(In) Eficiência do Serviço Público
Vou a uma repartição pública para um serviço que não duraria mais de um minuto. Antes, verifico o horário de expediente. Consta lá: Das 08h00min às 14h00min. Chego precisamente às 08h50min. Procuro retirar uma senha para o atendimento. Sou informado de que a quantidade já foi esgotada. Pergunto quantas. Tenho como resposta 10. Ou seja, se a média de atendimento fosse igual a minha bastariam 10 minutos. Admito que não. Outros serviços poderiam ir muito além desse tempo. Indago então se para um expediente de 6 horas, eu já estava atrasado por ter chegado 5 horas e 50 minutos antes do encerramento. Com a maior cara de pau o funcionário responde que eu posso ficar aguardando “a reserva técnica”, já que todas as senhas foram distribuídas.
Diante da incerteza sobre quanto tempo ia demorar, dirigi-me a outro ponto de atendimento do mesmo serviço, a duas quadras dali. Confesso que já ia disposto a todo tipo de xingamento se o mesmo atendimento me fosse dado na segunda alternativa.
De imediato, retirei a senha e me dirigi à sala de espera e me pus de olho no painel para ver a minha chamada. Antes de sentar-me o número apareceu no painel. Corri para o guichê e apresentei uma guia que geraria o documento que eu precisava. Em 30 segundos o documento foi emitido e a funcionária me entregou com um sorriso. Pronto.
Levei até um susto. O meu desabafo não saiu desta vez. Quanta diferença!
Ineficiência num, eficiência noutro da mesma natureza.
Que não me venham alegar a culpa do sistema, mas das pessoas que o operam. Na escala de zero a dez, deu os dois extremos.