Inclusão do Deficiente Visual na Atividade Física e no Desporto.
Uma pessoa deficiente visual habitua-se no seu dia a dia com dificuldades e barreiras a serem transpostas, dificuldades estas, às vezes criadas por pessoas próximas ou por governantes que “nada enxergam”.
Temos que admitir que a deficiência visual é somente um obstáculo a mais na vida da pessoa que a possui, e que todos nós temos o direito e o dever de ao menos tentarmos transpô-los.
A inclusão de um deficiente visual na atividade física (exercícios ilimitados e variados) e nos desportos (esporte específico), passa pelos mesmos estágios de uma pessoa comum, as mesmas dificuldades ambos estarão sujeitos tais como: coordenação motora, maturação cognitiva, despertar dos sentidos, equilíbrio etc, mudando apenas as formas de aplicação do conteúdo didático.
Segundo a (OMS) Organização Mundial da Saúde a deficiência visual é definida como...”Uma anomalia da estrutura ou da aparência do corpo humano e do funcionamento de um órgão ou sistema, seja qual for sua causa”.Podemos então definir a deficiência visual como um impedimento parcial que diminui certas habilidades decorrentes de imperfeição no órgão do sistema visual, mas não incapacita o deficiente de qualquer atividade, seja ela de qualquer origem.
Quanto às formas de deficiência visual, nos esportes, possuem interpretações diferenciadas e são classificadas em escala, são elas: B1, B2, B3 ( B=blind –cego ou deficiente visual) fundamentada pela ( IBSA) International Blind Sport Association de 1993. Esta classificação é de primordial importância para que professores determinem programas e estratégias ligados a melhor performance e aprendizagem do deficiente visual.
Uma atividade física supervisionada para esses indivíduos traria de antemão uma serie de vantagens não habituais na vida de cada um deles, melhoras na expressão corporal e facial, coordenação motora global, equilíbrio, correção da postura, resistência física, facilidade de relaxamento, movimentos básicos fundamentais etc, seriam parte dos benefícios. Na parte sócio-afetiva seria adquirido maior segurança, coragem para deslocamento, independência, melhora na ansiedade, autoconfiança e auto-estima dobrada, contudo variando de pessoa pra pessoa, mas em eixos sempre positivos.
A forma com que pessoa a pessoa adquiriu a deficiência, se de forma congênita ou adquirida, também interfere nas estratégias de ensino, vale a maturação do professor, grau de conhecimento para assim melhor aplicar o conteúdo das aulas e ou treinamentos, que vão desde estimulação precoce até fundamentos específicos do esporte.
Aos pais ou responsáveis temos a função de informar e conscientizar que a inclusão do deficiente visual em grande parte das áreas sejam elas culturais, desportivas, trabalhistas, educacionais etc é uma realidade prevista em lei, bastando apenas à iniciativa por parte de todos em exigir e cobrar das autoridades, assim como assistir ao deficiente de iniciativa, incentivo e motivação uma vez sabedora de suas capacidades e potencialidades serão pessoas muito mais felizes.