional não está nem ai, vou fazer a mesma coisa”

Risco de igual peso tem uma empresa que contrata um profissional para um cargo sem que o mesmo tenha outros cursos, ou atualizações de seus conhecimentos.

É notório que o longo caminho de um curso de formação independente da universidade estes, por exemplo, com quatro anos de duração, tem o primeiro e o segundo comprometido pela rapidez dos avanços tecnológicos, e mudanças comportamentais da sociedade que listam um conjunto de novas técnicas exigidas pelos processos mercadológicos.

E independente de sua formação, graduação se ela não estiver borrifada com conhecimentos atualizados a sua capacitação já será defasada.

Três coisas fundamentais que qualquer Gestor deve entender, ele não é insubstituível, que ele não é uma ilha e que ele não é o dono da razão.

É muito comum acontecer em algumas empresas do Gestor do Operacional, RH, seja lá qual for o setor sair deixando o básico de ordens para seus comandados, porém nós lidamos em uma área que por mais que o gestor seja preparado para o pior surgem situações onde não importa se ele esteja no seu maravilhoso e quiçá importante movimento pélvico, até mesmo na U.T.I ele precisa atender o telefone ou se deslocar para a empresa, ele é um gestor, ou entender que o seus subordinados podem sim tomar decisões importantes sem terem medo de serem esmagados pelo temor que estes gestores tem de perderem suas autoridades ou ferirem seus egos inflados.

É responsabilidade do Gestor diante da nova ordem mercadológica repassar seus conhecimentos e descentralizar ações em um processo de motivação para que aflore de forma natural o desenvolvimento do potencial humano e melhoria contínua do desempenho de seus comandados.

Um Gestor que não consegue ter seus pensamentos voltados para o desenvolvimento e priorizações de sua empresa não é um investimento para a empresa.

Observe que descentralizando ações e delegando mais funções para os colaboradores internos diminui o tempo de ociosidade dos que trabalham nos setores internos, Rh, operacionais e demais setores, remodela os conceitos de competitividades, evita os passeios entre setores, e conversinhas desnecessárias, mantém o foco dos colaboradores que não conseguem separar os seus problemas pessoais dos profissionais.

Tempo, custo invisível

Obviamente que não a como mecanizar um individuo, porém é sabido por nós que o tempo pode ser melhor aproveitado,

Um gestor antes de tudo deve avaliar os seus colaboradores internos em relação ao “tempo” que o mesmo fica de forma não produtiva( ocioso).

Quantos minutos ele levou para executar determinada tarefa ou pior, horas, quantas vezes ele parou o que estava fazendo para ir ao banheiro? Ou tomar um cafezinho? Dar aquela tradicional escapadinha para outro setor?

Se o seu colaborador seja do RH, Operacional ou qualquer outro setor está indo ao banheiro mais de duas vezes em uma manhã, marque uma consulta médica para ele, da mesma forma se ele toma café exageradamente.

Na verdade senhores foi se o tempo em que centralizava-se tarefas, João era responsável em escrever o (i) e Antonio de por o “pingo”, mas vamos por os pingos nos i, em uma jornada de trabalho de oito horas perde-se um tempo precioso, tempo esse que este colaborador poderia estar fazendo outra coisa, dando suporte, aprendendo, mas muitos alegam que isso é “desvio de função”, é comum encontrar pessoas que trabalham na interna que são capazes de pisar em cima de uma “bolinha de papel” ou um clipe por não ser responsável pela limpeza.

Funcionários Públicos X Vigilantes

A utilização da mão de obra terceirizada nos órgãos públicos sempre foi e sempre será um alvo político seja a favor ou contra, os processos licitatórios em sua legitimidade respeitam regras nem sempre respeitáveis, o fato é que não existe, vontade política, competência e logística para o Estado mudar este quadro, mesmo por que se tornou uma tendência irreversível no mundo globalizado, o simples fato de se levantar a hipótese dos órgãos públicos contarem somente com os seus “servidores’ independente dos contratos serem ou não honestos tornou-se inviável.

Os contratos firmados por meio de licitações públicas transparentes de empresas sérias na área de segurança privada muitas vezes acabam dando mais prejuízos do que lucros.

E o prejuízo não trata simplesmente dos lucros de fluxo de caixa, mas algo mais sério ainda que diga respeito à “imagem” da empresa.

E o facilitador para o desgaste da imagem de uma empresa no processo mercadológico aduz direto a ligação interpessoal entre o servidor e o vigilante com a conivência tanto do setor operacional como do próprio empresário que permitem a quebra de regras básicas de seus profissionais principalmente no que diz respeito a facilitações de procedimentos errados.

E neste conjunto de situações onde a “flexibilidade” as “exceções” passam a ser “regra” perde-se a distinção entre o profissional e o pseudo profissional e por incrível que pareça alguns empresários não se dão conta que existe um mercado que prima pela qualidade e que está sempre por dentro do comportamento de sua empresa.

A de se entender que nenhum veículo de comunicação é tão eficaz quanto a famosa ‘boca a boca” e a facilitação que advento da internet proporciona ao tomador de serviços em averiguar as Reclamatórias Trabalhistas acabam comprometendo um futuro contrato.

Muitas empresas por incrível que pareça não dão importância em ver o seu nome e o de seus Tomadores envolvidos em processos trabalhistas desgastantes, a apresentação de prepostos, testemunhas, contratar advogados, correr riscos, sem falar no impacto no mercado e a perda do cliente.

Algumas empresas que vencem suas licitações por se tratarem de um contrato diferenciado acabam tomando uma postura diferente da usada para outros tomadores de serviço, porém prestar serviços para os órgãos públicos expõe muito mais fácil as empresas na sociedade.

Definitivamente as coloca na vitrine e ao invés do empresário usar isso para fechar novos contratos acaba apostando auto em um continuísmo licitatório instável.

Outro fator complicador é que muitas das empresas terceirizadas acabam tendo que aceitar os atrasos nos pagamentos das Prefeituras comprometendo suas obrigações contratuais e sendo rotuladas como mal pagadoras abrindo brechas para que vigilantes adotem posturas erradas com base em seu descontentamento.

Mas quiçá o maior desconforto tanto para um operacional como para o empresário seja o vigilante indicado por “Apadrinhamento político” este sim se julga intocável, e o que é pior muitas vezes é isso mesmo

RH – Psicometria = Desvio de conduta

Antes de qualquer coisa é importante citar que uma fatia significativa de psicólogos concorda e através de estudos constataram que existe uma clara relação entre problemas nos instrumentos psicológicos e problemas na formação profissional do psicólogo que constrói e que usa os referidos instrumentos.

Bem como ter experiência pós-faculdade é mais do que necessário.

Muitos dos aspectos comportamentais definidores de um profissional não são detectados pelos exames psicotécnicos e nem pelas entrevistas, somente quem não tem conhecimento acredita que os métodos aplicados na área de segurança privada são cem por cento eficazes para ter um profissional equilibrado, muitos entrevistadores dispõe somente de uma hora para exercer a técnica da entrevista e definitivamente alguns orientadores profissionais ou psicólogos não conseguem estabelecer o rapport, alguns profissionais nem sequer usam testes, testes estes que é de conformidade dos profissionais na área de psicologia que precisam quase diariamente avaliações e mudanças na técnica e nas interpretações, e é sabido por todos que alguns psicólogos recém formados não têm o conhecimento necessário, visto que definitivamente ele precisa ter uma experiência, bem como ter conhecimento na área onde este profissional vai atuar.

Seria interessante se o responsável pela entrevista selecionadora tivesse o curso de vigilante e passado no mínimo de três meses atuando nas duas escalas básicas em um posto estressante.

E por mais que as minhas colocações sejam criticadas é importante que se observe que os números de desvio de conduta têm crescido ano a ano e cada vez mais o social vem influenciado de forma significativa no campo profissional, a sociedade cada vez mais estressada e o crescimento da violência são fatores determinantes para as oscilações comportamentais somados a políticas de alguns gestores que sofrem de pressões mais estressantes perdendo muitas vezes a capacidade de identificar problemas de situações simples que poderiam ser resolvidas com procedimentos imediatistas, mas que são arrastados alimentando o desconforto, profissionais sérios são colocados com pessoas despreparadas e o que é pior “igualadas” e comprovadamente isto desmotiva qualquer vigilante que deixa ser um “colaborador” e passa a ser um funcionário.

Um acompanhamento e uma forma de tratamento diferenciado pode naturalmente nortear o profissional para um equilíbrio significativo.

A de se lembrar que o vigilante não é uma máquina que pode ser desconectado do seu social e que diversos fatores somam-se ao estresse de um posto por mais simples que ele possa parecer.

Como também muitos indivíduos que migram de outras profissões vêm já para a profissão de vigilante por “N” fatores facilitadores, e a opção de entrar nesta área acaba absolvendo indivíduos que por mais que tirem cursos de aperfeiçoamento técnicos nunca serão profissionais equilibrados, a bem da verdade um individuo portar uma arma, saber que vai a dado momento defrontar-se com um sinistro acaba mudando o comportamento do individuo fazendo com que ele busque alternativas tentando suportar uma carga estressante, e o uso de medicamentos e do álcool cada vez tem sido comum entre vigilantes, sendo este um dos maiores causadores de sinistros para os tomadores de serviços e para a empresa.

A grande verdade é que o exame psicotécnico empregado pelas escolas formadoras de profissionais na área de Segurança Privada, bem como os seus exames médicos respeitam unicamente as exigências mercadológicas.

As empresas têm a sua parcela de culpa da ineficiência na fonte formadoras de profissionais por não se unirem e exigirem uma seleção de indivíduos que possam entrar na área e isso nem se trata de uma questão preconceituosa e sim de manterem-se em um mercado onde quem manda são seus Tomadores de serviços, quem realmente paga pela qualidade, que duramente falando não quer um profissional acima do peso, sem o conhecimento médio, com uma idade que eles consideram improdutiva, muitos tomadores nas quatro paredes de suas propostas contratuais não estão nem ai pelos direitos constitucionais e pelo valor humano agregado.

Mas a grande verdade é que ano a ano uma multidão de vigilantes é formada nas Escolas de Segurança privada que não fazem parte do perfil exigido pelo mercado alimentando as empresas clandestinas com mão de obra barata.

Mas em relação à cumplicidade da ineficiência das empresas e das escolas em seus testes de seleção são regidas pela batuta dos órgãos competentes que assim determinam que deva ser.

Quem dá as ordens? Tomador ou empresa?

Por incrível que pareça em todas as empresas em que trabalhei e com base em informações de vigilantes de outras tantas empresas e também não só na área da Segurança Privada tomadores de serviços determinam funções e delegam ações de profissionais como se isso fosse uma coisa comum, mas vamos ater-nos na complexidade destas ordens quando são aplicadas aos vigilantes.

Independente de ser órgão púbico ou não implanto-se uma cultura errônea dos vigilantes no sentido de que eles devem receber ordens diretas dos contratadores que não tem na maioria das vezes o mínimo de conhecimento na área de segurança privada, e o que é pior muitas destas ordens além de serem absurdas são conflitantes entre eles mesmos, geralmente a equipe diretiva dos tomadores de serviços não se entendem e delegam dupla função e geralmente antagônicas deixando o vigilante que opta em cometer o erro de não entrar em contato com o seu operacional em situação complicada, porém o que o vigilante é?

Antes mesmo de ser e de fazer parte de um processo coibitório o vigilante é a imagem da empresa.

Acontece que aos olhos dos vigilantes isso nem sequer é lembrado quando um tomador autoriza a simples descaracterização do fardamento.

Muitos vigilantes alegam que não usam a cobertura ou a gravata por terem sido autorizados a fazer por funcionários públicos que sequer fazer parte da cadeia hierárquica.

Saem antes dos seus horários, não usam seus coletes, fazem trocas de serviços sem avisar seus operacionais, criam um vínculo de intimidades ao ponto de comentarem normas e procedimentos com funcionários de outras empresas.

Mas o que leva um profissional a agir de forma errada?

Muitos vigilantes conhecem mesmo que de forma minimizada os procedimentos, porém alguns e já está no “quase todos” acham que mantendo uma relação mais estreita ao nível de facilitações vão manter a estabilidade em seus postos independente das ordens de seus operacionais e isso está cada vez mais comum nas escolas, quando um vigilante se envolve na campanha de algum professor candidato a diretor e vence ele tem a certeza que poderá quebrar normas e fazer o que bem entender, que terá a cobertura deste Diretor, e o que é pior acaba realmente tendo..

Tomador de serviços, causador de sinistros

Quando um tomador de serviços acha que ele pode determinar para o vigilante quais são as suas obrigações na área de segurança a empresa fatalmente abre as portas para desvios de função, vinculo empregatício, desvio comportamental do vigilante e tantas outras coisas que indiscutivelmente gerará custos para a empresa terceirizada.

O fato é que algumas empresas correm para fechar seus contratos e para tal acabam aceitando qualquer imposição dos tomadores de serviço.

O tomador de serviço muitas vezes visualiza na figura do vigilante a oportunidade de minimizar alguns custos com funcionários delegando aos vigilantes coisas que nem de perto são de responsabilidade deles obviamente com a conivência da prestadora.

Mas até então isso se torna razoável diante a um fato mais alarmante ainda e diz respeito à grande facilidade corruptível de alguns vigilantes.

Muitos funcionários públicos não tem seus nomes anotados em planilhas tanto em suas entradas como saídas de seus setores, alguns recebem visitas, outros promovem jantas e churrascadas regadas sabe-se lá com o que e tantas outras coisas que quebram a rotina acobertados por vigilantes e quem não participa das “vantagens’ tem o seu nome comprometido.

Mas o que realmente desconsola um profissional é ouvir de seu corpo operacional:

“___Olha tu tens que ser mais flexível, tu sabes que a corda arrebenta sempre no lado mais fraco.”

O interessante é entender que este tipo de situação nunca acaba bem, não só para o vigilante, mas a empresa que muitas vezes tem que deslocar o seu representante para dar explicações à tomadora, e isso não é só constrangedor, põe em cheque todo o corpo diretivo da empresa rotulada como incompetente por não ter tomado uma posição mais determinada sobre várias questões.

O “Pânico” na gaveta

É da natureza humana tentar sobrepor-se a outro individuo por infinitas razões, mas na área de segurança privada o que mais tem causado dor de cabeça ao operacional e a outras células da empresa é a dificuldade de interação que a cada dia tem aumentado entre colegas no posto, é obvio que certas divergências surgirão naturalmente, não existe uma mecanização dos sentimentos porém existe sim uma fórmula de minimização de impacto de interesses dentro de um posto e a questão pode ser mais ou menos mapeada já no processo de seleção e algumas questões dizem respeito a assuntos que não tem nada haver com as posturas profissionais dos vigilantes mas que comprometem seriamente estas posturas.

Vou ater-me primeiramente a questão da opção religiosa por achar de suma importância que um individuo consiga viver em sociedade tendo uma religião a questão se complica quando não se tem o cuidado de por em um posto um Evangélico trabalhando com um umbandista, ou um Católico ou seja lá qual a opção religiosa deste individuo, o fato é que a cada dia está se tornando mais difícil controlar as divergências religiosas, e as gozações, pilherias acabam dividindo a equipe comprometendo o andamento profissional.

A minha preocupação deveria ser de todas as empresas que levam a sério os detalhes para terem a excelência no mercado, onde o custo beneficio destes detalhes são repassados para os “lucros” e não prejuízos.

É comum para o pseudo profissional usar do expediente das “intimidações” conhecido como “bullyng”, para acobertar sua incapacidade e por incrível que pareça os operacionais das empresas não tomam providências e muitos até participam destes comportamentos desrespeitosos.

Outro aspecto interessante se refere ao horário que o colega trabalha, na grande maioria das vezes quem trabalha a noite sofre alguma espécie de pressão vinda do próprio colega.

Outra questão interessante é que o vigilante tem uma grande capacidade de preferir ouvir informações importantes vindas dos colegas do posto, de alguns representantes sindicais mal intencionados e até mesmo de pessoas que nem sequer fazem parte da área e acabam implantando informações desestabilizadoras comprometendo o comportamento do individuo no posto.

A famosa “Rádio Peão” é uma realidade, um instrumento utilizado por incompetentes que aliciam vigilantes acomodados que não procuram o RH de suas empresas, seus operacionais, não buscam na internet informações, no MT no D R T e acabam comprometendo o trabalho dos colegas e o seu próprio posto.

Mas a coisa se torna um pouco mais grave ainda é quando alguns representantes do próprio operacional acabam sendo os agenciadores destas informações, são muitos os objetivos destes agenciadores, mas o principal diz respeito à necessidade que este individuo tem de mostrar capacidade ao seu gestor operacional e para estes indivíduos “vale tudo”, comentar sobre vigilantes de outros postos para vigilantes, prometer um posto chamado de “dormitório”ou vulgarmente “teta” arriscar a vida pulando o muro para flagrar o vigilante dormindo, comentar coisas restritas só ao operacional, desacreditar vigilantes sérios para beneficiar outros.

Empresa como agente motivacional da inaptidão funcional retardatária

Muitos gestores perguntam e se perguntam por que determinado profissional deixou de ser um colaborador.

Devido ao não uso ou inexperiência de alguns selecionadores a ineficiência dos testes avaliativos é natural, temos nos quadros funcionais de algumas empresas de Segurança Privada muitos indivíduos fora do perfil psicológico para estarem na área, quiçá de igual número tenhamos profissionais capazes que foram rejeitados por determinadas empresas por não serem aprovados nos testes avaliativos.

Mas independente destes indivíduos serem aptos ou inaptos eles já fazem parte do quadro funcional da empresa e estão correspondendo mesmo que reduzidamente suas funções.

Mas vamos nos ater a fatia significativa de profissionais que independentes dos testes passaram a serem colaboradores, a estes deveria ser política de algumas empresas tratá-los de forma diferenciada, são homens que não discutem ordens de seus superiores, não chegam atrasados, respeitam as regras das empresas, sempre estão com os celulares ligados fora de seus turnos e tem disponibilidades para horas extras.

Porém de alguma forma suas horas extras não são anotadas, ( e nem falo da questão de não serem anotadas em cartão) mas de serem anotadas, ou pagas junto com o contra-cheque, bem como pagar o valor real, ou a passagem e tickets alimentação.

Mas por incrível que pareça estás questões ainda não são o suficiente para comprometer estes colaboradores, o que realmente começa a romper este elo é a maneira como são tratados geralmente pelo seu operacional.

Muitos destes colaboradores têm que se justificar por atitudes de outros vigilantes, e não existe nada mais desconsolador do que sentir no seu operacional falta de experiência para distinguir quem é quem, ou o que é pior, até sabem, mas deixam no mesmo posto um individuo que vem comprometendo o serviço, a imagem da empresa e do vigilante.

O que realmente chama atenção é a falta de visão de alguns gestores em não cuidar melhor de vigilantes que fazem às vezes mais de trinta e seis horas passando de posto a posto sem receberem passagens ou terem o que comer, mas que estão ali, trabalhando longe de suas famílias e enfrentando dificuldades.

Vamos relembrar a pergunta?

“___Por que um vigilante deixou de ser um colaborador?”

Bom antes de tudo é importante que a empresa tenha em sua estratégia diretiva uma porta aberta para o seu organograma e que essa possibilidade seja divulgada entre os funcionários da empresa embora infelizmente muito poucos vigilantes invistam em cursos de aprimoramento técnico e mais da metade que investem acabam atuando em outra área.

E aqueles que optam em ficar na empresa após a promoção acabam não ficando no cargo, pois tem em seus conhecimentos a mentalidade da nova maneira de gestão aonde a “escolha de Sofia” não é uma opção.

A maioria das empresas exigem dos novos integrantes da cadeia de gestão uma dedicação a mais, na maioria das vezes não renumerada e mesmo que este individuo não tenha compromisso com esposa, filhos, enfim família e que este cargo lhe traga uma das principais coisas que comprometem o novo gestor que é a sensação de poder, de autoridade, status, ele acaba não ficando.

A carga horária e o comprometimento exigido por algumas empresas é sobre humana e a cada dia que passa este individuo vai começando a perceber que a empresa não lhe fornece o suporte necessário, bem como sentir que a empresa não está preocupada com o valor do profissional como pessoa.

Paracetamol no tambor... Receita no colete.

A maioria dos exames de admissão denunciam não só a inoperância do sistema, mas a pré disposição de algumas empresas em correr riscos desnecessários.

Não são poucos os vigilantes que tem uma saúde fragilizada, mas que mesmo assim fazem parte do quadro funcional das empresas e que sedo ou tarde acabam trazendo um conjunto de dificuldades operacionais.

Bater na mesma tecla em relação a um exame completo do perfil psicológico para identificar o profissional com predisposição a não suportar as tensões e o estresse de uma “iminência de perigo constante” muito natural na maioria dos postos e principal afastamento do vigilante por doenças psiquiátricas é preciso.

Um profissional afastado de suas funções não envolve tão somente questões individuas , mas mexe com todos os setores da empresa, afinal de contas, este vigilante precisa ser substituído.

Muitas empresas deixam de investir em exames médicos completos e testes psicológicos visando contenção de custos, mas na verdade estão simplesmente adiando e o que é pior aumentando estes “custos” tornando-os prejuízos principalmente no que diz respeito à imagem da empresa.

Alenco ainda a falta de preocupação dos gestores, ou seja, por inexperiência ou descaso em colocar um vigilante no horário noturno e não fazer um acompanhamento para saber se ele pode continuar neste horário ou não, mesmo por que é sabido por nós que trabalhar a noite é contra a natureza humana e que nem todos conseguem se adequar ao horário.

O que não é observado também é que devido a fragilidade dos exames médicos das empresas alguns vigilantes que fazem tratamentos contra enxaqueca, ou seja, lá qualquer outro problema médico detectado somente através de exames não podem trabalhar a noite, é do nosso conhecimento que alguns medicamentos acabam fazendo com que o vigilante durma em serviço.

Outro fato que tem se tornado comum é a automedicação de vigilantes uma vez que ele instintivamente sente a sua homeostase ameaçada e por não entender ou não saber que o seu organismo reage ao ser submetido a uma situação de adaptação ao horário noturno acaba tomando medidas preventivas ineficazes e agravantes aumentando o nível de estresse natural a este tipo de mudança de horário.

A bem da verdade estudos sobre as influências do horário de trabalho são tratados pela cronobiologia e não por auto medicações como vem ocorrendo.

São muitos os estressores que acabam afastando os profissionais da “qualidade”, mas a questão do tempo biológico anda na contra mão com a questão da “experiência” e isso tem estressado o individuo que quer fazer a coisa certa, mas o seu organismo já não responde como deveria e o fantasma do desemprego acaba gerando situações de desconforto e como é da natureza humana este individuo vai acabar achando caminhos para manter-se no emprego que na maioria das vezes vai contra os seus próprios princípios éticos e morais, é a luta pela empregabilidade, e cabe ao gestor redirecionar este profissional.

Operacional e vigilantes... Algemados nas leis.

Alguns especialistas na área da segurança privada apontam diversas teorias para justificar o crescimento de ocorrências policiais envolvendo vigilantes,

BOs como furtos, ameaças, lesões corporais dolosas, porte de arma e homicídios dolosos estão entre os mais graves.

Porém eu acredito que a soma de todas as teorias sejam importantes.

De uma forma ou de outra tem aumentado significativamente o desvio de conduta dos vigilantes que acabam se “enquadrando” independente da teoria.

Porém tanto a cadeia gestora como funcionários e colaboradores fazem parte de uma engrenagem que move o sistema.

E de certa forma os Gestores passam a serem co-autores do delito quando orientam seus subordinados a usarem de procedimentos que ferem os gatilhos de lei.

É muito comum ouvir de um representante do operacional de algumas empresas uma autorização para o vigilante portar arma particular, efetuar disparos sem motivos nenhum em posto, carregar munição extra, não se preocupam se os documentos de suas RVs estão em dia, se o profissional anda com a sua CNV.

Entende-se e subentende-se aos olhos da lei que o individuo que assume uma gestão passa a ser um co-autor como agente passivo ou ativo em casos de imprudências, imperícias e negligências.

Ativo por ter conhecimento das leis e mesmo assim corre o risco presumido.

Passivo quando não buscou informações pertinentes a sua nova função e orientou de forma errada.

No caso de uma pericia, a soma do conhecimento com a experiência é determinante para um representante de o setor operacional identificar qualquer atitude suspeita do vigilante, observe que ter experiência não credencia um profissional para detectar e avaliar a culpabilidade em uma pericia, visto que a pericia exige conhecimentos de técnicas, da mesma forma um individuo que tem conhecimentos de técnicas periciais perde muito de informações sutis que são preciosas adquiridas com a experiência.

È muito comum em algumas empresas trocar os vigilantes de um posto onde houve um sinistro ou até mesmo divergências que podem ser sanadas de forma simples.

Porém para alguns é muito mais fácil mexer com a equipe inteira, na verdade não faz diferença quem é o culpado pela alteração e neste procedimento se perde um colaborador, que tem um peso importante na manutenção da imagem da empresa.

Quando ocorre este procedimento fica claro que o setor operacional não tem experiência para lidar com situações cada vez mais freqüentes na área de segurança privada.

Alguns gestores desconhecem uma das ferramentas mais importantes para a sobrevivência no processo mercadologico e para a própria segurança, a INFORMAÇÃO.

É mais comum do que se pensa encontrar um gestor do operacional sem o minimo conhecimento das leis, ou realmente acredita na ineficiência do sistema.

Um gestor do operacional antes mesmo de acumular cursos e cursos precisa ter em seu cerne os conceitos de humanidade e coletividade

O que torna um gestor capacitado para comandar uma equipe de forma produtiva é a sua humildade e flexibilidade. Pelo contrário de que se pensa, tratar o seu comandado, subordinado de forma cortez e reeducá-lo vizando o espirito de equipe e minimizações dos interesses competitivos é fundamental para o equilibrio da equipe.

Não é interessante para uma empresa ter um profissional competitivo utlizando de meios anti éticos e cabe ao gestor ser um entermediador, mediador de conflitos.

Não exija perfeição do seu colaborador interno mas de motivação para que ele busque a perfeição.

Por incrível que pareça os avanços tecnológicos, comportamentais, organizacionais não tem sido suficientes para sanar problemas simples dentro de um operacional.

Entra gestor sai gestor e ainda existem postos onde vigilantes fazem o que bem querem, onde colaboradores não tem suas horas extras anotadas impossibilitando o pagamento destas horas, mas o mais preocupante é a relação com o cliente que fica comprometido, não são poucas as vezes que um cliente liga para a empresa e a mesma alega que não pode trocar o vigilante que está apresentando sinistros.

Vigilantes colaboradores etão sendo igualados por baixo com vigilantes que vivem dando alterações .

Um gestor antes de tudo tem que entender que ele foi contratado para fazer a máquina operacional funcionar.

A de se entender que o individuo que foi contratado para o cargo de gestor operacional de forma alguma pode levar as coisas para o “lado pessoal”

Carlos Giralt Mercaus Filho.

Suacrem
Enviado por Suacrem em 29/04/2014
Código do texto: T4787556
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