O ANO NOVO COCHILA E ESPERA DESDE SEMPRE *
Como se sabe, o ano no Brasil não tem data certa pra terminar; é entre os dias 20 e 25 de dezembro. E pra começar, geralmente é depois do carnaval. Mas como ele não tem dia fixo, pois acontece 47 dias antes da Páscoa, que também não tem dia fixo, calculei e descobri que 2014 vai começar depois do dia 4 de março, terça feira de Carnaval.
Eu não entro em férias. Entro em recesso acompanhando os judiciários e os legislativos municipais, estaduais e federal, quando nada funciona. Nem a turma que fica de plantão.
Durante o meu recesso, quando vou à praia me sinto um Barbosão em Miami e nesse período não escrevo sobre coisas pesadas, pois os leitores, de férias ou de recesso, devem estar dando picas pro Brasil. Certíssimo! Por isso, quando escrevo, vez ou outra, só trato de coisas leves.
O isopor, por exemplo, é um maravilhoso material leve. Um pouco poroso, é verdade, mas isso não lhe acrescenta mais peso. Serve pra muitas coisas sobre tudo nas escolas de primeiro e segundo graus. Professores e alunos fazem coisas fantásticas com o isopor; estrelinhas, aviõezinhos, casinhas e o que mais a criatividade permitir.
“O poliestireno é um homopolímero resultante da polimerização do monômero de estireno. Trata-se de uma resina do grupo dos termoplásticos, cuja característica reside na sua fácil flexibilidade ou moldabilidade sob a ação do calor, que a deixa em forma líquida ou pastosa. É a matéria-prima dos copos descartáveis, de lacres de barris de chope de várias outras peças de uso doméstico, além de embalagens”. Não é maravilhosos saber isso tudo? Já pensou morrer sem saber isso tudo? Pra mim foi um alívio, pois tirou um peso da minha ignorância; sinto-me leve como um isopor. E me encantei ao ficar sabendo, com essa explicação, que nossa língua portuguesa tem uma palavra tão simpática: “moldabilidade”. Foi um professor que me ensinou isso enquanto pregava avisos num quadro, de isopor é claro.
O isopor é muito usado na construção civil. Principalmente como isolante de som em forros de boates onde uma faísca pode causar um incêndio pavoroso e matar centenas de pessoas.
Assim como ele pode causar uma tragédia, no formato de caixa térmica é capaz de fazer com que a pizza quente chegue a nossa casa totalmente fria. Fácil de quebrar, dada a sua frágil resistência, descobri que o isopor, além daquela maneira extremamente simples de entender dada pelo meu amigo professor, lembram, é feito de pequenas bolinhas; umas grudadas nas outras provando que a união nem sempre faz a força. É por isso que o povo só unido não basta, acaba sempre sendo vencido!
E que uma só bolinha de isopor, desacompanhada, é mais ou menos como eu: não tem serventia. Com mais duas eu poderia bradar: uma por todas e todas por uma. Porém com mais e mais bolinhas de isopor eu me transformaria numa baita caixa com gelo e dezenas de latinhas de cerveja. Como aquela que o Lula carregava sobre a cabeça, de férias na praia particular da Marinha do Brasil em Aratu, na Bahia. Quem se lembra disso?
A Dilma também tá lá, molhando seus pés presidenciais no mar da Bahia e pegando leve com aquele trio do gabinete. Dizem que ela dá tanta porrada na mesa que as vezes passa dias com a mão lambuzada de gelol e um outro unguento já que não basta ser gelol tem que ser remédio. Quem remédio, né?
Falando nisso, o Lula em seu terceiro mandato – o presidente da presidente – tá mais leve que isopor. Não fisicamente é claro. Agora que a turma que inventou o Lula lá sentado na cadeira de FHC e depois o “mensalão”, uma patifaria que ele jura nunca ter existido, ele só cuida do quarto mandato. Mas, até agora, só uma pequena parte da quadrilha foi pra cadeia. O restante, a turma da mão leve como isopor, essa tá ativa. Um deles só pode comer omelete de clara de ovo uma gororoba que deve ter gosto de isopor.
O diabo, na campanha para o terceiro mandato, é que o LULLLA tem que carregar a Dilma que, pesadona, já deve passar dos cem quilos. (clique + Ctrl no link abaixo ou arrasta). Fosse a Marina, aquele galhinho seco da floresta, seria mais fácil, mais leve. Tão leve quanto é o algodão. Ou a Gisele Bündchen doce, colorida e leve como uma porção de algodão doce do carrinho do seu Zezinho. Mas o algodão, e a pluma da paineira flutuando no ar, servem de assunto para outra crônica leve durante esse recesso sem dia e hora pra terminar.
*Carlos Drummond de Andrdade
http://oglobo.globo.com/in/11209986-9b4-c23/FT500A/2014-677118034-2014010492225.jpg_20140104.jpg