Os processos da natureza

Os processos da Natureza

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)

Existe uma ordem universal pré-estabelecida, que mantém o equilíbrio da Criação em todas as suas dimensões.

A Terra, como parte integrante da Criação, cumpre sua função evolutiva por meio de grandes processos, que se verificam em suas entranhas e em todos os seus confins. O conjunto de suas manifestações físicas se chama Natureza, e é essa mesma Natureza a que, expressando-se num sem-número de variações, mostra à inteligência humana que tudo nela se leva a cabo mediante processos que se efetuam com precisão matemática. À realização desses processos se deve a presença de uma infinidade de maravilhas que a Natureza torna manifestas aos olhos humanos, e é a eles que o homem deve tudo quanto sabe, pois ao observá-los extrai os mais valiosos elementos para sua iniciativa.

A Natureza é sábia e contém o néctar da Sabedoria.

É a primeira mestra do ser humano

É de lamentar que os seres humanos, excedendo as prerrogativas de seu saber e de suas forças, tenham alterado a ordem existente, porque, tendo esta ordem íntima conexão com a ordem universal, acontece que cada vez que ela é quebrada surgem no mundo cataclismos, guerras, misérias e agitações de toda espécie.

Esta amarga realidade tem-se evidenciado muitas vezes no curso dos séculos, e, a julgar pela frequência com que se tem repetido tal alteração, sobretudo nestes últimos tempos, parece que o homem está cansado de viver neste planeta e busca seu extermínio, a fim de renascer em outro.

Seria necessário confessar, e decerto isso seria muito triste, que o homem declarou-se indigno depositário de todos os bens que Deus pôs sobre a Terra para sua felicidade. Porventura ele veio à Terra para fazer parte das espécies inferiores? Não; as criaturas humanas que a povoam são também entidades criadoras, que podem, desenvolvendo cada dia mais sua capacidade individual, construir um mundo em que a todos seja possível viver, progredir e realizar seus destinos, cumprindo assim o alto objetivo da existência de cada um. É por essa condição criadora, precisamente, que se torna ainda mais inconcebível que o homem não faça uso de suas prerrogativas, dedicando seus afãs antes a destruir que a criar.

O processo das gerações, em harmonia com a ordem universal, demonstra que o homem não pode esquivar-se da influência das leis que o mantêm, e que, toda vez que tenta alterá-lo, deve experimentar, como contragolpe, rudes castigos e não menos duros sofrimentos. Por isso, é de anelar que a imagem do Criador não se afaste da mente dos homens, e que estes recordem que, se a todos Ele infundiu a vida e a deu também a tudo quanto existe, é dever da criatura humana conservá-la e não cometer o grande pecado de destruí-la.

Trechos extraídos do artigo da Coletânea da Revista Logosofia, Tomo 1 p. 213

Carlos Bernardo González Pecotche
Enviado por Sinval em 14/12/2013
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