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O EVEREST DOS ATAQUES A BANCOS
No ritmo em que vai a carruagem das explosões às agências bancárias, no País – e até implosões, tanto o poder de fogo da bandidagem –, não se ponha dúvida, em tempo muito próximo, tais instituições vão deixar de existir.
De ponta a ponta do território brasileiro, em escalada sempre e cada vez mais ascendente, caixas eletrônicos e prédios de aparência sólida se esvoaçam, aos cacos, e as providências policiais e judiciais são anímicas e ineficientes. Já se nos apresenta um Everest de ataques a bancos.
Por obra e graça da lassidão do sistema jurídico, constituído de benesses a homens de alta periculosidade, facultadas estas por “leis boazinhas”, quando e se uma quadrilha é flagrada e presa, isto não dura um mês e os autores dos crimes de arrombamentos e assaltos à mão armada estão de volta às ruas.
Aí todo mundo sapeca no ar a velha e popularíssima frase: “– Isto é Brasil, gente!” Ora, se tem que ser assim, certamente em razão de Deus quer assim, então nada vai mudar, lá desde dantes, no quartel de Abrantes.
Quando, em Fortaleza, fizeram um túnel de quase cem metros, inclusive sob uma avenida de duas pistas enormes, com um trânsito movimentadíssimo, para levarem uma usina de milhões do Banco Central, já eu ficara de orelha em pé e sentia picar no sangue a derrota – maior que o prejuízo – como se aquela fortuna toda fosse minha.
Estamos no exato ponto de um final de semana. No antepenúltimo, por exemplo, no interior cearense, em setenta e duas horas, três bancos foram explodidos (Umirim, Boa Viagem e Pindoretama). Para variar, agências do Bradesco e do Banco do Brasil.
No penúltimo fim de semana, mais três explosões ocorreram em Itarema, Horizonte (bem ali, na zona metropolitana) e Paramoti.
Finalmente, nestes últimos ataques, tudo na madrugada desta sexta-feira, mais três arrombamentos, sempre com boas cifras dizimadas, muito “vil metal” levado pelos – como diz a polícia – meliantes. O caso, desta feita, deu-se em Boa Viagem (sim, e por que não?), Pedra Branca e Meruoca.
E por que não a reincidência de ataques a uma mesma sede de município? Cidades há que já foram vitimadas por três, quatro, cinco vezes. Redenção e Palmácia, bem ali, já perderam a conta dos crimes sofridos. Agora, vejam: em cidades, em geral, com apenas três policiais no destacamento. Uma brincadeira de como se faz segurança pública.
Esse número três, no assunto em foco, até parece ser fatídico, cabalístico, sei lá: três bancos de cada vez, por final de semana, três homens fazendo de conta que fazem a segurança, às vezes nas madrugadas de três dias (sexta, sábado e domingo, ou dia mais para lá ou para cá).
A realidade é que os números são alarmantes. Cada órgão de imprensa dá uma cifra de assaltos diferente, durante o ano, no Estado; o sindicato dos bancários vai e fornece outra estatística. Anotei números, mas nem os vou citar, aqui, dada a diversidade numérica. Bandos muito bem armados, armas automáticas e altamente sofisticadas, de importação, sem chance para o policiamento, cujas delegacias, na ação criminosa, também são metralhadas.
E o problema vai do Oiapoque ao Chuí, ninguém pode contestar isso. Em muitas ocorrências, os assaltos são de dia, em pleno horário comercial; vemos isto quase diariamente, pela tevê.
Fossem confiscados os bens do dito crime organizado, doendo a quem pudesse doer, duvido que a maré fosse ter elevação acima do nível do mar. Pagaria para ver. Mas o pessoal, quando diz “isto aqui é Brasil”, deve andar coberto de razão.
De ponta a ponta do território brasileiro, em escalada sempre e cada vez mais ascendente, caixas eletrônicos e prédios de aparência sólida se esvoaçam, aos cacos, e as providências policiais e judiciais são anímicas e ineficientes. Já se nos apresenta um Everest de ataques a bancos.
Por obra e graça da lassidão do sistema jurídico, constituído de benesses a homens de alta periculosidade, facultadas estas por “leis boazinhas”, quando e se uma quadrilha é flagrada e presa, isto não dura um mês e os autores dos crimes de arrombamentos e assaltos à mão armada estão de volta às ruas.
Aí todo mundo sapeca no ar a velha e popularíssima frase: “– Isto é Brasil, gente!” Ora, se tem que ser assim, certamente em razão de Deus quer assim, então nada vai mudar, lá desde dantes, no quartel de Abrantes.
Quando, em Fortaleza, fizeram um túnel de quase cem metros, inclusive sob uma avenida de duas pistas enormes, com um trânsito movimentadíssimo, para levarem uma usina de milhões do Banco Central, já eu ficara de orelha em pé e sentia picar no sangue a derrota – maior que o prejuízo – como se aquela fortuna toda fosse minha.
Estamos no exato ponto de um final de semana. No antepenúltimo, por exemplo, no interior cearense, em setenta e duas horas, três bancos foram explodidos (Umirim, Boa Viagem e Pindoretama). Para variar, agências do Bradesco e do Banco do Brasil.
No penúltimo fim de semana, mais três explosões ocorreram em Itarema, Horizonte (bem ali, na zona metropolitana) e Paramoti.
Finalmente, nestes últimos ataques, tudo na madrugada desta sexta-feira, mais três arrombamentos, sempre com boas cifras dizimadas, muito “vil metal” levado pelos – como diz a polícia – meliantes. O caso, desta feita, deu-se em Boa Viagem (sim, e por que não?), Pedra Branca e Meruoca.
E por que não a reincidência de ataques a uma mesma sede de município? Cidades há que já foram vitimadas por três, quatro, cinco vezes. Redenção e Palmácia, bem ali, já perderam a conta dos crimes sofridos. Agora, vejam: em cidades, em geral, com apenas três policiais no destacamento. Uma brincadeira de como se faz segurança pública.
Esse número três, no assunto em foco, até parece ser fatídico, cabalístico, sei lá: três bancos de cada vez, por final de semana, três homens fazendo de conta que fazem a segurança, às vezes nas madrugadas de três dias (sexta, sábado e domingo, ou dia mais para lá ou para cá).
A realidade é que os números são alarmantes. Cada órgão de imprensa dá uma cifra de assaltos diferente, durante o ano, no Estado; o sindicato dos bancários vai e fornece outra estatística. Anotei números, mas nem os vou citar, aqui, dada a diversidade numérica. Bandos muito bem armados, armas automáticas e altamente sofisticadas, de importação, sem chance para o policiamento, cujas delegacias, na ação criminosa, também são metralhadas.
E o problema vai do Oiapoque ao Chuí, ninguém pode contestar isso. Em muitas ocorrências, os assaltos são de dia, em pleno horário comercial; vemos isto quase diariamente, pela tevê.
Fossem confiscados os bens do dito crime organizado, doendo a quem pudesse doer, duvido que a maré fosse ter elevação acima do nível do mar. Pagaria para ver. Mas o pessoal, quando diz “isto aqui é Brasil”, deve andar coberto de razão.
Fort., 30/11/2013.