Colune ONLINE - O FALATÓRIO - O Estilo RAP
O Estilo RAP
Raciocínio À Poeta
Encontra-se em debate no reino a aplicação do RAP ( Raciocínio à Poeta ) nos conceitos de gestão, tendo em vista uma humanização progressiva dos procedimentos e da legislação do Pica Pau, que o nosso ilustre deputado Três Palmos tem vindo a reclamar.
Em função disso passo a publicar no Jornal Semanal – O Falatório, a minha contribuição para o esclarecimento da questão que tanta polémica tem gerado!
Como dizia o Três Palmos há dias numa entrevista na praça pública, a gestão está a precisar de humanização, os políticos estão a precisar de quem pense como um humanos, e não como medidores de estatísticas e fazedores de procedimentos administrativos.
Os nossos gestores, na maior parte dos casos, olham para nós como um número de funcionário, um custo, que no balanço da empresa lhes estraga o resultado!
Não se pensa, nessas cabeças que aquele custo, aquele número, tem inteligência, cria riqueza, sonha e desenvolve novos produtos e tráz proveitos. É o resultado do investimento nesses números de empregados, mais a sua satisfação profissional, que se faz a empresa atingir qualquer objectivo de sucesso; nunca se conseguindo pelo menosprezo das pessoas ter resultados de confiança e estar na frente da competividade que tanto se fala.
Em meu entender a fórmula ideal seria plantar em cada organização um Poeta, ou um artista. Um poeta na directoria da empresa e a coisa entrava nos eixos!
A eficácia deste procedimento legislativo é encontrar um equilíbrio entre a dureza das estatísticas e as acções determinadas para lhes fazer face. Equilibrar a forma e contexto de aplicação das medidas correctivas de gestão sabendo que se está a lidar com seres humanos.
Para além de que os poetas encontram uma forma mais harmoniosa de ver os problemas, também não se excitam na aplicação rápida de qualquer ideia mais ou menos idiota que lhes pareça resolver a questão !
Os poetas sabem pensar, sabem medir o problema, olhá-lo em todo o redor, ver a sua côr ( é importante ver se a coisa está preta ! ) e determinar a melhor hora e formato de agir !
Uma directoria deste gabarito, aliando as capacidades de gestão à humanidade da poesia, tem deveras frutos compensadores em termos do equilíbrio entre o lucro e a razão humana, entre a produção e qualidade de vida.
Para além que o poeta gosta de ler, divagar, dissertar e admirar os versos, saborear a rima e gosta de ficar a flutuar o pensamento nas sensações que a poesia provoca.
Também é certo que os fazedores de arte, têm esta capacidade mais desenvolvida. Nem precisam de ser só os poetas; podemos falar dos cantores, dos pintores, e dos artistas em geral.
Sempre será melhor fazer isto do que estar sistemáticamente a ver onde despedir o pessoal ou que carro novo será melhor a empresa comprar para o Sr. Director!
Assim sendo, a minha opinião é que a legislação sobre o RAP tem de ser aprovada!
E vivam os artistas !
Assinado e carimbado
O Escrivão Real
042 – O Quadrado da Hipotnusa
28/4/2007