Dia da Mulher e aborto de meninas
DIA DA MULHER E ABORTO DE MENINAS
Miguel Carqueija
"Bendito é o fruto do teu ventre"
(da Ave-Maria)
Sou plenamente a favor das mulheres — e quem lê meus textos percebe isso — e costumo afirmar que a mulher é, em média, muito melhor do que o homem. Contudo, não concordo muito com a existência do Dia da Mulher, pois então deveria existir também o Dia do Homem. E tanta coisa que então se fala pelas mídias... não serão palavras vãs, diante da real situação do mundo?
Apesar da emancipação feminina hoje muito avançada — mulheres governadoras, políticas, prefeitas, senadoras, presidentes e primeiro-ministras, astronautas, aviadoras, executivas, cineastas, cientistas, escritoras, artistas célebres etc. — parece que a violência contra mulheres e a pedofilia contra meninas está avançando nessa civilização decadente do século XXI. Acompanhem os noticiários. E não parece que o sistema das nações esteja melhor aparelhado para dar proteção efetiva às vítimas dessas violências.
Uma das piores, senão a pior violência que se pratica contra a mulher, é o abortamento seletivos de bebês do sexo feminino. Esta prática monstruosa e que prova à sobeja ser o aborto uma bandeira machista (não obstante sê-lo também das feministas, pois os extremos se tocam) parece que tem sua origem na Ásia, em países como a Índia e a China, em razão de preconceitos seculares contra a mulher. É bem verdade que em geral a gestante encomenda a “delivrance” mas sabemos que não é só a mulher que faz aborto, é provável que na maior parte dos casos — apesar do silêncio da midia — não é ela, não é a gestante que decide, ela é “decidida” pelos homens da família ou pelos amantes. De outra maneira, não se entenderia que milhões de grávidas pelo mundo afora decidissem por elas mesmas — numa verdadeira traição ao seu próprio sexo — interromper a gravidez (leia-se matar seu bebê) por não desejarem meninas.
Infelizmente a praga está se espalhando pelo Ocidente. Em países como a Suécia, o Canadá, os Estados Unidos, esse crime que, além de ser covarde homicídio, no caso também representa horrível discriminação, está se propagando em silêncio. Até que ponto ocorrerá no Brasil?
A perspectiva de tal infame discriminação é horrorosa. A tendência é passarmos a viver num mundo cada vez com menos mulheres em proporção aos homens, já que aos milhões elas estarão sendo ceifadas ainda no ventre materno e especificamente pelo fato de serem mulheres.
Talvez não queiram acreditar no que estou dizendo. Verifiquem, então, nos buscadores da internet, pela expressão: “aborto seletivo de meninas”. Encontrarão coisas de arrepiar os cabelos.
Mulheres do mundo inteiro, unam-se contra essa torpeza machista!
Rio de Janeiro, 8 de março de 2014.
(imagem do google)
DIA DA MULHER E ABORTO DE MENINAS
Miguel Carqueija
"Bendito é o fruto do teu ventre"
(da Ave-Maria)
Sou plenamente a favor das mulheres — e quem lê meus textos percebe isso — e costumo afirmar que a mulher é, em média, muito melhor do que o homem. Contudo, não concordo muito com a existência do Dia da Mulher, pois então deveria existir também o Dia do Homem. E tanta coisa que então se fala pelas mídias... não serão palavras vãs, diante da real situação do mundo?
Apesar da emancipação feminina hoje muito avançada — mulheres governadoras, políticas, prefeitas, senadoras, presidentes e primeiro-ministras, astronautas, aviadoras, executivas, cineastas, cientistas, escritoras, artistas célebres etc. — parece que a violência contra mulheres e a pedofilia contra meninas está avançando nessa civilização decadente do século XXI. Acompanhem os noticiários. E não parece que o sistema das nações esteja melhor aparelhado para dar proteção efetiva às vítimas dessas violências.
Uma das piores, senão a pior violência que se pratica contra a mulher, é o abortamento seletivos de bebês do sexo feminino. Esta prática monstruosa e que prova à sobeja ser o aborto uma bandeira machista (não obstante sê-lo também das feministas, pois os extremos se tocam) parece que tem sua origem na Ásia, em países como a Índia e a China, em razão de preconceitos seculares contra a mulher. É bem verdade que em geral a gestante encomenda a “delivrance” mas sabemos que não é só a mulher que faz aborto, é provável que na maior parte dos casos — apesar do silêncio da midia — não é ela, não é a gestante que decide, ela é “decidida” pelos homens da família ou pelos amantes. De outra maneira, não se entenderia que milhões de grávidas pelo mundo afora decidissem por elas mesmas — numa verdadeira traição ao seu próprio sexo — interromper a gravidez (leia-se matar seu bebê) por não desejarem meninas.
Infelizmente a praga está se espalhando pelo Ocidente. Em países como a Suécia, o Canadá, os Estados Unidos, esse crime que, além de ser covarde homicídio, no caso também representa horrível discriminação, está se propagando em silêncio. Até que ponto ocorrerá no Brasil?
A perspectiva de tal infame discriminação é horrorosa. A tendência é passarmos a viver num mundo cada vez com menos mulheres em proporção aos homens, já que aos milhões elas estarão sendo ceifadas ainda no ventre materno e especificamente pelo fato de serem mulheres.
Talvez não queiram acreditar no que estou dizendo. Verifiquem, então, nos buscadores da internet, pela expressão: “aborto seletivo de meninas”. Encontrarão coisas de arrepiar os cabelos.
Mulheres do mundo inteiro, unam-se contra essa torpeza machista!
Rio de Janeiro, 8 de março de 2014.
(imagem do google)