EU VOTO NO CRISTO!...
Há um tempo atrás, levando em visita ao Cristo Redentor algumas parentas do Nordeste, passei por uma das experiências mais estressantes da minha vida!
Fazia já o intervalo de alguns anos que não saíamos em visita ao Corcovado. Aquele tipo de coisa que acontece com todo mundo que dispõe de maravilhas à porta de casa, e, em decorrência disso mesmo, relegando sempre para depois o ânimo para visitá-las, assim como observei que acontece com as vazias e paradisíacas praias de João Pessoa. As pessoas parecem pensar: "Bah! Isto está aí mesmo, e eu vejo todo o dia, mesmo de longe! Tempo não falta para ir lá!" E assim vão adiando para frente a necessária terapia para o espírito, através do deleite com os prodígios naturais que nos são próximos...Bem...mas isso é mera digressão!...
O que interessa é que, nem ainda havíamos nos aproximado do final do passeio e, a meio caminho, na subida da serra, nos deparamos, todos surpresos, com as novas regras de acesso ao monumento máximo representativo não apenas da nossa cidade, mas também - e frise-se! - da adoração de todo e qualquer cristão sincero: vans paradas para todo lado, ao redor da cabine onde antes pagávamos mero acesso de cinco reais por pessoa. Obrigatoriedade de subir usando um daqueles transportes: ou uma daquelas horríveis vans, ou o trem, que já existia, opcional, a um preço exorbitante, ou ainda uns jipes ainda mais horrorosos, num dos quais nos acomodamos, perplexos, sendo obrigados a deixar ali, num grau de exposição inacreditável, o nosso carro! Tudo isso de abrupto; quem quisesse subir, só daquela forma! Num local de reverência da cidade, e à cidade do Rio de Janeiro, por intermédio da imagem colossal do próprio Cristo Redentor!
A viagem no tal jipe, por sua vez, um pesadelo! Lembro-me especialmente da descida, que antes lembrou uma temerária corrida de rali. Motoristas irresponsáveis pisando à toda, com uma meia dúzia de turistas acomodados a moda de militares naqueles terríveis bancos paralelos na parte detrás, numa estrada cheia de curvas e de trechos perigosos. Mais de um passou mal; eu e uma prima enjoamos, com horríveis tonteiras - isto para não mencionar o suplício que foi acomodar uma outra prima, já senhora, ajudando-a a subir até o nível da entrada daquele transporte inacreditável!
Na época, de indignação, lembro-me que surtei! Redigi veemente protesto, e o publiquei na página do IVOX, e em muitos outros sites de denúncias e reclamações, escrevendo inclusive a jornais! Soou-me, aquilo, um ultraje ao próprio Cristo Redentor, e a tudo que nos representa! Pois cresci nutrindo prazer por este passeio aos cumes dos céus ensolarados do Rio, diante de suas paisagens deslumbrantes, quando o acessávamos de carro, na maior tranquilidade, guardando-o estacionado lá por cima mesmo, nos lugares adequados e organizados pelos guardadores locais. E agora, o termos que nos sujeitar a isso?! Um assalto legalizado à luz do dia; vans cobrando preços utópicos para o acesso a um local público - completamente diverso de uma entrada ao teatro ou ao Pão de Açúcar, por exemplo, cuja passagem é plenamente justificada pelo uso do bondinho?! Mas o Cristo! - Onde existe uma estrada comum, por onde acessá-lo?! E a troco de quê?! Pois se querem justificar a exploração do ponto turístico, que fizessem como acontece em qualquer excursão ao nordeste do Brasil, quando os passeios são cobrados em pacotes dirigidos já diretamente aos turistas, e oferecidos nas próprias agências de viagens! E não extorquir desta forma absurda o dinheiro do povo, e ainda pela visita a um ícone da religiosidade brasileira, tanto pior por agora ser considerado um santuário - pois soa como se lhe estivessem cobrando os olhos da cara por um ato de adoração, ao elevarmos o espírito a Deus e rezarmos, diante dos quadros majestosos da cidade!
É tão absurdo quanto se cobrar trezentos reais para a visita ao monumento do Padre Cícero, ou pela entrada no santuário de Aparecida!
Não sei como anda a esta altura o acesso ao morro do Corcovado. Fiz um juramento de nunca mais voltar lá para me submeter, e aos meus, a esta tortura. Mas, de uma outra coisa eu sei:
- Voto no Cristo! Mas no Cristo que sempre foi a maior maravilha do mundo em qualquer ser humano, em estado latente ou mais ou menos manifestado, conforme o grau de consciência crística desenvolvida em cada um de nós!
- Voto no Cristo! - naquele encarnando Jesus na Terra, há dois mil anos, e sempre, desde então, e até então!...
- Voto num Cristo que não me exige quase trezentos reais para alcançá-lo e, diante dEle, me extasiar com as maravilhas outras da Criação a seus pés, no meu Rio de Janeiro, ou em qualquer outra parte do mundo!
- Voto no Cristo! No Cristo Vivo! Mas, por outra, que diferença faz?
O Cristo - o Cristo Vivo! - é, foi, e sempre será, a maior maravilha existente, aqui, em mim, em você, no Corcovado, ou em qualquer quadrante do Universo!
Há um tempo atrás, levando em visita ao Cristo Redentor algumas parentas do Nordeste, passei por uma das experiências mais estressantes da minha vida!
Fazia já o intervalo de alguns anos que não saíamos em visita ao Corcovado. Aquele tipo de coisa que acontece com todo mundo que dispõe de maravilhas à porta de casa, e, em decorrência disso mesmo, relegando sempre para depois o ânimo para visitá-las, assim como observei que acontece com as vazias e paradisíacas praias de João Pessoa. As pessoas parecem pensar: "Bah! Isto está aí mesmo, e eu vejo todo o dia, mesmo de longe! Tempo não falta para ir lá!" E assim vão adiando para frente a necessária terapia para o espírito, através do deleite com os prodígios naturais que nos são próximos...Bem...mas isso é mera digressão!...
O que interessa é que, nem ainda havíamos nos aproximado do final do passeio e, a meio caminho, na subida da serra, nos deparamos, todos surpresos, com as novas regras de acesso ao monumento máximo representativo não apenas da nossa cidade, mas também - e frise-se! - da adoração de todo e qualquer cristão sincero: vans paradas para todo lado, ao redor da cabine onde antes pagávamos mero acesso de cinco reais por pessoa. Obrigatoriedade de subir usando um daqueles transportes: ou uma daquelas horríveis vans, ou o trem, que já existia, opcional, a um preço exorbitante, ou ainda uns jipes ainda mais horrorosos, num dos quais nos acomodamos, perplexos, sendo obrigados a deixar ali, num grau de exposição inacreditável, o nosso carro! Tudo isso de abrupto; quem quisesse subir, só daquela forma! Num local de reverência da cidade, e à cidade do Rio de Janeiro, por intermédio da imagem colossal do próprio Cristo Redentor!
A viagem no tal jipe, por sua vez, um pesadelo! Lembro-me especialmente da descida, que antes lembrou uma temerária corrida de rali. Motoristas irresponsáveis pisando à toda, com uma meia dúzia de turistas acomodados a moda de militares naqueles terríveis bancos paralelos na parte detrás, numa estrada cheia de curvas e de trechos perigosos. Mais de um passou mal; eu e uma prima enjoamos, com horríveis tonteiras - isto para não mencionar o suplício que foi acomodar uma outra prima, já senhora, ajudando-a a subir até o nível da entrada daquele transporte inacreditável!
Na época, de indignação, lembro-me que surtei! Redigi veemente protesto, e o publiquei na página do IVOX, e em muitos outros sites de denúncias e reclamações, escrevendo inclusive a jornais! Soou-me, aquilo, um ultraje ao próprio Cristo Redentor, e a tudo que nos representa! Pois cresci nutrindo prazer por este passeio aos cumes dos céus ensolarados do Rio, diante de suas paisagens deslumbrantes, quando o acessávamos de carro, na maior tranquilidade, guardando-o estacionado lá por cima mesmo, nos lugares adequados e organizados pelos guardadores locais. E agora, o termos que nos sujeitar a isso?! Um assalto legalizado à luz do dia; vans cobrando preços utópicos para o acesso a um local público - completamente diverso de uma entrada ao teatro ou ao Pão de Açúcar, por exemplo, cuja passagem é plenamente justificada pelo uso do bondinho?! Mas o Cristo! - Onde existe uma estrada comum, por onde acessá-lo?! E a troco de quê?! Pois se querem justificar a exploração do ponto turístico, que fizessem como acontece em qualquer excursão ao nordeste do Brasil, quando os passeios são cobrados em pacotes dirigidos já diretamente aos turistas, e oferecidos nas próprias agências de viagens! E não extorquir desta forma absurda o dinheiro do povo, e ainda pela visita a um ícone da religiosidade brasileira, tanto pior por agora ser considerado um santuário - pois soa como se lhe estivessem cobrando os olhos da cara por um ato de adoração, ao elevarmos o espírito a Deus e rezarmos, diante dos quadros majestosos da cidade!
É tão absurdo quanto se cobrar trezentos reais para a visita ao monumento do Padre Cícero, ou pela entrada no santuário de Aparecida!
Não sei como anda a esta altura o acesso ao morro do Corcovado. Fiz um juramento de nunca mais voltar lá para me submeter, e aos meus, a esta tortura. Mas, de uma outra coisa eu sei:
- Voto no Cristo! Mas no Cristo que sempre foi a maior maravilha do mundo em qualquer ser humano, em estado latente ou mais ou menos manifestado, conforme o grau de consciência crística desenvolvida em cada um de nós!
- Voto no Cristo! - naquele encarnando Jesus na Terra, há dois mil anos, e sempre, desde então, e até então!...
- Voto num Cristo que não me exige quase trezentos reais para alcançá-lo e, diante dEle, me extasiar com as maravilhas outras da Criação a seus pés, no meu Rio de Janeiro, ou em qualquer outra parte do mundo!
- Voto no Cristo! No Cristo Vivo! Mas, por outra, que diferença faz?
O Cristo - o Cristo Vivo! - é, foi, e sempre será, a maior maravilha existente, aqui, em mim, em você, no Corcovado, ou em qualquer quadrante do Universo!