A Recreação na Educação e no desporto.
Toda criança nasce pra brincar. Partindo dessa afirmativa, de maneira simples e direta, é de fácil compreensão de que se trata de uma verdade. A criança vem pro mundo e logo nos primeiros meses de vida, onde uma parte do tempo é dormindo e mamando, a outra é brincando. Deitada no seu berço ou cama, qualquer movimento a seu redor é motivo pra ligeira perseguição, olhinhos vivos e curiosos, onde um acender de luzes, toque de campainha, são motivos de sobra pra breve despertar, tirando-a do estado inerte e causando-lhe inquietude, não sabe falar, mas quem garante que ela não quer brincar. Se vir a ficar só, logo se vê balançar de braços e pernas, canta algo de muito estranho, e ri sozinha. Talvez não seja uma amostra e preparação pra toda brincadeira que lhe cercará até a idade adulta?
E quando chega a hora do primeiro carrinho ou boneca, do primeiro triciclo, da primeira bicicleta, tais brinquedos já vem inseridos de regras e requerem o mínimo de disciplina para seu manuseio e utilização, como, espaço pra brincadeira, cuidados com os brinquedos, velocidade controlada pra evitar qualquer acidente etc. Isso tudo só vem confirmar que nascemos pra brincar e obedecer a regras. E por que não utilizar o lúdico para amenizar o peso que a palavra regra trás consigo? É a proposta de vários educadores, educar através da maneira mais prazerosa pra criança. A disciplina existirá, mas será inserida em várias recreações e desportos, tornando-se de maneira indireta absorvidas pelos educandos sem carga de valores.
Alguns educadores aplicam regras e teorias de seus conteúdos nas formas mais diferenciadas possíveis, não enganando os educandos, mas tornando mais prazerosa a atividade, um bom exemplo disso é o fato de professores ensinarem literatura e gramática em forma de música, matemática com jogos de xadrez e damas, geografia e história com quebra-cabeças etc. O resultado é interessante, classes que possuem esta didática são ligeiramente melhor em vários pontos em relação a outras que não possuem.
Reforça-se uma antiga teoria: Nada melhor do que se aprender brincando! Mas o que fazer quando os exageros começam a aparecer, ultrapassando limites lúdicos e pouca absorção de conteúdo? Um pequeno desvio de atenção ou excesso nas brincadeiras pode danificar o objetivo, então se diminui o prazer pra se retomar com mais prazer. Em outras palavras seria um castigo indireto, diminuindo as brincadeiras, controlando os excessos pra retomada futura, com mais respeito e atenção, em 90% dos casos resolve-se assim, outros 10% varia de acordo com a conduta de cada educador.
Se tem boa perspectiva na educação por que não aplicá-la ao desporto? De maneira prática e direta, muitas crianças encaram o esporte como uma brincadeira mais afinada, e não podemos tirar-lhes isto de mente. Perspectivas e resultados de boa saúde não estão na pauta de uma criança quando ela resolve correr, brincar na água, chutar uma bola, apenas a brincadeira em si é o que importa pra ela, futuramente ganhará aspectos competitivos e assim objetivos traçados através do desporto para várias variáveis. Assim em se tratando de aprendizado, não podemos ter em mente que nossos filhos serão os maiores esportistas em suas respectivas modalidades de escolha antes mesmo que ele aprenda os primeiros passos do esporte escolhido, e pra ele, a princípio de maneira lúdica de preferência. O raio “X” do educador verá o tempo exato para iniciar a criança em qualquer modalidade.
Em todas as áreas da educação e do desporto o lúdico se torna peça fundamental para iniciação de crianças, na fase adulta há outros métodos, mas o lúdico também aparece, sendo mais utilizado para alívio do estresse etc.