O COLAPSO FAMILIAR

Hoje li uma reportagem sobre o colapso da civilização. Partindo do fato histórico de que nenhum grande império sobreviveu, cientistas tentam entender através de dados e fórmulas matemáticas, alimentadas por computadores, é lógico, como será o colapso da civilização no planeta Terra.

Concordo com os cientistas. Existem muitas variáveis capazes de provocar o nosso colapso. E nem a elite e o povão ficaram de fora. Diga-se de passagem, duas variáveis bem brasileiras.

E fechadas às contas, eu acredito que o vilão responsável pelo nosso fim será a sustentabilidade. Desde que pensamos nos transformamos numa espécie irreversível de predadores do nosso próprio habitat.

Antes de pensar no colapso da civilização como um todo, devemos observar o colapso das sociedades. Todos os grandes impérios que desmoronaram tiveram como ponto de partida a desagregação da sociedade. Antes ainda das famílias.

Então chegamos ao Brasil. Que mesmo ainda sendo invisível para muitos, vem mostrando o colapso da estrutura familiar. Na verdade, tenho dúvidas quanto a sua invisibilidade. Talvez, seja a nossa sociedade que mostre toda a sua cegueira diante desse grave problema.

As atitudes nos nossos jovens são as primeiras evidências de que alguma coisa está errada. Eles estão perdendo a noção do certo e errado. A noção de moralidade. Sem uma educação familiar adequada criou-se a noção de que tudo pode. Agora imaginem esse cenário, acompanhado de outro que vem das ruas. Regado gostosamente pelas bebidas e pelas drogas. Hoje são elas que enturmam. Quem não se enquadra sofre bullying.

Começando pelas grandes capitais, um novo fenômeno está nascendo. De sexta-feira a domingo, milhares de jovens fecham ruas e bairros inteiros para se divertir. Nada contra a diversão, se não fosse tirado dos moradores o direito de ir e vir. O direito de ter uma noite de sono tranquilo. O som geralmente é desligado ao amanhecer.

Nessas festas, além de se fazer dos pneus dos carros banheiros unissex, e dos portões das casas motel, é comum a presença de meninas com onze ou doze anos de idade. A maioria se prostituindo. Então a pergunta seria: Onde estão as mães dessas crianças? A resposta é ainda mais assustadora. Geralmente estão nas festas junto com as filhas.

Sem nenhum constrangimento a sociedade brasileira vem jogando os valores da família e da moralidade no lixo. Lizzandra, ontem você me disse que: “Criança sem limites é criança sem graça” Podemos dizer o mesmo dos jovens. Com um agravante. Além de sem graça, estão se tornando perigosos e violentos. Vítimas do colapso familiar.