5 amigos e 1 destino

5 Amigos e 1 Realidade

Amizade verdadeira está entre os maiores sonhos da atualidade.

Todos reclamam que amigos verdadeiros é coisa rara; que amigos como de antigamente é difícil; que a maioria se aproveita das amizades financeiramente; que ricos não tem amigos verdadeiros; que a amizade é uma questão de azar no amor... Muitos se falam sobre este sentimento mágico e ao mesmo tempo causador de dores eternas.

Afinal, a virtualidade está corroendo os pilares das verdadeiras e sólidas amizades?

Está nascendo um novo estilo de ser amigo? Algo mais frio e calculista?Ou é apenas falta de adaptação dos que reclamam?

Cinco amigos tinham uma amizade bonita de se ver. O tempo passou e a ligação não se perdeu.

Criaram filhos, compraram casas, viajaram, faziam jantares... Enfim: uma amizade invejável!

Um deles ficou muito rico e um sumiu por um tempo, mas voltou pobre e recém-recuperado de um tratamento de alcoolismo.

Este amigo mais rico era patrão dos outros, menos desde que ficara mais pobre.

O tempo foi passando e o mais rico começou a perceber que seus amigos de infância que trabalhava contigo estavam tendo atitudes suspeitas...A amizade começou a entrar no campo da dúvida e dos negócios.

Suas esposas, neste momento, já estavam disputando quem tinha a bolsa mais chique, o cabeleireiro mais caro ou o personal mais gato.

O mais rico já estava bem cabreiro e sussurros sobre traição já se ouvia na empresa.

Enquanto todo este jogo de interesse e vaidade se estabelecia na vida dos “bens sucedidos”, o mais pobre estava sozinho, morando em albergues e mendigando na rua.

O mais rico viu uma cena no trânsito, dentro do seu carro com ar condicionado, que mudou toda sua visão de amizade.

Assim, que o mais rico viu seu grande amigo mais pobre precisando de ajuda, tudo mudou.

Parou o carro e a partir daquele momento se dedicou a ajudar teu amigo. Este, porém, aceitou todo tipo de ajuda, menos trabalhar junto com seu único amigo que te estendeu a mão.

Os outros amigos “bem sucedidos” não concordavam com a atitude do amigo patrão em ajudar o amigo pobre. Fato responsável pelo afastamento daquelas cinco almas que tinham uma amizade invejável por todos.

O tempo passa e um belo dia o mais pobre vai à casa do, mas rico fazer um convite.

- Gostaria de convidar você meu amigo para um churrasco na minha casa nova. Hoje eu e uns amigos do bairro vamos nos unir para encher a laje. Gostaria que participasse.

O mais rico aceitou o convite, aproveitou o churrasco e ainda ajudou a encher laje.

Quando estava indo embora, não conteve e perguntou para teu amigo mais pobre porque naquela época não havia aceitado seu convite para trabalhar juntos.

“ Caro amigo. Hoje entendo que você é meu amigo. Passei por muitos desafios que nem sei como sobrevivi, e você, me salvou. Convidar você para vim a minha casa foi um gesto de amizade, e recusar seu convite de trabalho também foi. Eu descobri, amigo, que a amizade pode ser o sentimento mais precioso que o homem possui. Vivi em abrigos porcos, peguei doença, usei droga, mas sempre teve alguém para me estender a mão. Acontece que estender a mão não é dar dinheiro, estende a mão é ajudar no mínimo que se pode fazer para salvar um semelhante. Você fez o mínimo para mim, eu não poderia agradecer me colocando na tua empresa. A amizade não tem interesse. Ela não aguenta a carga e a energia ruim que a vaidade e o interesse proporciona. Nosso grupo acabou por causa do teu enriquecimento e nossa amizade perdurou por causa da minha pobreza.”

O mais rico teve que responder:

Pobreza? Pobre é o homem que vê na amizade o interesse, pois perde a chance de se deliciar com os momentos de uma amizade verdadeira.

Glauco Viana.