- Logo após um curto período de tempo o ser humano é induzido a preparar-se para o exercício de uma profissão visando sua participação ativa no mercado de trabalho, sob pena de transformar-se num pária da sociedade ou num abutre social. Para fugir do paradigma que o condicionaria a viver sustentado por migalhas, estabelece uma série de estratégias de cunho profissional. Paradoxalmente à preparação profissional, surgem as interdependências diversas que se multiplicam aos processos de decodificações de linguagens, necessidades variadas à tona, contrassensos, tormentos, lamentos, sonhos de construção, descompassos, cópias repetidas de erros concebidos e/ou praticados no passado. “O” “novo velho” brotando e morrendo diante de um piscar de olhos, reflexos luzes, as cruzes sempre visíveis a cada passo como sinais trágicos daqueles que pereceram em busca do horizonte perdido. Felicidade estonteante despontando como lodos escorregadios, mesquinhos, inalcançáveis e abstratos, valores aviltados, violências reciprocamente em voga, respostas em forma de cicatrizes que o tempo não apaga da memória, quase sempre, emitidas em doses desproporcionais. Sentimento de revolta à flor da pele, destino incerto pelo desabrigo do desserviço, pelo deserto de valores supremos em voga, pela população em transe, pela criminalidade consentida, pela banalização da injustiça, pelo desamor à vida.