A Arte da Comunicação
Não custa citar aqui o que disse o imortal José de Alencar, grande escritor cearense: “A palavra, esse dom celeste que Deus deu ao homem e negou aos animais, é a mais sublime expressão da natureza”. Muito embora haja outras formas de comunicação, a essência está na palavra. É tanto que a Bíblia, no livro dos Provérbios, nos adverte: “A palavra branda diminui a ira, mas a palavra dura aumenta o furor”. Por isso há de convir que o modo de dizer vale mais do que o que se diz.
Na minha trajetória profissional, passando por duas empresas, no decorrer de 35 anos, vi colegas comprometerem a carreira tão somente pela “língua ferina”. Por não terem o devido controle emocional, a sua ira foi manifesta em palavras. Nenhum superior hierárquico aceita esse tipo de comportamento. Apesar da competência de seu subordinado ele pode perder a vez para outro de menor potencial, mas com maior disciplina. Testemunhei casos em que outros disseram as mesmas palavras, mas de modo diferente, com brandura, e não foram prejudicados.
Sobre o tema, já cheguei a citar Daniel Goleman, no seu Inteligência Emocional, em que diz: “Para o melhor ou pior, a inteligência não dá em nada, quando as emoções dominam”. Assim, que na arte da comunicação, saibamos utilizar adequadamente esse dom celeste, em nosso proveito, não ferindo aqueles que podem nos dar a contrapartida. Ela pode ser positiva ou negativa, conforme a nossa maneira de utilizá-la. Já dizia o velho guerreiro Chacrinha: “Quem não se comunica se trumbica”. Portanto, comunicar-se é usar adequadamente esse dom essencial: a palavra.