Amor é um Templo Inviolável
Amor é um templo que não se ergue em pedras. Há quem inutilmente tente encenar esse sentimento, muitas vezes cobertos de conveniências. Há "damas" que se vendem por três moedas e há quem pague por elas. Pintam um quadro para exposição social cuja aparência de felicidade nada mais é que uma tela de superficialidades. Em algum momento o quadro cai da parede e se despedaça. Nesse instante imagino o golpe sofrido pelo artista. Vivemos em uma sociedade consumista a tal ponto que há quem pense ser capaz de comprar o amor e há quem vulgarmente se venda nessa barganha. E nessa relação óbvia de compra e venda, quão sofridos intimamente estão os sócios? Mas insatisfeitos prosseguem na encenação a espera dos aplausos do público. De artistas a verdadeiros atores, ambos donos de imensa miséria, pois veja bem, amor comprado é amor prostituído, nunca um templo, nunca essência. O amor, ah o amor... tempo e distância, estradas e ausências jamais o destroem. Lá está ele no sonho e nas lembranças dos que se amaram intensamente. Sonhos que invadem quartos durante infinitas madrugadas. Elos que jamais se desfazem. Como impedir o sonho de quem um dia amou? Meu conselho às damas é que se cubram de maquiagem e se fartem de perfumes, mas que jamais tentem roubar o sonho de amor, daquele que pagou por ela, pois seria inútil. Amor é um templo que nenhuma "dama" conseguiria invadir. Então, que ela se deite em silêncio e conforme-se, quem sabe ao amanhecer receba uma moeda que lhe pague por seus serviços?