ESTÁ CHEGANDO... O ANO
Já é dezembro. Podemos afirmar sem medo de errar que o ano de 2013, foi absurdamente diferente. É uma pena que no apagar das luzes, e quando as luzes do Natal se acendem 2013 voltou a ser igual outra vez.
A sociedade brasileira deu uma espreguiçada, e não acordou. Conjunturalmente o país não mudou uma vírgula sequer. Quando a população foi às ruas, se dizia que nossos governantes não estavam entendendo o que as massas tentavam dizer. Na verdade nem as massas sabiam o motivo de estarem lá.
As pessoas têm o costume de correr atrás das novidades. Infelizmente foi isso que aconteceu. Era fashion olhar na direção dos holofotes. Das câmeras de televisão. Publicar fotos no Facebook, ou no Instagram. Somos uma sociedade que perigosamente se acostumou com suas mazelas. Com suas hipocrisias.
Monteiro Lobato, foi o grande visionário da sociedade brasileira. O personagem Jeca Tatu da obra Urupês, somos nós cuspidos e escarrados. O importante é ter comida no prato hoje. E plantar pra quê? Se a formiga come tudo. Quando os mais velhos, incluindo eu, gargalhávamos com Mazzaropi nos cinemas, estávamos rindo de nós mesmos sem saber. E continuamos a rir.
O maior sinal de que tudo voltou ao normal, são as pesquisas eleitorais. Dilma Rousseff aparece disparada com 47% das intenções de votos. Com a gasolina aumentando.
Ganharia de qualquer adversário gargalhando da cara da oposição. Desembarcou da vassoura de bruxa, para ser reeleita num piscar de olhos. Então a grande questão a ser respondida é: O que aconteceu no Brasil nos últimos seis meses? Você votaria nela?
Nosso crescimento econômico é motivo de piada. A inflação está em alta. As taxas de juros estão novamente em dois dígitos. Convém lembrar que juros baixos eram uma das bandeiras da presidente Dilma. Saúde, segurança e educação, o tripé de uma sociedade decente, ficou estagnado. Ou foi atropelado pelos estádios de futebol.
Alguns petistas corruptos, pelo menos em teoria estão presos. Nunca antes na História deste país, tivemos um mensalão. Ou está tudo ótimo, e o ano de 2013 nunca existiu. Ou falta coragem para promover mudanças. De tentar novas opções. De fazer uma faxina geral. Mesmo que na faxina exista a troca de uma sujeira por outra, ela é necessária.
Ainda que o ano de 2013 traga retrospectivas inéditas, o ano dos brasileiros será o de 2014. Carnaval, Copa do Mundo e eleições. Com variáveis inesperadas. Sem o hexa, veremos cenas de destruição. E não duzentas mil pessoas boquiabertas sem entender o que aconteceu. Um segundo turno seria bem-vindo. E se a gente deixasse de se comportar como Jeca Tatu então... Vou me beliscar. Estou num sonho.