MÃES QUE MATAM

MÃES QUE MATAM

Heribaldo de Assis *

A maternidade é algo tão sagrado que relutamos em crer que uma mãe possa matar um filho (mesmo após o filho ter nascido) – mas , nesse mundo conturbado, infelizmente esse ato hediondo já ocorreu.Além disso, já ocorreram casos de mulheres que jogaram filhos no lixo e mães que venderam seus filhos em troca de alguma vantagem financeira.

Essas atrocidades cometidas por essas mães demonstram que Deus concede a qualquer tipo de mulher o direito de ser mãe – mas o dom da fertilidade deveria ser apenas um atributo resultante de uma espiritualidade elevada e não de uma sexualidade inconsequente: somente pessoas que tivessem Amor no coração é que deveriam ser férteis.

Quando uma criança órfã está disponível para adoção um Juiz de Direito procura passar a guarda da criança apenas para algum casal de boa índole – será que um juiz terreno tem mais bom senso que o Juiz Celestial?Fomos condicionados a justificar os erros de Deus dizendo frases como “Deus sabe o que faz” ou “Deus deu ao homem o livre arbítrio”.

Mas se cremos realmente nessas justificativas então as mães que cometem crimes contra suas proles não deveriam ser condenadas pela justiça terrena – afinal “Deus sabe o que faz” e “Deus deu ao homem o livre arbítrio” .

A realidade demonstra que, infelizmente, Deus não é infalível ou que ,pelo menos, não é Onisciente ( ou seja não sabe o que vai ocorrer no futuro) – mas, se alguém sabe, de antemão, que vai ocorrer um crime, tem o poder de impedir e não o faz é, no mínimo, omisso !

O mundo está repleto de pessoas que sofreram traumas ou seguiram um caminho errôneo simplesmente porque não tiveram pais que lhes dessem Amor ou que não as encaminharam para o caminho do Bem. Além de sofrer com os erros cometidos pelos homens, esse infeliz mundo sofre com os erros cometidos por Deus...

*Escritor,Poeta,Filósofo,Compositor,Redator-publicitário e Licenciado em Letras pela Uesc- Universidade Estadual de Santa Cruz. E-mail: herisbahia@hotmail.com

Heribaldo de Assis
Enviado por Heribaldo de Assis em 06/12/2013
Reeditado em 06/12/2013
Código do texto: T4601093
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