TRÂNSITO CAÓTICO
(*) Edimar Luz
Em primeiro lugar, é importante ressaltar aqui que estamos naturalmente entrando no esperado e promissor Terceiro Milênio da Era Cristã, e, na realidade, a humanidade precisa realmente dar um passo consciente e concreto na reconciliação do ser humano com a Natureza, a começar pelos centros urbanos, pelas cidades, para que se possa efetivamente recuperar a nossa qualidade de vida. Isso é muito importante! Na verdade, o ambiente urbano degradado afeta, indiscutivelmente, de modo cada vez mais direto e imediato a vida de uma parcela cada vez maior da humanidade. E, com isso, evidentemente, ocorre uma acentuada diminuição da qualidade de vida. Tem que se mudar esse quadro!
Não se pode negar que o Brasil, nas últimas décadas, tem apresentado uma tendência irresistível para a urbanização, e, por isto mesmo, as cidades crescem e se agigantam paralelamente aos seus múltiplos e lamentáveis problemas. Todavia, é preciso que a sociedade, de um modo geral, empenhe-se no sentido de encontrar uma solução viável para tais problemas.
A respeito do trânsito, que é uma das problemáticas de Picos, podemos afirmar que ele é, sem sombra de dúvida, bastante caótico, o que dificulta enormemente a circulação no centro da nossa cidade. Há de se destacar que a causa básica desse problema está, entre outras, na pequena largura das ruas e no aumento vertiginoso do número de veículos que por elas trafegam, aliados, também, ao grande número de pedestres. Não se pode esquecer, também, que Picos é o município-polo de um conglomerado de dezenas de cidades que compõem a macrorregião. São mais de cinquenta cidades que dependem diariamente dos serviços prestados e oferecidos em Picos: Comércio, Bancos, Justiça, Educação (colégios, universidades, cursos técnicos...), Saúde (hospitais, clínicas em geral), Indústrias, Transportes, Comunicação, Cultura, Trabalho, dentre tantos outros.
Vale lembrar que é preciso ser aberta uma outra via como solução emergencial, indeclinável e também inadiável para satisfatoriamente viabilizar a fluidez do tráfego no centro de Picos e rodovias convergentes. Talvez, sem essa via (ou vias), Picos, nossa cidade que há dez anos comemorou o seu centenário (12 de dezembro de 1990), no futuro bem próximo, não circulará no centro e adjacências.
A Avenida Getúlio Vargas, que um dia no passado já se chamou Rua Grande, funciona como uma espécie de “espinha dorsal” da fluidez no centro de Picos. A referida avenida, assim como praticamente todas as ruas do centro, Já não suporta mais a grande quantidade de veículos que por ela circulam diariamente, causando transtornos aos usuários. Tornou-se verdadeiramente caótica a situação do trânsito em nossa cidade. Por isso, é preciso que medidas providenciais e prementes sejam tomadas, no sentido de solucionarem esse problema, em benefício de toda a comunidade picoense e de quem por aqui passa. É preciso que haja, portanto, a participação efetiva de toda coletividade, cujos participantes devem estar conscientes da necessidade de se conjugar esforços para facilitar a superação dos mais relevantes e cruciais problemas urbanos. Talvez, por este caminho, nos seja facultado atingir a meta, o objetivo que desejamos.
Conclui-se, então, que, acrescidos a esse, podemos constatar, em nossa cidade, vários outros problemas, causados naturalmente pelo fenômeno da inevitável e acelerada urbanização que se verifica. Picos, 21/07/2001.
(*) Edimar Luz, é escritor/cronista, poeta, memorialista, compositor, articulista professor e sociólogo.
Picos – PI, 21 de julho de 2001.